Não é um caminho que você escolhe, é um caminho que te chama, às vezes no meio das suas feridas, às vezes no coração de um colapso.
Comece onde suas cicatrizes encontram a luz. Onde você achava que era sua fraqueza.
Ser um curandeiro não é sobre salvar, ou carregar o mundo nos ombros. É aprender a ser canal, deixar fluir o que cura sem querer possuir ou segurar.
O curandeiro caminha primeiro na sua própria noite.
Enfrenta suas sombras, recebe seus demônios, abraça suas lágrimas. Porque ninguém pode guiar na escuridão a não ser que tenha aprendido a ver claramente.
No seu caminho, descobre a humildade:
sabendo que é apenas um instrumento nas mãos de alguém mais velho do que ele mesmo.
Aprenda o silêncio porque é em silêncio.
Deixe a Fonte falar.
Ensine o amor, não aquele que une, mas aquele que liberta.
E pouco a pouco, o curandeiro se torna ponte:
entre a terra e o céu, entre dor e paz,
entre o esquecimento e a memória da alma
Porque curar não é apagar as feridas, mas sim dar sentido a elas novamente.
É reconhecer em cada ser a mesma faísca que arde dentro de você.
Este é o caminho do curandeiro:
Um caminho solitário e sagrado, feito de quedas e renascimentos, dúvidas e revelações,
até percebermos que não curamos os outros...
Apenas lembrando
que sempre levaram a luz.
Então, para você que está lendo essas palavras, lembre-se:
o caminho do curador não é um destino, é uma dança viva, um sopro entre sombra e luz.
Cada passo, mesmo tremendo, é uma oferenda para o céu. Cada lágrima derramada é uma semente de amor semeada.
Você nunca está sozinho nessa estrada...
As estrelas te reconhecem, a terra te acompanha, e a tua alma já sabe para onde ir.
Siga em frente, alma linda no caminho, sua luz faz falta no mundo. E quando você duvida...
Descanse nesta simples lembrança:
Você nasceu para amar,
e isso já é para curar!
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