No silêncio do Templo, quando as palavras se esvaem e só o pensamento resplandece, três luzes se erguem para dissipar a escuridão interior:
O Volume da Lei Sagrada,
O Esquadro,
Estas três grandes luzes não são simples objetos, mas princípios vivos que orientam o Maçom em seu caminho para a verdade.
Eles representam a espiritualidade que eleva, a retidão que guia e a sabedoria que mede.
A Maçonaria nos lembra que o verdadeiro trabalho não está fora, mas dentro de nós mesmos.
Cada pedra bruta simboliza nossa natureza imperfeita, e cada golpe do cinzel é um ato de consciência que busca revelar a luz interior.
Assim, o Maçom não persegue uma glória mundana, mas sim a conquista do seu próprio equilíbrio, a harmonia entre corpo, mente e espírito.
A vida do iniciado é uma síntese entre o passageiro e o eterno, entre o visível e o invisível.
Aprenda a olhar o mundo não apenas com os olhos da razão, mas com os da alma; a entender que o símbolo não esconde, mas revela; que o silêncio ensina mais do que mil discursos; que a verdadeira palavra nasce de dentro, quando o coração e a mente se encontram em equilíbrio.
Maçonaria ensina que trocar é construir.
Falar, ouvir e compartilhar são os pilares de todas as fraternidades autênticas.
Em uma época em que o ruído substitui o diálogo, o Maçom preserva a arte da escuta profunda e do pensamento livre.
Porque quem é capaz de ouvir o outro, também é capaz de
se conhecer a si mesmo.
As luzes do templo nos convidam a refletir sobre três dimensões essenciais da nossa existência:
- O Esquadro, símbolo da lei moral e da retidão em nossos atos.
- O compasso, que nos ensina o equilíbrio, a prudência e a medida justa.
- O Livro da Lei, emblema da sabedoria e tradição espiritual da humanidade.
Estas luzes não pertencem a uma fé particular, mas à busca universal da verdade e do bem.
Elas iluminam o caminho de todo ser humano que aspira a viver em harmonia consigo mesmo e com os outros.
Cada iniciação representa um novo nascimento, um despertar.
É o lembrete de que sempre há uma nova oportunidade para seguir em frente, compreender e servir.
O Maçom, em sua jornada simbólica, aprende que a Luz não é recebida passivamente: procura-se, constrói-se e compartilhada.
O templo, neste sentido, é uma representação da própria vida:
um lugar onde matéria e espírito se encontram,
onde cada ferramenta e cada palavra
tem um propósito.
Trabalhar na Maçonaria é construir com amor, fraternidade e sabedoria, contribuindo para o grande trabalho de aperfeiçoamento humano.
E no final, quando as luzes do templo se apagam, só uma permanece acesa:
aquela que arde no coração de cada iniciado.
Essa chama interior que nos lembra que todos fazemos parte de uma mesma humanidade, unidos por um mesmo ideal: trabalhar pelo progresso espiritual, moral e intelectual do ser humano.
Que as Luzes do Templo continuem brilhando
em cada coração,
guiando nossos passos para a
verdade, justiça e fraternidade universal.
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