Cadeia de União

 

cadeia de união

Conceituação histórica 

Cadeia de União na Maçonaria

A Cadeia de União teria a sua origem na Maçonaria Operativa, onde os profissionais da construção, os canteiros que eram pedreiros talhadores de pedra usavam uma corrente de ferro para delimitar a área de construção. 

Eles fincavam em torno destas construções estacas de madeira, as quais eram inseridas em cada elo da corrente. Na entrada desta área era deixada uma abertura através de dois postes de madeira, A área delimitada geralmente tinha a forma rectangular;

Esta prática foi introduzida na Maçonaria única e exclusivamente para a transmissão da Palavra Semestral, embora os Ritos Schröeder e Carbonário utilizam-se dela em todas as Sessões. Entretanto, os introdutores deste procedimento maçónico não poderiam imaginar que hoje em pleno final do Século XX, a Cadeia de União, através dos enxertos ritualísticos criasse novos usos.

Interessante notar que a criação transcendeu aos criadores. 

As atuais finalidades da Cadeia de União são: além da transmissão da Palavra Semestral, orações em corrente para Irmãos ou parentes enfermos, em favor das almas de Irmãos falecidos, ou quando dois Irmãos estão em desavença, e também ela é usada em Sessões fúnebres.

Parece que uma das finalidades actuais da Cadeia de União sobrepuja às demais. Não nos importa se ela do ponto de vista de raízes da Maçonaria seja apenas um enxerto a mais.

Afinal, o Rito Escocês Antigo e Aceito em especial aqui no Brasil é o maior depositário de enxertos, invenções e compilações que se conhece no mundo da Maçonaria.

A Cadeia de União e o simbolismo no Ritual de Aprendiz Maçom

O tema da “Cadeia de União” é um desses que, apesar da sua aparente simplicidade, encarna uma das figuras mais complexas do Ritual, no sentido em que implica “entrelaçamentos secretos” que ultrapassam largamente a simples ideia de União no sentido simbólico, do mesmo modo que, no plano físico, ao pretender estudar a qualidade de uma corrente metálica, o engenheiro terá que se preocupar com o número dos seus anéis, o seu encadeamento, o metal que os compõe, a sua secção e curvatura. 

Para se entrar no sentido profundo da nossa “Cadeia de União”, é necessária uma apropriação dos seus componentes, para integrá-los numa síntese simbólica irrefutável.

Os principais elementos de que nos ocuparemos serão assim:

  • O círculo que forma a Cadeia, obrigatoriamente fechado.
  • A polaridade, posta em evidência pelo cruzamento dos braços.
  • O terceiro seria a mão, de que não me ocuparei aqui, e que detém um papel activo na formação da Cadeia.

Mas antes de mais nada convém rememorar o facto de que o Rito da “Cadeia de União” é a dinamização, a tomada de acção do princípio sugerido pela corda que serpenteia nos 3 lados da Loja, ligando a Coluna J à Coluna B, sem contudo as unir. Torna-se, assim, indispensável compreender, inicialmente, a mensagem muda dessa corda de nós abertos, nas suas relações com o conceito arcaico de “laço”, de serpente protectora, do nó cerrado que se torna lasso e enfim das suas borlas terminais. 

Os nós laços indicam um sentido evolutivo: a divindade ligante é vencida pelo Conhecimento; a coacção dogmática não consegue já fechar a sua rede.

O laço do Amor é a imagem da Solidariedade. 

Esta imagem é espantosamente explicitada pelo nó Isíaco, análogo à “lemniscata” do primeiro arcano do Tarô, signo expressivo do movimento contínuo, dos “circulus vitae”, da interacção constante das radiações, do movimento perpétuo, tanto da matéria como das galáxias. 

A Matemática adotou-o como signo do infinito. Na boa tradição do Rito Escocês, simbolizando em parte a separação do Neófito relativamente à sua Mãe, em cujo útero se encontrou, previamente, em reflexão, e de onde saiu com uma corda ao pescoço – vestígios do seu cordão umbilical agora quebrado – o Neófito é colocado no centro da Cadeia de União, que forma um círculo à sua volta – verdadeira Cadeia de defesa – porque de cada vez que, na magia e nas artes, se encontra uma corda em torno de qualquer coisa, há uma intenção de defesa da coisa circunscrita e de a separar de todas as influências exteriores (e não deriva a palavra Templo do verbo grego “separar”?).

É a razão pela qual o Rito da “Cadeia de União” consiste na formação de um anel completo, enquanto que a sua homóloga – a corda denteada que contorna parcialmente o Templo – não constitui um círculo fechado, quedando-se, de um lado, na Coluna B, e do outro, na Coluna J. 

