Poderiamos aqui citar as três dimensões, os três corpos, a trindade divina Pai-Filho-Espírito Santo, trindade egípcia Osíris-Ísis-Hórus, etc.
Porém isto já foi largamente citado em outros artigos, os quais apenas repetem uma lei cosmológica.
Portanto falaremos do número três como uma fórmula / regra da manifestação do ternário, a qual se aplica a tudo o que já foi citado por outros autores.
Vamos falar do ternário, em que temos:
O ternário teológico: Deus — Homem — Natureza.
O ternário teosófico: "Divina Natura", "Generatio" e "Partus".
O ternário temporal: Passado — Presente — Futuro.
O ternário mágico: Providência – Destino – Vontade.
O ternário evolutivo: Darma – Karma – Consciência.
O ternário da constituição oculta do homem: Mens (espírito) – anima (alma) – corpus
Paracelso representou esse ternário com seu tridente, representação da espada flamejante ou vara mágica de três pontas, ensinando que o mago iniciado deve equilibrar o binário "espírito" e "instinto", navegando entre essas duas correntes.
Eis então, o maçom equilibrando as duas colunas, caminhando pelo fio da navalha sobre o piso mosaico em direção ao Oriente (em direção a Luz Maior).
Falaremos sobre a aplicação do ternário à criação do mundo descrito no genesis:
Apesar do gênesis bíblica nos descrever a criação do mundo em SETE dias, essa criação foi desenvolvida pelo ternário, ou seja, em três estágios de três dias para cada uma das três esferas de existência, sendo que a principal criação, nós encontraremos no terceiro e no sexto dia da criação.
Vejamos:
No primeiro dia da Criação a luz espiritual se manifestou através do verbo FIAT LUZ;
Três dias depois a luz se cristalizou no astral e se manifestou visivelmente através dos astros chamados de luzeiros (Sol, Lua e estrelas).
Três dias depois a luz vivificou a esfera material, fazendo surgir criaturas viventes no mar e no céu.
Observamos aí uma tripla manifestação Divina nas esferas: Espiritual, Astral e Material.
Vamos focar agora no TERCEIRO dia e no SEXTO dia da criação:
No TERCEIRO dia, Deus criou a TERRA firme, em que se produziu toda a espécie de ervas.
No SEXTO dia, Deus criou TODOS OS ANIMAIS QUE VIVEM NA TERRA, os répteis, os animais domésticos e os animais selvagens.
E o que ocorreu no sétimo dia?
E descansou de todo o seu trabalho no sétimo dia; ou seja, no final deve-se gozar do fruto que se colhe pelo trabalho realizado.
O Sabbath (sétimo dia), em si mesmo, é uma unidade, pois nele completa-se e se unifica todo o restante da Criação.
Portando, devemos entender que o homem é fruto do ternário e sua busca é reintegrar ao ternário.
Assim sendo, os hermetistas utilizavam o triponto antecedendo seus nomes, ou seja, sendo o homem o fruto do ternário.
Já os primitivos rosacruzes utilizavam o triponto após o nome, demonstrando a busca do homem pelo retorno ao seio do ternário. Porém o troponto R+C é invertido, simbolizando o cálice que deve receber o paracleto.
Foi então, a partir disso, que a maçonaria começou a utilizar o triponto, mas não em seus nomes e assinaturas, mas para abreviar suas fórmulas e segredos.
Porém, muito mais tarde, ela passou a usar os três pontos nas assinaturas como forma de reconhecimento.
Há que esclarecer que na ordem martinista são usados duas vezes o triponto (seis pontos ou hexagrama), representando a união entre o ternário superior com o inferior, resultando no ouro alquímico da grande obra.
E aqui, neste ponto, devemos dar atenção ao Sabath (nº 7), o ponto dentro do hexagrama, pois foi exatamente no sétimo dia que Adam reclamou para si uma companheira, com a qual completaria a grande obra universal em Maithuna.
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