VENERÁVEL MESTRE
ESQUADRO
É o símbolo da sabedoria; por conseqüência, tal condição promove-o ao mais alto dirigente da Oficina, tornando-se o responsável pela administração geral da Loja, por isso é o portador do Primeiro Malhete, senta-se no Oriente, na cadeira do centro da mesa, denominado de “Trono de Salomão”.
A sua Jóia é o Esquadro, pois representa
a retidão nas decisões.
O Irmão que assume este cargo passa por uma cerimônia denominada Sessão Magna de Instalação e Posse de Veneravel Mestre, recebendo o tratamento desde então de Mestre Instalado.
O Irmão que deixa o cargo de Venerável Mestre recebe o título de Past Master ( ex mestre).
O Esquadro, com ramos desiguais (triângulo pitagórico), é uma das Jóias da Loja, ele figura em todos os graus da maçonaria como um dos emblemas mais expressivos.
Sendo o Esquadro o Símbolo da Retidão, como Jóia Distintiva do cargo de Venerável, indica que ele deve ser o Maçom mais reto e mais justo da Loja que preside.
Como símbolo da Retidão, todo maçom deve subordinar suas ações.
Como símbolo da Virtude, devemos retificar nossos corações.
O Esquadro é, materialmente, o instrumento empregado nas construções.
No plano intelectual e espiritual seu simbolismo é abrangente, rico, belíssimo.
Sozinho, isoladamente, é a Jóia do Venerável, a simbolizar a grandeza, a sabedoria de seus julgamentos e ensinamentos aos membros da Oficina.
É dessa sabedoria e discernimento da Justiça que devem brotar seus julgamentos e suas sentenças.
O Esquadro é formado pela junção da Horizontal com a Vertical formando um ângulo de 90 graus.
Esse ângulo representa a Quarta parte do círculo.
O centro do Circulo é o lugar do maçom; a circunferência marca e delimita o campo onde impera a Lei e a Virtude.
O Esquadro é, também, a representação do Nível (Primeiro Vigilante) e do Prumo (Segundo Vigilante) e, do equilíbrio resultante dessa união de linhas, temos o pluralismo universal o do movimento da dinâmica e o da inércia, da estática.
Deve o Esquadro ser confiado àquele que tem a missão de criar Maçons perfeitos.
O Venerável-Mestre,tem as seguintes competências.
I – presidir os trabalhos da Loja, encaminhando o expediente, mantendo a ordem e não influindo nas discussões;
II – nomear as dignidades e os oficiais da Loja;
III – nomear os membros das comissões da Loja;
IV – representar a Loja ativa e passivamente, em Juízo e fora dele, podendo, para tanto, contratar procuradores;
V – convocar reuniões da Loja e das comissões instituídas;
VI – exercer fiscalização e supervisão sobre todas as atividades da Loja, podendo avocar e examinar quaisquer livros e documentos para consulta, em qualquer ocasião;
VII – conferir os graus simbólicos, solicitados pelos Vigilantes em suas respectivas colunas e satisfeito o seu tesouro; se necessário for, depois de deliberação da Loja
VIII – proceder à apuração dos votos, proclamando os resultados das deliberações;
IX – ler todas as peças recolhidas pelo saco de propostas e informações, ou pelo modo que o rito determinar, dando-lhes o destino devido;
X – deixar sob malhete, quando julgar conveniente, pelo prazo de até um mês, os expedientes recebidos pela Loja, exceto os originários da Grande Loja (GLUSA) do Delegado Regional;
XI – conceder a palavra aos Maçons ou retirá-la, segundo o Rito adotado;
XII – decidir questões de ordem, devidamente embasadas e citados nos landmarks, antigas leis, Constituições, Old Charges, Atos e Decretos do Grão Mestre e/ou do Estatuto ou Regimento Interno da Loja, ouvindo o representante do Ministério Público ( Orador), quando julgar necessário;
XIII – suspender ou encerrar os trabalhos sem as formalidades do Ritual quando não lhe seja possível manter a ordem;
XIV – distribuir, sigilosamente, as sindicâncias a Mestres Maçons de sua Loja;