De fato, as Colunas não precisam estar ligadas por uma corda para fechar o círculo. 

O círculo é o Universo, o Infinito, como a Loja se estende a todas as direcções, do Nascente ao Poente, do Norte ao Sul, do Zénite ao Nadir. 

No seu trabalho sobre o Deus ligante e a simbólica dos nós, Mircea Eliade diz-nos que “o cosmos é em si mesmo concebido como um tecido, como uma enorme rede”. É também significante a utilização de nós, cordéis e anéis nos rituais nupciais. Dentre os símbolos mais expressivos que se nos oferecem à meditação, figura o “Ouroboros”, a serpente que, ao morder a cauda, forma um círculo.

Simbolizava a vida em geral, no que ela tem de indestrutível e de eterno, pelo seu eterno recomeço. 

Nas procissões dos Mistérios de Elêusis, as cesteiras ligavam romãs (símbolo da solidariedade e da fraternidade), espigas de trigo (mito gregário da regeneração) e uma serpente, imagem da vida regenerada.

No Templo, como referido, a corda denteada contorna apenas em três lados o Painel de Loja. 

Mas no quarto lado, o do Ocidente, nenhum ser, nenhum espírito se pode introduzir, porque a energia contida entre as duas Colunas de polaridade contrária forma uma barreira intransponível para os não Iniciados. Estes encontrariam aí, de qualquer modo, sob os seus passos, o Pavimento de Mosaico, em que inadvertidamente tropeçariam. Na “Cadeia de União” é um magnetismo dinâmico que se vai desenvolver, pelo facto de se constituir de seres vivos. Nas Sessões Públicas (adopção, reconhecimento conjugal, etc.), a cadeia forma-se segundo uma roda infantil, de mãos dadas, em que toda a ideia metafísica e esotérica é excluída: trata-se apenas de um testemunho de amizade e de união. Mas na cadeia ritual, em que os braços cruzados ligam a mão direita com a mão esquerda, desenvolve-se uma força magnética.

Uma outra fonte, não menos importante, é a força energética, dita “telúrica”, que se manifesta sob a forma de uma corrente inversa da precedente, e portanto ascendente, penetrando pelo dedo pequeno do pé esquerdo, para se escapar pelo topo do crânio, contornando a precedente para formar uma figura semelhante ao “Caduceu” (o Caduceu é uma vara de louro de oliveira, com duas serpentes enroladas em sentido inverso, que era atributo de Mercúrio, e símbolo da polaridade e da paz). 

Estas duas serpentes entrelaçadas transformam-se nos “laços de Amor” da corda denteada. Daqui a analogia com a Cadeia de União, em que o braço direito, positivo, passa por cima do esquerdo, negativo, para contactar com a mão esquerda do vizinho, formando uma cadeia de “pilhas em tensão”, em que se reúne o eléctrodo positivo de cada um dos elementos ao eléctrodo negativo do seguinte, por forma a que a força electromotriz resultante seja “n” vezes superior à de um só elemento. Isto não é uma imagem, é uma realidade, que desenvolverá ao máximo a agregação das forças psíquicas da Loja, dirigidas para um mesmo objectivo.

A ritualística da Cadeia de União

A Cadeia de União é formada no centro do Templo, composta de elos humanos exactamente iguais, representando os espíritos maçónicos unidos pela solidariedade de ideias e pela co munhão de sentimentos e aspirações. Não existe na corrente de União, um elo maior que outro, todos são iguais na Instituição fraternal, não admitimos hierarquia, nem superioridade, todos são iguais nos direitos e deveres.

No Rito Escocês, o Venerável ocupa o lado mais oriental da Cadeia, e terá à sua direita, o Orador e à sua esquerda, o Secretário. O Mestre de Cerimónias ocupará o lado mais ocidental, bem de frente para o Venerável, tendo à sua esquerda, o 1° Vigilante e, à sua direita, o 2° Vigilante, isto no Rito Escocês. Os demais irmãos do Quadro comporão a Cadeia de acordo com o seu lugar em Loja.

Para a transmissão da palavra o Venerável a diz, em voz baixa, na orelha esquerda do Irmão que está à sua direita, e na orelha direita do que se encontra à sua esquerda. Daí a palavra circula pelos dois lados, sendo recebida pelo Mestre de Cerimónias, em ambas as orelhas, ocasião em que esse oficial irá levar, ao Venerável, as palavras recebidas, dizendo, na orelha direita a palavra recebida no lado direito c, na esquerda, a palavra correspondente a esse lado.

Se a palavra estiver errada, o processo é todo repelido.

