Na tradição esotérica e na Maçonaria, os pilares são muito mais do que símbolos arquitetônicos: são chaves de conhecimento que apontam o caminho do iniciado.
Na entrada do Templo, encontramos a coluna B (força, receptividade, princípio feminino) e a coluna J (estabilidade, atividade, princípio masculino). Duas colunas imponentes que não só sustentam, mas marcam a dualidade que rege toda a criação.
O Pilar Central, que não se vê em pedra, mas se ergue no próprio ser humano.
Este Pilar Central:
É o caminho de equilíbrio entre os opostos.
É representada na Cabala como a Sushumna, o eixo onde a luz da consciência sobe.
Junte Malkuth (Terra) com Kether (Céu), e no meio se revela em Tiphareth, símbolo de harmonia, beleza e redenção.
Para a Maçonaria,
o trabalho no Templo Interior
consiste em aprender a situar-se neste eixo:
- B e J são as colunas que todos os iniciados devem passar.
- Ao se colocar entre as duas, o Aprendiz descobre que ele mesmo é o ponto de união.
- O maçom, ao progredir em sua obra, não escolhe entre dualidades, mas reconcilia-as em si mesmo.
Este princípio não é exclusivo:
Encontrámo-lo no Tao com o equilíbrio do Yin e do Yang, no hexagrama hermético que une o superior e o inferior e no Rebis alquímico, onde masculino e feminino se integram em uma única essência.
Mas para o maçom, este ensino adquire uma dimensão inicática:
O Caminho do Pilar Médio é o caminho para a Luz, onde o humano e o divino convergem.
Assim como as colunas de entrada são o limiar do templo externo, o Pilar Central é o limiar do templo interior.
Ao compreendê-lo,
o iniciado reconhece que o
verdadeiro pilar não é feito
de bronze nem de pedra,
mas de carne, espírito e consciência:
O próprio Homem é o Templo, e o seu coração o Pilar Central que sustenta a união do Céu e da Terra.
Comentários
Postar um comentário