XV – exercer autoridade disciplinar sobre todos os Maçons presentes às sessões;
XVI – encerrar o livro de presença da Loja;
XVII – assinar, juntamente com o Tesoureiro, os documentos e papéis relacionados com a administração financeira, contábil, econômica e patrimonial da Loja e os demais documentos com o Secretário;
XVIII – autorizar despesas de caráter urgente, não consignadas no orçamento, ad referendum da Loja, até o limite estabelecido em seu Estatuto ou Regimento Interno;
XIX – admitir, dispensar e aplicar penalidades aos empregados da Loja;
XX – encaminhar para a Grande Secretaria Geral da Guarda dos Selos até 01de março de cada ano, o Quadro de Obreiros, assinado por ele, pelo Secretário e pelo Tesoureiro;
XXI – encaminhar, até 01 de março de cada ano, o relatório-geral das atividades do ano anterior, assinado por ele, pelo Secretário e pelo Tesoureiro, para a Grande Secretaria Geral da Grande Loja;
XXII – recolher, na forma estabelecida na Lei orçamentária, as contribuições ordinárias e extraordinárias, bem como as taxas de atividade dos Maçons da Loja que dirige;
XXIII – fiscalizar e supervisionar a movimentação financeira, zelando para que os emolumentos e taxas devidos a Grande Loja sejam arrecadados e repassados dentro dos prazos legais.
É importante que fique bem claro que não é “Instalação e Posse do Venerável Mestre”, o Mestre Maçom escolhido para presidir a Loja é INSTALADO pela Comissão Instaladora e ELE dará POSSE aos Vigilantes e demais Oficiais.
ResponderExcluirInstalar na interpretação moderna é colocar objetos/pessoas necessárias a determinado trabalho ou empreendimento o que não deixa de ter sentido dentro do labor maçônico, mas a nossa cerimônia está mais ligada a um símbolo do que propriamente ao Irmão.
Este símbolo é o Trono de Salomão e por mais incrível que possa parecer fazemos a ritualística muito bem próxima a que é praticada nas Instalações das autoridades eclesiásticas.
A Instalação é o assentamento (stallum = assento) do Mestre Eleito ou do Mestre Escolhido na cadeira de maior destaque; estas denominações são ainda da época em que a Maçonaria tinha apenas dois Graus (Aprendiz Contratado e Companheiro de Ofício) e os Irmãos escolhiam entre os Companheiros um Irmão para conduzir os trabalhos e dar a palavra final.
ResponderExcluirO interessante é que hoje valorizamos muito a condição do Venerável Mestre de abrir os trabalhos, dirigir a Loja e esclarecer com as luzes de sua sabedoria os assuntos da Sublime Ordem.
Se isto fosse a situação mais importante, as reuniões maçônicas só aconteceriam com a presença do Venerável Mestre da Loja e todos nós sabemos que não é assim que acontece.
Na ausência dele, naturalmente o Primeiro Vigilante abre a Loja, preside os trabalhos e sabiamente traz luz à Sessão, afinal mudam-se as pessoas, mas o Trono é o mesmo.
Mas então quais são as grandes prerrogativas do MESTRE INSTALADO?
ResponderExcluirNa verdade é uma só, pois todas as demais ele pode delegar poderes de representação a seus Oficiais, a única que é de sua inteira responsabilidade é o ato de SAGRAR o novo Aprendiz na Iniciação, o novo Companheiro na Elevação e o novo Mestre na Exaltação.
Este termo deve ser bem compreendido por todos nós, afinal Maçonaria não é religião e nós não SAGRAMOS no sentido de tornar algo SAGRADO nos conceitos religiosos.
Sagrar é um verbo transitivo que tem sim seu uso em cerimônias religiosas (dedicar a Deus, benzer, santificar), mas o usamos no sentido de conferir um título, uma honra, tornar respeitado e conhecido pelo grau alcançado.
Acabamos confundindo a conjugação do verbo sagrar no particípio passado (sagrado) com o adjetivo daquilo que é consagrado ao culto (sagrado).
Como ficam as Sessões Magnas sem a presença do Venerável Mestre? Devem ser adiadas? Só se a vaidade do Venerável Mestre exigir!