E se o universo responder assimetricamente?
Uma equipe de físicos e especialistas em Inteligência Artificial na Emory University desafiou um dos princípios mais fundamentais da física: a reciprocidade.
Usando IA, eles conseguiram descobrir que em um plasma carregado de pó, uma partícula pode atrair outra... enquanto a outra não responde da mesma forma, e pode até repelir.
Isto rompe com a ideia clássica de que a qualquer acção existe uma reacção equivalente e contrária.
É como se uma partícula te abraçasse enquanto você foge.
O mais perturbador: toda essa nova física emergiu sem intervenção humana direta sobre guiada, revelando estruturas ocultas que o olho humano não tinha visto.
Secção técnica
O modelo implementado processou trajetórias 3D de partículas plasmáticas e quebrou a força total sobre uma partícula em três componentes:
F_total = F_drag (por velocidade) + F_env (ambiente, por exemplo, gravidade ou campo externo) + F_inter (interacção partícula a partícula)
Mas o revolucionário foi descobrir que as forças não são recíprocas:
F_A→B ≠ −F_B→A
Por exemplo, a partícula líder exerce uma atração (F > 0) sobre a qual se segue e esta responde com repulsão (F < 0), quebrando a simetria esperada.
Também foi descoberto que a carga elétrica Q não escala linearmente com o raio das partículas a, contradizendo modelos anteriores:
Q(a) ∝ a^p com 0.3 < p < 0.8
E a força dependendo da distância r também não se comporta como uma lei Yukawa simples:
F(r) ≠ F0 * exp( −r/ λ_D)
Graças a estas correções, o modelo atinge uma precisão impressionante: R2 > 0.99.
Superradiância em buracos negros e seu analógico acústico em laboratório também seguem um padrão semelhante de transferência de energia em sistemas rotativos.
Lá, a condição de superradiância é expressa como:
ômega < m * Omega_H
E para sistemas rotantes em laboratório com som:
omega' = omega - m * Omega < 0
Gerando uma amplificação:
A = E_reflectida / E_incidente > 1
Isso reflete como uma interação pode extrair energia do sistema rotante, assim como a IA extrai nova física do sistema plasma.
Secção crítica
A descoberta de forças não recíprocas é mais do que uma anomalia física, é uma fenda simbólica no que chamamos de “lei”.
Lacan diria que esta invasão desdobra a verdade em sua forma de ficção, revelando o reprimido: a não-simetria.
Derrida leria nisto uma desconstrução da lei inteira, porque o que se achava fechado e simétrico se desfaz diante da IA que vê o que ninguém poderia prever.
Foucault elevá-lo-ia a paradigma: A IA não é mais uma ferramenta, é um novo dispositivo de visibilidade epistemológica que mostra o que o antigo regime científico escondeu.
Um sistema onde a lógica de “ação-reação” é apenas uma construção entre outras.
Adorno afirmava que “a totalidade é o não verdadeiro”; esta descoberta confronta-nos com uma totalidade incompleta, uma física interrompida pela diferença, pela dissonância.
E se a ética da física assustasse na igualdade, que ética poderá mantê-la agora?
Talvez nossa tarefa não seja restaurar a simetria perdida, mas aprender a pensar sem ela.
Referências confiáveis
1. Emory University News – Anúncio do projeto IA e força não recíproca:
2. PNAS – Artigo científico detalhado (código DOI disponível aí):
3. ScienceBlog.com – Narração divulgativa sobre a descoberta:
4. Interesting Engineering – Cobertura acessível do achado:
5. Wikipédia – Contexto sobre plasma empoeirado (dusty plasma):
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