Quando D. Pedro viajou a São Paulo em agosto de 1822, Leopoldina exerceu a regência. Grande foi sua influência no processo de independência.
Os brasileiros já estavam cientes de que Portugal pretendia chamar Pedro de volta, rebaixando o Brasil outra vez ao estatuto de simples colônia, em vez de um Reino Unido ao de Portugal.
Pedro entregou o poder a Leopoldina a 13 de agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar São Paulo.
A princesa recebeu notícias que Portugal estava preparando ação contra o Brasil e, sem tempo para aguardar o retorno de Pedro, Leopoldina reuniu-se na manhã de 2 de setembro de 1822, com o Conselho de Estado, e redigiu carta a D. Pedro I. Em sua carta, Leopoldina sugere a Pedro proclamar a Independência do Brasil, com a advertência: "O pomo está maduro, colhei-o já, senão apodrece".
O oficial chegou ao príncipe no dia 7 de setembro de 1822.
Enquanto se aguardava o retorno de Pedro, Leopoldina, governante interina de um Brasil já independente, idealizou a bandeira do Brasil, em que misturou o verde da Casa de Bragança e o amarelo ouro da Casa de Habsburgo-Lorena.
Outros autores opinam que Jean-Baptiste Debret, artista francês, foi o autor do pavilhão nacional que substituía o azul e branco da vetusta corte portuguesa, símbolo da opressão do antigo regime. Depois disso, Leopoldina se empenhou a fundo no reconhecimento da autonomia do novo país pelas cortes europeias, escrevendo cartas ao pai, imperador da Áustria, e ao sogro, rei de Portugal.
Foi aclamada imperatriz em 1 de dezembro de 1822, na cerimônia de coroação e sagração de Pedro I.
Na condição do Brasil ser à época a única monarquia das Américas, Maria Leopoldina foi a primeira imperatriz do Novo Mundo.
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