Yom Kippur
O Santo dos Santos
No Templo de Jerusalém, só neste dia o Sumo Sacerdote penetrava no Debir, o Santo dos Santos, carregando incenso e o sangue dos sacrifícios para alcançar o perdão de Israel.
Esse momento era o mais solene do ano: o véu se abria e a Presença Divina, a Shejiná ( שכינה), morava novamente no meio do povo.
O maçom reconhece aqui um espelho
do seu próprio caminho:
Penetrar no templo interior, abrir o véu da sua consciência e reconciliar-se com a Lei do Grande Arquiteto do Universo.
Dimensão Alquímica
Yom Kippur é também a imagem
da Grande Obra:
• Jejum e abstinência representam a separação do impuro: o nigredo.
• Arrependimento e confissão purificam a alma: a albedo.
• O perdão e o renascimento iluminam o iniciado: a rubedo, o ouro filosófico.
Assim, o velho se consome, e o novo homem ressurge como chama clara no cadinho do espírito.
Dimensão Maçônica
Para nós, Irmãos, Yom Kippur
é o tom da consciência:
• É o dia em que cada um se torna o seu próprio juiz, o seu próprio Tribunal Interno.
• Lembre-se do 13o e 14o ano do Rito Escocês, onde se procura a Palavra perdida no Santo dos Santos.
• É o anúncio de que o Templo não é feito de pedra, mas de carne e espírito.
• E é um apelo à reconciliação fraterna, a lavar as manchas do egoísmo e revestir-se com a túnica branca da pureza.
Neste sentido, Yom Kippur é o feriado da consciência maçônica.
Dimensão Cabalística
No Cabal, Yom Kippur é o dia
em que os mundos se harmonizam.
De Kéter ( כתר), a Vontade Suprema, flui a Luz para Maljut ( מלכות), o Reino, abrindo um canal de misericórdia.
O homem, através do Tzimtzum, contrai o seu eu, esvazia o seu vaso, para que a Luz o encha.
Esse dia é um Shabat cósmico:
As acusações do adversário são suspensas e a alma, livre dos Klipot, retorna à Árvore da Vida.
Conclusão
Yom Kippur é um espelho onde todos os iniciados podem se olhar.
• Nos ensina que expiar não é apenas apagar culpas, mas transmutar a alma.
• Nos lembra que todo maçom deve atravessar seu próprio véu e se apresentar no Santo dos Santos da sua consciência.
• Nos convoca a viver em reconciliação com nós mesmos, com nossos Irmãos e com o Grande Arquiteto do Universo.
Assim, Yom Kippur não é apenas um dia:
É um estado da alma, um momento em que o tempo para e a eternidade se abre, para que a Luz do Eterno desça e renove o nosso templo interior.
Significado e Origem
ResponderExcluirYom Kipur ocorre no décimo dia de Tishrei, o primeiro mês do calendário hebraico, e é considerado o dia mais sagrado do judaísmo. O termo "Yom Kipur" significa "Dia da Expiação" em hebraico, e é um momento em que os judeus buscam a purificação de seus pecados e a reconciliação com Deus.
A origem do Yom Kipur remonta ao período em que Moisés subiu ao Monte Sinai e pediu perdão a Deus pelo povo de Israel, que havia adorado um bezerro de ouro
Práticas e Observâncias
ResponderExcluirDurante Yom Kipur, os judeus praticam um jejum completo, abstendo-se de comida e bebida por cerca de 25 horas. Este dia é dedicado à oração, reflexão e arrependimento. As sinagogas realizam cinco serviços de oração, cada um com um significado especial, e muitos judeus, mesmo aqueles que não praticam regularmente, participam das cerimônias.
As principais práticas incluem:
Jejum: A abstenção de alimentos e bebidas é uma forma de purificação e reflexão.
Oração: Os serviços religiosos são intensivos, com confissões de pecados e pedidos de perdão.
Comportamento Ascético: Além do jejum, os praticantes evitam atividades cotidianas, como trabalhar e usar eletrônicos, para se concentrar na espiritualidade.
Importância Espiritual
ResponderExcluirYom Kipur é um momento de introspecção profunda, onde os indivíduos refletem sobre suas ações do ano anterior e buscam melhorar suas vidas e relacionamentos. É um dia que simboliza a oportunidade de um novo começo e a purificação espiritual, enfatizando a importância do perdão e da humildade.
Em resumo, Yom Kipur é um dia de grande significado espiritual e comunitário, onde os judeus se reúnem para buscar perdão e renovação, encerrando o período conhecido como os "Dias de Temor" que começa com Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico.
O ano judaico é um calendário lunissolar que conta os anos a partir da criação do mundo, com festividades importantes como o Rosh Hashaná, que marca o Ano Novo Judaico.
ResponderExcluirEstrutura do Calendário Judaico
O calendário judaico, também conhecido como calendário hebraico, é um calendário lunissolar, o que significa que os meses são baseados nos ciclos da lua, enquanto os anos são ajustados de acordo com o ciclo solar. Isso resulta em anos que podem ter 12 ou 13 meses, variando entre 353 e 385 dias
Contagem do Tempo
ResponderExcluirOs anos no calendário judaico são contados a partir da criação de Adão, segundo a tradição judaica. Em 2024, o ano 5785 do calendário judaico começou ao pôr do sol do dia 2 de outubro e terminará em 22 de setembro de 2025
Rosh Hashaná: O Ano Novo Judaico
ResponderExcluirO Rosh Hashaná, que significa "cabeça do ano", é uma das festividades mais importantes do calendário judaico. É comemorado no primeiro e segundo dias do mês de Tishrei, que geralmente ocorre entre setembro e outubro. Este feriado marca o início de um novo ciclo e é um momento de reflexão, arrependimento e renovação espiritual. Durante o Rosh Hashaná, os judeus se reúnem para orações, toques do shofar (um instrumento feito de chifre de carneiro) e refeições festivas que incluem alimentos simbólicos, como maçãs com mel, representando o desejo de um ano doce.
Importância Cultural e Religiosa
ResponderExcluirO calendário judaico é fundamental para a vida religiosa e cultural do povo judeu, pois determina as datas de festividades, aniversários, casamentos e outros eventos significativos. As principais festividades incluem o Yom Kipur (Dia do Perdão), Pessach (Páscoa), e Sucot (Festa das Cabanas), entre outras.
Em resumo, o ano judaico é um sistema complexo que reflete a rica tradição e história do povo judeu, com o Rosh Hashaná servindo como um ponto focal para renovação e reflexão a cada novo ano.