A FALSA CARIDADE QUE DISFARÇA A CUMPLICIDADE COM O CRIME.
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“Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens.
Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita". (Mateus 6:2,3)
O perigo da caridade sem a verdade
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Há hoje uma forte tentação de se colocar a caridade sem viver a verdade; e isso a desvirtua
A verdade e a caridade são duas virtudes fundamentais para a nossa salvação.
Uma não pode ser vivida sem a outra, desprezando a outra, pois uma perde o seu valor se não observar a outra. Sem verdade não há verdadeira caridade e não pode haver salvação.
São Paulo disse que “a caridade é o vínculo da perfeição” (Col 3, 14)
“A ciência incha mas a caridade edifica” (1Cor 8,1)
“A caridade não pratica o mal contra o próximo.
Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei” (Rom 13, 10).
“Tudo o que fazeis, fazei-o na caridade” (1 Cor 16, 14)
“Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4, 15).
Jesus disse: “Eu sou a Verdade” (Jo 14,6). O Antigo Testamento atesta: Deus é fonte de toda verdade (Pr 8,7; 2Rs 7,28). Sua Palavra é a verdade. Deus é “veraz” (Rm 3,4). Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se manifestou plenamente. “Cheio de graça e verdade” (Jo 1,14).
São Paulo disse a S. Timóteo que “Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4).
Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. O nosso Catecismo afirma com todas as letras: “A salvação está na verdade” (Catecismo n. 851).
“A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15). Sem a Igreja o edifício da verdade não fica de pé.
São Paulo recomenda a São Tito: “…firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem” (Tito 1,9).
“O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina” (Tito 2,1). “…e mostra-te em tudo modelo de bom comportamento: pela integridade na doutrina, gravidade” (Tito 2,7).
Os discípulos viviam segundo esta verdade de Deus. “Perseveravam eles na doutrina dos Apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações” (At 2, 42).
Jesus mostrou toda a força da verdade. “Mas aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus” (Jo 3, 21).
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,23).
Jesus mostrou aos discípulos na última Ceia, que o Espírito Santo é a fonte da Verdade; e é Ele que conduzirá a Igreja `a “plenitude da verdade” em relação à doutrina. “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13).
A verdade de Jesus santifica: “Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade” (Jo 17,17). “Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade” (Jo 17,19). Por tudo isso, Jesus veio ao mundo para dar testemunho da verdade: “Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz” (Jo 18,37).
Muitos querem apenas o “Deus que é Amor”, mas se esquecem do Deus que é também a Verdade.
Esta é uma “porta estreita” que muitos não querem entrar, mas é a “porta da vida” (Mt 7,13).
A Igreja é muitas vezes criticada exatamente porque não abre mão da verdade. Não aceita fazer a caridade sem observar a verdade.
Paulo VI disse que o mal do mundo é “propor soluções fáceis para problemas difíceis”.
São soluções que não resistem a uma análise ética e moral porque não respeitam a verdade revelada.
Santo Agostinho recomendava com sua sabedoria e santidade: “Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se sacrifique a verdade em nome da caridade”.
Muitos querem ser bonzinhos e sacrificam a verdade em nome da caridade; é o relativismo moral, que passa por cima do que a Igreja ensina no Catecismo.
A caridade sem observar a verdade é ser maquiavélico; isto é, aceitar que “os fins justificam os meios”.
São Tomás disse que a base da moral é esta: “Não é lícito fazer o bem por meios maus”. Bento XVI disse na sua encíclica “Caritas in veritate” que: “a caridade sem a verdade é sentimentalismo”.
Não poddemos, por exemplo, querer fazer caridade com dinheiro roubado, ou tirado do narcotráfico.
Não podemos ajudar os pobres usando da corrupção.
Não podemos, “por caridade” dizer a um casal de segunda união que podem comungar, ou dizer a uma dupla de homossexuais que o amor deles justifica a sua vida sexual.
Não se pode dizer aos jovens que namoram que o amor deles justifica o sexo antes do casamento.
Não se pode recomendar o uso da “camisinha” para evitar a AIDS, porque é um meio é mau, imoral, que estimula o sexo fora do casamento.
Não se pode promover a justiça através da luta de classes, e do desrespeito às leis.
Não se pode invadir terras e casas dos outros para promover a justiça.
Os fins não justificam os meios.
E isto acontece quando a caridade é vivida sem observar a verdade.
E assim por diante, vemos hoje muitos sacrifícios da verdade de Deus em nome de uma “falsa caridade”.
A verdade norteia o bom uso da caridade, para que ela não se desvirtue.
Não se pode “fazer o bem através de um fim mal”. Sem a verdade a caridade é falsa, e não pode haver salvação
QUE AS LUZES DO ESPÍRITO UNIVERSAL DE VIDA ALIENTEM OS VOSSOS CORAÇÕES POR TODA A ETERNIDADE...
Deixo-vos agora algumas frases para reflexão:
«Olhe para todas as coisas com firmeza masculina, como homem, como cidadão, como mortal».
MARCO AURÉLIO
«Permaneça firme no seu pensamento e deixe as lágrimas correrem inutilmente».
VIRGÍLIO
«A verdadeira força é aquela que nos torna inflexíveis sempre que se trate da virtude».
PLUTARCO
«Nada é tão difícil que eu não possa alcançar a força».
JULIO CÉSAR
«Se queres ser honestamente virtuoso, tens de agir honestamente».
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