A celebração do 7 de Setembro, data que marca a Independência do Brasil, transformou-se em um campo de disputas políticas, evidenciando a polarização que permeia o cenário nacional. O evento, tradicionalmente marcado por desfiles cívico-militares, ganhou novas dimensões simbólicas nos últimos anos. A análise é de Isabel Mega no Agora CNN.
A utilização de símbolos nacionais, como a bandeira do Brasil e as cores verde e amarela, tornou-se objeto de disputa entre diferentes grupos políticos. Em 2023, observava-se uma tentativa de ressignificação desses elementos, que haviam se tornado fortemente associados a determinados segmentos políticos.
O tema da soberania nacional ganhou destaque especial nas comemorações deste ano.
Banners foram instalados no alto dos ministérios da Esplanada com mensagens relacionadas ao "Brasil soberano", em uma estratégia desenvolvida pela Secretaria de Comunicação Social.
A data também tem sido palco para pronunciamentos oficiais e manifestações políticas. Em anos anteriores, os eventos do 7 de Setembro foram marcados por discursos e manifestações que extrapolaram o caráter cívico da celebração, transformando a data em um momento de expressão de posicionamentos políticos.
Em São Paulo, as celebrações também refletem essa dimensão política, com eventos paralelos sendo organizados por diferentes grupos.
O desfile militar no Anhembi com a presença do governador Tarcísio de Freitas e manifestações previstas para a Avenida Paulista exemplificam como a data se tornou um momento de expressão de diferentes visões sobre o país.
A um ano das eleições de 2026, o acirramento da polarização política se faz ainda mais evidente nas comemorações da Independência, com diferentes atores políticos buscando capitalizar a data para suas respectivas narrativas e projetos de poder.
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