Proemio

 


A intenção deste trabalho não é trancar a Maçonaria em páginas mortas, mas abrir caminhos para que cada leitor, cada buscador da luz, se reconheça no caminho inicial. Maçonaria não se explica: vive-se, percorre-se, experimenta-se no silêncio interior e no trabalho compartilhado com os Irmãos.

Este manual não pretende ser dogma nem catecismo; é apenas um esboço, um convite à viagem.

Cada símbolo aqui mencionado é uma chave, mas a porta deve ser aberta pelo Iniciado com seu esforço, sua disciplina e com a força da sua vontade.

O aprendiz, o companheiro e o mestre representam três estações de uma mesma peregrinação, três paisagens de um único horizonte.

Aqui não se trata de acumular títulos ou graus, mas sim de avançar na conquista de si mesmo, edificando o templo interior, pedra por pedra, até que a luz do espírito possa se refletir sem opacidade.

Deixe o leitor entender: este texto não é oferecido como um mapa perfeito, mas como uma tocha no meio do caminho. A rota é forjada com os passos, com o suor e com a coragem de quem decide empreendê-la.

Fechamento imponente
A d V e R t E n C I A
Quem se atrever a ler estas páginas com indiferença permanecerá na escuridão; mas quem as tomar como desafio e desafio encontrará em cada símbolo uma faísca de eternidade.
Aquele que tem medo do fogo, nunca acenderá sua lâmpada interior.

Iniciando pela Primeira Estação da Viagem
Temário de apresentação
Eu. O Aprendiz: Descobrindo a Luz
O Aprendiz é o Seeker que bate na porta do templo com humildade e fome de verdade. Representa a pureza da intenção, o início do caminho e a primeira faísca que ilumina as trevas da ignorância.

1. O Chamado para o Silêncio.
O Aprendiz aprende primeiro a calar. O silêncio não é vazio: é a matriz de onde surge a palavra criadora. O silêncio maçônico prepara o terreno onde germina a semente da sabedoria.
2. A Pedra Bruta.
A vida sem polimento é pedra bruta: dura, pesada e sem forma. O Aprendiz recebe o esquadrão e o cinzel para começar a trabalhar sobre si mesmo, esculpindo seus defeitos, corrigindo arestas e preparando seu ser para o prédio espiritual.
3. A Busca da Luz.
A iniciação não dá luz: apenas aponta para ela. A verdadeira luz surge de dentro, quando o Aprendiz se atreve a olhar para dentro, a confrontar sua sombra e a reconhecer a centelha divina que o habita.
4. Primeiros Passos na Sociedade.
Entrar no espaço sagrado da Sociedade é entrar em outro tempo e em outra ordem. Lá o Aprendiz se torna parte de uma cadeia que o transcende. O solo é símbolo de firmeza, colunas de equilíbrio, ferramentas de dever.

Fechamento imponente

O Aprendiz que não tem coragem de esculpir-se continuará sendo pedra inútil na poeira do caminho.
Mas quem se atrever a largar a escória, brilhará como alicerces dignos do Templo eterno.

Comentários

  1. Proémio é um termo que costuma ser mencionado como equivalente a prólogo: refere-se, por conseguinte, ao texto que antecede o início de uma obra. O proémio situa-se antes do corpo de um determinado trabalho e serve como introdução, embora não faça parte da obra em si.
    Um vocábulo grego derivou no latim prooemĭum e finalmente chegou à nossa língua como proémio.

    Pode associar-se o proemio a um preâmbulo, um exórdio ou um prelúdio, consoante o contexto. As suas características, por conseguinte, variam segundo o tipo de obra. Na literatura, considera-se que o proémio serve para introduzir a temática que será tratada nas páginas seguintes.

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  2. No plano musical, o conceito de proémio era utilizado na antiguidade para designar o canto que antecedia a interpretação de certos instrumentistas. Também se chamava proémio a cantos de tipo religioso.

    Em geral, pode dizer-se que o proémio procura orientar o público. O criador da obra esclarece ou explica a sua criação e assenta as bases para a recepção da mesma.

    No direito, o proémio é aquilo que se inclui no começo de um contrato para estabelecer a natureza jurídica do mesmo.

    Através do proémio, menciona-se aqueles que celebram o contrato, detalha como se chamarão a seguir.

