Símbolos e ferramentas: Lux Veículos
Cada ferramenta maçônica é uma palavra silenciosa, um pensamento petrificado em forma, um ensino oculto no ofício.
Não foram escolhidas por acaso:
cada uma responde a uma lei cósmica,
a uma correspondência
entre o visível e o invisível.
Nas mãos do trabalhador consciente, eles se transformam em veículos de Luz, instrumentos que transmitem energia espiritual através da ação.
O malho e o cinzel representam a dualidade criadora:
força e precisão, vontade e inteligência.
O primeiro impulsiona, o segundo molda;
e ambos, juntos, revelam que
a sabedoria sem ação é estéril, e
a ação sem sabedoria cega.
O esquadro ensina o procedimento reto, a harmonia entre pensamento e comportamento.
O compasso, o limite sagrado de nossos desejos e paixões.
Com eles o iniciado
mede, ordena e purifica
o seu mundo interior,
traçando os círculos invisíveis
onde a ética se funde
com a geometria da alma.
O nível e o prumo
são lembretes de equilíbrio:
o primeiro,
horizontal como a igualdade fraterna;
o segundo,
vertical como a justiça divina.
Ambos estão no ponto exato onde o homem reconhece o seu lugar entre o céu e a terra.
Assim, as ferramentas são reflexo das virtudes do espírito.
Cada golpe, cada medida, cada traço
traduz um ato de consciência.
Eles são símbolos vivos do processo interior que torna o homem profano um arquiteto do próprio destino.
Quando o Iniciado entende que o seu trabalho manual
é um prolongamento do seu trabalho interior,
que toda ferramenta é uma chave para abrir um mistério,
e que toda ação pode ser oração se for guiada pela Luz,
e então o trabalho torna-se Templo e a Obra em Rito.
Porque as ferramentas não são instrumentos do mundo físico:
são os canais através dos quais a Luz Criadora
se manifesta na matéria.
E quem as usa com pureza de intenção,
torna-se ele mesmo uma ferramenta do Grande Arquiteto.
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