O historiador Costa Pimenta revelou recentemente informações inéditas sobre a implantação da República de 1910 em Portugal.
Segundo Pimenta, os relatórios, até então desconhecidos, foram adquiridos através de um alfarrabista na Suécia, indicando a possível presença de maçons portugueses nas nações nórdicas.
Esses documentos oferecem uma perspectiva única, narrada pelos próprios maçons e carbonários envolvidos nos eventos de 3, 4 e 5 de outubro de 1910.
Os relatórios descrevem detalhadamente os episódios da revolução, desde a formação do Governo Provisório até eventos curiosos, como a morte do almirante Cândido dos Reis. Pimenta destaca a importância da Maçonaria portuguesa nesse período, afirmando que "estudar a Maçonaria do nosso país é o mesmo que estudar a História de Portugal".
O historiador sublinha a dualidade da Maçonaria na época, com membros apoiando tanto a Monarquia quanto a República. No entanto, com o grão-mestre Sebastião de Magalhães Lima, a tese republicana prevaleceu.
A Carbonária, uma milícia maçónica, desempenhou um papel crucial no sucesso da implantação da República, ao contrário do Exército, que permaneceu fiel à Monarquia.
Magalhães Lima é destacado como uma figura central, defendendo os princípios republicanos, liberdade de consciência, religião e culto.
Para os maçons republicanos, a falta de liberdade religiosa foi a principal motivação para a revolução, buscando a consagração dos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade no Estado português.
Costa Pimenta, magistrado e investigador, dedica-se há cinco anos ao estudo da Maçonaria, contribuindo com obras como "Direito Maçónico" e "Salazar, o maçon".
O seu mais recente livro oferece uma visão aprofundada e reveladora do papel da Maçonaria na Revolução de 1910, lançando luz sobre eventos antes desconhecidos.
Comentários
Postar um comentário