O MISTÉRIO DOS EVANGELIOS GNÓSTICOS

Os evangelhos gnósticos não foram escritos
para narrar a vida externa de Jesus,
mas para despertar o conhecimento interior
de sua verdadeira identidade
como Luz nascida da Luz.
Surgiram nos primeiros séculos da era comum, em círculos que guardavam ensinamentos reservados sobre a divindade interior do ser humano, a pré-existência da alma e as eras da plenitude divina.
Textos como o Evangelho de Tomás, o Evangelho de Maria, o Evangelho de Filipe ou o Livro Secreto de João revelam uma visão de Cristo como mestre da sabedoria secreta, mais do que como redentor sacrificial.

Para os gnósticos, a salvação não veio da cruz, mas do conhecimento (gnose): uma revelação íntima que liberta a alma das correntes do mundo ilusório.
“Quem conhece a si mesmo, conhece o Todo”
(Ev. Tomás, logion 67).
Esses evangelhos foram escondidos, perseguidos e esquecidos... até que eles voltaram à luz no século XX, graças à descoberta dos códigos de Nag Hammadi.
Eles não contradizem a mensagem cristã, mas aprofundam-na por dentro, convidando a buscar o Reino não fora, mas dentro de si mesmo.
O Marquês de Monferrat foi um grande conhecedor destes textos originais. Estudou-os em Oxford com especialistas renomados e mais tarde no Egito, onde aprofundou sua dimensão inicática. Sua leitura era para ele uma forma de oração e revelação.

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