A verdade é que a história, tal como ensinada nas universidades, não é suficientemente completa, nem muito menos estensa, para que se possa, logicamente, deduzir, a verdadeira lei da evolução que rege a humanidade.
Caso contrário, é como se deve procurar obter resultados regulares.
Mas devemos observar que a lei da evolução, em alguns organismos que funcionam, afecta um carácter cíclico análogo ao movimento das astros, ao desenvolvimento do homem ou de algum sér.
A terra está sujeita a vários movimentos que se sucedem uns aos outros: o movimento de rotação diária nas suas quatro fases: aurora, dia, crepúsculo, noite: movimento anual, igualmente subdividido na primavera, estio, outono e inverno.
E assim sucessivamente, os séculos mais remotos, dos quais escapam os principais ainda à ciência.
Será que o organismo humano, ligado igualmente a séculos e dias, não percorre o mesmo as quatro fases: nascimento, puberdade, maturidade e declinamento?
Assim, a efêmera esfera que vê o sol pôr-se no abismo ocidental, pode-se acreditar que a luz se extingue para não sair mais, e a criança que vê a natureza petrificada com o gelo do inverno compreende o triunfo definitivo da morte.
O mesmo acontece com os sábios de hoje, se tivessem compilado melhor os manuscritos, os documentos incompletos, poderiam melhor esplicar a degeneração da raça humana.
Mas a alta ciência, preço do desenvolvimento harmônico do Sér, reclama o concurso da imaginação e do coração tanto quanto o da inteligência.
O amor altruísta da verdade, do bem, do justo esclarece ainda mais que os estudos imperfeitos; e é por isso que o homem do povo, o pária da nossa civilização egoísta, o proletário que sofre e morre, mas que espera e ama, tem a grande intuição da lei cósmica de solidariedade e progresso, em que a marcha cíclica, conhecida dos filósofos, clérigos e sábios, está há muito reformada pelos adeptos da ciência esotérica. "
Luis Dramard, a Doutrina Esotérica.
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