Não é simplesmente uma organização ou um conjunto de rituais, mas uma escola de pensamento e um caminho de autotransformação.
A Maçonaria afirma que o homem não é apenas matéria, mas possui uma alma e uma consciência que devem ser cultivadas.
Neste sentido, sua filosofia procura harmonizar três dimensões do ser: intelectual, moral e espiritual.
Na dimensão intelectual, o maçom é convidado a explorar o conhecimento de forma livre e crítica, sem dogmas que limitem seu pensamento.
O estudo das ciências, artes, história e filosofia é incentivado como ferramentas para compreender o universo e o ser humano.
A verdade, na Maçonaria, não é imposta: descobre-se através da reflexão, da experiência e do diálogo fraterno.
Na dimensão moral, o ensino centra-se na perfeição do caráter.
A ética maçônica não dita normas externas rígidas, mas propõe um caminho de retidão interior.
Símbolos e rituais são guias que mostram como a vida deve ser edificada com honestidade, justiça, responsabilidade e compaixão pelos outros.
Cada ato de um maçom, por menor que pareça, reflete a construção do seu próprio “templo interior”.
Finalmente, na dimensão espiritual, a Maçonaria reconhece a existência de um princípio supremo — chamado Grande Arquiteto do Universo — mas sem forçar uma definição que limite a liberdade de consciência.
Esta dimensão impulsiona a busca pelo sentido da vida, a conexão com o transcendente e a contemplação dos mistérios da existência.
Os símbolos maçônicos — como o esquadro, o compasso, a pedra bruta ou a luz — são ferramentas para compreender a relação do homem com o divino e com o cosmos.
Em suma, a filosofia maçônica não é domática nem exclusiva; antes, é um caminho de autoeducação e de abertura para o conhecimento universal, onde cada irmão progride segundo seu esforço, sua reflexão e sua compreensão da verdade.
A Maçonaria ensina que a verdadeira luz não é recebida passivamente, mas é construída passo a passo, com trabalho constante, disciplina interior e fraternidade.
Fechamento
Assim, a Maçonaria não ensina apenas a pensar, mas a sentir com lucidez e viver com propósito.
Sua verdadeira obra não está nos templos de pedra, mas nos corações que conseguem construir harmonia entre o que sabem, o que acreditam e o que fazem.
O maçom, em sua busca constante, não se ergue como sábio nem como juiz do mundo, mas como artesão da alma, consciente de que cada ato, palavra e pensamento são golpes do cinzel que aperfeiçoam seu ser.
A filosofia maçônica,
na sua mais alta expressão,
não é recitada:
encarna-se.
É a fusão de conhecimento com virtude, silêncio com luz, razão com espírito.
E quando o iniciado, após longo trabalho interior, consegue ver que a luz que procurava sempre ardeu dentro de si, compreende então o mistério:
O templo não está encontrado... é revelado.
Palax.
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