Desde remota antiguidade, o “homem pré-histórico” comporta-se como um ser dotado de visão, inteligência e imaginação mágica.
Procurei, na mesma observação dos céus, explicações para as constantes mudanças nos padrões da natureza.
Durante milênios, harmoniza observações com os ciclos de caça e pesca, juntamente com a colheita de frutos selvagens.
Eles foram motivos básicos para sua sobrevivência.
Ações mágicas carregadas de solidariedade mística que conferiam sentido espiritual às suas ações, em vias de se questionar a razão e ser de todas as coisas.
Sua paciente e constante observação do sol o aproxima da crença na possível divinização do Astro-Rei.
Concedendo vida, calor, luz causando mudanças climáticas.
Manifestados entre o dia e a noite em constantes ciclos de estacionários ou em fases lunares, frio e calor.
Em relação ao Sol=Fonte-Origem-Pai-Fogo das formas variadas e múltiplas da luz solar.
Geração em geração transmitem suas observações oralmente e pintadas em grutas ou petroglifos.
Plasmadas entre a arte iconográfica rupestre e seus conteúdos simbólicos.
Enormes e milenares megalíticas pedras, dirigidas a marcar solstícios e equinócios.
Monólitos que servem de sinais no começo de festas equinocciais e solsticiais.
Constelações e estrelas servem e guiam o viajante ao dirigir-se em longas caravanas através de rotas comerciais, orientando navegadores e aventureiros.
Luminárias que compõem motivos artísticos e figuras de animais e humanos.
Servindo de guia e fundamento à estrutura simbólica do zodíaco em observação regulada e periódica a que leva o homem a constatar, que certos dias são mais longos e outros curtos.
E, em certas épocas, o calor é excessivo e em outras, maior o frio.
Homem da antiguidade registra suas manifestações na Arte Pictográfica em fenômenos gráficos de forma simbólica e geométrica.
Fundamentos essenciais da velha astrologia suméria, babilônica e caldeia.
Aqueles que se encontram na rigorosa e documentada observação do Astro Rei e suas constantes variações do ano solar.
Provável; o “homem primitivo” conclui e encontra que o sol causa mudanças no clima e nas estações.
A astronomia conclui que o Sol é uma estrela anã e amarela, composta do núcleo interior, cromosfera, fotosfera e coroa.
Ao longo de séculos, constante em seu estudo e observação vão ressurgindo os cultos solares e Mistérios iniciais.
Antigo culto solar incorporado no estabelecimento ritial da sabedoria dos povos primitivos, fonte do saber universal e base do ritual ou drama cósmico em cada cultura.
Tradição do simbolismo solar representada desde tempos ancestrais na Mesopotâmia por meio da dramatização e confronto dualístico e cosmogônico=inverno/verão; dia/noite; vida e morte.
Depois, dramatizado entre os cultos solares, persas, gregos e mediterrânicos.
Cidades babilônicas e egípcias têm em seus arquétipos das construções de templos os motivos geométricos construtivos das constelações.
Eram seus templos voltados para algumas saídas ou pôr do sol.
Os deuses solares carregam um caráter por causa de sua luminosidade inspirando um certo grau de 'temor sagrado' por causa de serem Numinosos.
Lembre-se, a solarização de Amon, entre egípcios, pois o sol era o único deus universalmente acessível a todos.
Este lindo drama astronômico foi zelosamente protegido desde o período formativo dentro do xamanismo primitivo; até a sua maturidade assimilada entre mistérios iniciais da Maçonaria.
Graças a sua preservação e transmissão foi este mesmo drama solar-astronômico adotado como motivo arquitetônico nas construções de templos desde tempo imemorial.
Os templos mais antigos seguiam o padrão construtivo de L'Antigua de se “orientar” para o nascimento do Sol.
Valioso saber astronômico incorporado entre formas de alta geometria e simbolismo-matemático e arquitetônico =(12 colunas zodiacais)= Sol-Lua em correspondências e analogias da organização simbólica do mesmo templo.
O mosaico de templos representa essa luta cosmogônica entre o dia e a noite, luz e escuridão.
Assinalamos, a existência e analogia entre esta Festa Semestral na Ordem Maçônica, realizada em cerimoniais maçônicos em festa solsticial e, a cristã, dedicada aos santos padroes posteriores da Ordem, a saber João Batista=( 24 junho ) e João, o Evangelista =(27 dezembro).
Conforme estabelecido em ritos, liturgias e cerimoniais maçônicos, desde “in illo tempore”.
Ciclo recorrente da vida-tempo-dia-noite, surge da instauração do constante e cíclico movimento= Sol-Luna.