    O proémio, em suma, indica quais são as partes intervenientes no contrato, indica o lugar e a data em que se subscreve o acordo e qualifica o conteúdo do instrumento jurídico.

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  3. O termo proémio é o mesmo que prólogo
    Proémio é um termo que costuma ser mencionado como equivalente a prólogo: refere-se, por conseguinte, ao texto que antecede o início de uma obra.
    O proémio situa-se antes do corpo de um determinado trabalho e serve como introdução, embora não faça parte da obra em si.

    Um vocábulo grego derivou no latim prooemĭum e finalmente chegou à nossa língua como proémio.

    Pode associar-se o proemio a um preâmbulo, um exórdio ou um prelúdio, consoante o contexto. As suas características, por conseguinte, variam segundo o tipo de obra. Na literatura, considera-se que o proémio serve para introduzir a temática que será tratada nas páginas seguintes.

    No plano musical, o conceito de proémio era utilizado na antiguidade para designar o canto que antecedia a interpretação de certos instrumentistas. Também se chamava proémio a cantos de tipo religioso.

    Em geral, pode dizer-se que o proémio procura orientar o público. O criador da obra esclarece ou explica a sua criação e assenta as bases para a recepção da mesma.

    No direito, o proémio é aquilo que se inclui no começo de um contrato para estabelecer a natureza jurídica do mesmo.

    Através do proémio, menciona-se aqueles que celebram o contrato, detalha como se chamarão a seguir. O proémio, em suma, indica quais são as partes intervenientes no contrato, indica o lugar e a data em que se subscreve o acordo e qualifica o conteúdo do instrumento jurídico.

    Resumo

    Uso de proémios em textos antigos
    Na antiguidade, se fazia o uso de proémios como elementos importantes em textos épicos, a exemplo das célebres epopeias gregas: Ilíada e Odisseia.

    O proêmio, que é uma seção introdutória de um poema ou discurso, funcionava em textos épicos gregos como uma abertura solene e grandiosa. Geralmente, ele constituía o tom e o propósito do texto, trazendo o tema principal, o contexto histórico e, ainda, os personagens principais, aprontando os ouvintes para a jornada épica que seria contada.

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  4. Sua influência na literatura Medieval e Renascentista
    Quando na Idade Média e no Renascimento, o proêmio evoluiu para incluir elementos mais complexos. Na literatura medieval, em especial em obras como “A Divina Comédia” de Dante Alighieri, o proêmio obteve uma dimensão moral e teológica mais marcante. Em muitos casos, era usado para ressaltar a importância da obra num contexto religioso e político daquela época, definindo um elo entre a narrativa e os valores sociais e religiosos existentes.

    Com a elevação da literatura renascentista, o proêmio se converteu em algo mais introspectivo, com os autores por vezes expressando suas visões e intenções através de prefácios e notas, delineando suas perspectivas únicas sobre o mundo.

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  5. Uso do proémio na literatura moderna e contemporânea

    Já no caso da literatura moderna e contemporânea, o proêmio assegura sua importância no estabelecimento do contexto e do tom de uma obra. Mas ele ainda admite formas mais flexíveis.

    Com a diversificação dos gêneros literários, o proêmio se converteu numa ferramenta versátil, vista não somente em obras épicas, mas ainda em romances, ensaios e em obras acadêmicas. Em diversos casos, os proêmios modernos adotam a forma de um prefácio ou mesmo de uma nota do autor, concedendo um resumo preciso do tema e objetivo da obra. Eles ainda podem incluir citações iniciais importantes para contextualizar o leitor.

    Além disso, na era moderna, a adoção de elementos como sinopse, resumo, capítulo, bibliografia, índice, glossário e apêndice se tornou comum. Tais elementos servem para auxiliar os leitores no entendimento e navegação pela obra, proporcionando uma visão geral do conteúdo, assim como a oportunidade de aprofundar o entendimento com mais referências.

    O narrador moderno comumente usa o proêmio para designar o motivo central da narrativa e para conformar o cenário e o contexto onde a história se desenrola. Por meio do uso do proêmio, os escritores contemporâneos conseguem estabelecer uma ligação mais imediata com o leitor, criando uma expectativa que perdura ao longo da obra.

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