O POUCO TEMPO QUE NOS RESTA ...


Contemplamos, muitas vezes, os símbolos que adornam nossas Lojas, e em sua sabedoria milenar, encontramos reflexões profundas sobre a condição humana.


Entre eles, a ampulheta se destaca, não como um mero adorno, mas como um poderoso lembrete da fugacidade de nossa existência terrena.

Ela não marca apenas a passagem das horas, mas a contagem regressiva de "O Tempo Que Nos Resta".

Desde o momento em que recebemos a Luz, somos convidados a uma jornada de aperfeiçoamento.

Mas essa jornada não é infinita.

Cada grão de areia que desliza na ampulheta é um instante de oportunidade que se esvai, uma chance de edificar, de aprender, de praticar a virtude, de ser um obreiro incansável na construção do Templo Interior e do Grande Templo da Humanidade.

Quantas vezes nos perdemos em discussões estéreis, em vaidades mundanas, em projetos que não engrandecem o espírito nem beneficiam o próximo?

Esquecemos que o tempo, esse bem mais precioso e irrecuperável, nos é concedido não para o ócio ou para a acumulação material, mas para o trabalho incessante em prol da Verdade, da Fraternidade e da Justiça.

Que a imagem da ampulheta nos incite
a uma reflexão diária:
O que estamos fazendo com "O Tempo Que Nos Resta"? Estamos lapidando nossa Pedra Bruta com a diligência devida?
Estamos estendendo a mão ao Irmão necessitado? Estamos difundindo a Luz da Razão e da Caridade em um mundo por vezes sombrio?

Lembremo-nos de que a morte é a grande igualadora, a Mestra Inescrutável que a todos visita.

Ela não discrimina por títulos, posses ou saberes profanos.

Diante dela, somos todos iguais.

E ao se esgotar o último grão de areia, o que restará de nossa passagem senão o legado de nossas ações, o exemplo de nossa retidão e a memória dos corações que tocamos?

Portanto, que cada alvorecer seja um novo chamado à ação consciente.

Que cada dia seja uma oportunidade de
cumprir nossos deveres, de viver nossos juramentos
e de nos aproximarmos do GADU.

Que não permitamos que
"O Tempo Que Nos Resta"
seja desperdiçado em futilidades,
mas sim dedicado
à construção de um
mundo mais justo,
mais fraterno e
mais iluminado,
digno do legado que aspiramos deixar.

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