Dualidade Lua-Noite- Sol-Dia, inerente ao mesmo movimento astronômico-astrológico.
Ou, em imagens do céu e entre as 12 colunas do zodíaco do mesmo templo.
A continuidade da subida e descidaolar-lunar evita o caos e estabelece a ordem prefigurada, dentro do contexto ritual e litúrgico. Importante apontar, as estações do ano conhecidas são períodos em que naturalmente o ano é dividido.
Seja por mudanças de perturbação e duração do dia e da noite como mudanças de temperatura. Inclinação terrestre (eixo) = 231 ⁄2 graus, faz com que a duração do dia tenha variação entre verão e inverno.
Os dias em que o sol atinge o seu declínio máximo são chamados de solstícios =“Paradas do sol”=(21 junho e 21 dezembro).
Durante a constante jornada em órbita eclíptica, o planeta se desloca, ou seja, movimento realizado pelo nosso planeta ao redor do Sol.
Durante o percurso o plano do equador terrestre e a órbita eclíptica tocam-se em dois pontos chamados equinócios =(noite igual a dia)=21 março e 23 setembro.
A órbita da Terra não é exatamente circular.
Cedo em janeiro, a terra encontra-se próxima do Sol em ponto exato chamado= “Perihelion”.
E, cedo em julho, se encontrará mais longe do Sol, em =“Aphelion”.
A terra gira rapidamente quando está mais perto do sol e lentamente quando está mais distante dele.
Durante quase metade do ano, raios verticais do sol caem no norte do equador.
E o dia 21 de junho atinge o limite máximo no norte e nesse dia começa o verão no hemisfério norte e o inverno no sul.
Já por volta de 22 de dezembro a situação é oposta;= inverno no hemisfério norte e verão no sul.
De 21 de dezembro a 22 de março há três meses em tempo e o sol - “aparentemente” - permanece estacionado ao atingir o limite máximo sul; produzindo no Norte a noite mais longa do ano.
Durante o equinócio da primavera, raios do sol caem verticalmente sobre o equador.
Nos dois pólos da terra, as estrelas nem se levantam nem se colocam, mas parecem mover-se em movimento circular, enquanto a terra gira.
A terra orbita para o Sol a uma distância de 93 milhões de milhas (150 milhões km).
Este antagônico drama astronômico foi incorporado na liturgia maçônica, em particular a celebração dos solstícios sendo considerada festa semestral na Ordem.
Atualmente é desconhecida ou não realizada em muitas jurisdições maçônicas por fraqueza educacional formal em oficinas.
Para o erudito Maspero, os templos do Egito, ainda desde os tempos primitivos, eram edificados à imagem da terra, tal como os arquitetos a imaginavam.
“Para eles a terra era como uma imensa laje, mais comprida do que larga, e o céu era um teto ou cofre sustentado por quatro pilares enormes.
O pavimento representava a terra e os quatro ângulos representavam os pilares, o teto, muitas vezes plano, embora às vezes fosse curvo, correspondia ao céu... Pintado de azul escuro, estava riscado de estrelas de cinco pontas.
Às vezes, o sol e a lua se viam flutuando no oceano celestial escoltados pelas constelações, meses e dias.
Havia um lugar sagrado, separado, pequeno e escuro, ao qual se chegava por meio de uma série de salas e colunas dispostas de tal modo em relação ao eixo central do templo, que, em sua direção, apontavam para o local do nascer do sol”.
(Maispero)
Para o equinócio vernal (primavera), as festividades do mundo antigo eram jubilosas, pois as festas eram em honra do Deus Sol.
AS SAGRADAS FESTAS SOLSTICIAIS, na península de Yucatán, México, continua a celebrar a descida do venerado deus Maya K'uk'ulcan-Quetzalcoatl na pirâmide de Chichén Itzá.
Pode-se dizer que o feriado de João Batista - (Junho) toma o lugar da tradicional festa estival da água e do banho sacramental-purificatório.
Mithra nasce de acordo com lendas antigas em 25 de dezembro correspondo em sua cronologia ritual ao solstício de inverno.
Acusando traços iconográficos do simbolismo astronômico-semelhante-entre os Antigos Mysterios, cristianismo e maçonaria.
Templos, dignitários, luzes e a mesma orientação iniciática dos templos são representativos de dramas cerimoniais de exclusivo caráter solar-astronômico.
Aprende-se a RENOVATIO de ''votos'' internos.
Conceito ancestral astrológico-astronômico profundamente educativo do Alquimista da Pedra Sacra..
É a Busca de Luz... em direção ao sol e ao Eterno Oriente em Luz.
(O Caminho de La Toabey)
Victor. Cabelo. Reis. C.R.+
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