Se estiver certa, o Venerável dirá, simplesmente:

“Meus irmãos, a palavra está correcta, guardemo-la como condição de regularidade e penhor da nossa fraternidade”.

Desfaçamos a Cadeia e retiremo-nos em paz. Após isso, o Ritual de Aprendiz do REAA não menciona quaisquer gestos ou manifestações, embora alguns Irmãos façam uma saudação de regozijo, abaixando e levantando os braços, sem desfazer a Cadeia, por três vezes, dizendo “Viva, Viva, Viva”.

Como a Cadeia é composta após o encerramento dos trabalhos da Oficina, é óbvio que não é feito nenhum Sinal, nessa oportunidade, nem o de ordem e nem a saudação.

Finalizando, a Cadeia de União simboliza a igualdade mais preciosa e a fraternidade mais pura se estende do Oriente ao Ocidente e do Norte ao Sul do Templo, da mesma forma como o princípio da civilização se estendeu por todo o mundo. 

Ela recorda que são verdadeiros Irmãos. A Cadeia de União lembra que a Instituição Maçónica é maior que as religiões, abraça todo o Mundo conhecido, raças, povos, nações e continentes.

No Rito Schröeder (ou Alemão) a Cadeia de União é obrigatória no final de cada Sessão. Ela é usada nos demais Ritos, menos no Rito de Emulação ou de York (Inglês), que ignora esta prática. No Rito Schröeder é feita com os Irmãos dando-se as mãos naturalmente.

O ambiente deve estar propício, com música de fundo, iluminação fraca, incensos e principalmente a concentração de todos os presentes.

No Rito Adonhiramita, a Cadeia de União é realizada antes do fechamento da Oficina com o Livro da Lei ainda aberto. Para tanto, o Venerável Mestre, ao iniciar a Sessão, já comunica a realização da Cadeia de União, determinando apenas um objectivo ou apenas um rogo; não ê prudente a diversificação de objectivos, pois, embora possuamos uma força mental, ao dividi-la em vários pedidos, estaremos enfraquecendo-a e possivelmente diminuindo a sua eficácia. Ao unirmos para formarmos a Cadeia de União, e antes de liberarmos a nossa “Força Motriz” ou “Força do Pensamento”, deveremos estar lodos sintonizados no mesmo objectivo e, ao mesmo tempo, podendo em alguns casos fazer com que todos respirem no mesmo compasso,

Aspectos místicos da Cadeia de União

Os Irmãos quando vão para as Sessões semanais das suas Lojas, durante as horas que precedem o início das mesmas, já terão a mente aberta e preparada e estarão firmes com o propósito de assistir as referidas Sessões. Entram em Loja, a qual é aberta dentro de um ritmo determinado pelo Ritual, iluminação pouco intensa, e é invocado o nome de Deus, Se o condutor dos trabalhos o fizer de maneira bastante ordenada, com boa dicção e os Irmãos estiverem entre si em boa harmonia, não resta a menor dúvida que cada Irmão entrará num relaxamento especial e muitos, em ondas Alfa.

Cada um tornar-se-á uma pilha psíquica que se carregará de uma energia mais ou menos uniforme. Dentro de uma hora de Sessão, as mentes dos Irmãos deverão estar vibrando num mesmo comprimento de onda e todos voltados para uma mesma finalidade com a mesma identidade de pensamento, mesmo que haja alguma opinião em contrário. Afinal, a Maçonaria adopta a Dialéctica que é a arte de dizer e contraditar para se chegar a uma verdade. E esta forma democrática que cada Irmão tem para expressar a sua maneira independente de pensar, não influi na vibração de uma Sessão Maçónica.

As ondas Alfa emitidas pelo cérebro foram descobertas pelo médico alemão Hans Berger em 1524, quando ele estudava o fenómeno da telepatia num paciente paranormal, vi brando o cérebro neste comprimento de onda em 7 a 12 hertz por segundo. Nesta situação o indivíduo estará bastante relaxado, porém bastante lúcido, alerta, predominado o pensamento lógico e intelectual, quando haverá uma série de condições mentais, que o colocam num estado de consciência bastante elevado, ou seja, o ideal para se produzirem fenómenos para psicológicos.

Se no final da Sessão for realizada uma Cadeia de União, a qual é executada formando-se um círculo fechado, formar-se-á uma bateria. Adiantaríamos ainda mais, uma verdadeira usina ou central de energia psíquica. Muito poderosa. Esta energia poderá tal qual o jacto de água saído de uma torneira, ser regulada e direccionada pata um determinado fim. Geralmente as Cadeias de União são feiras em intenção a algum Irmão enfermo.

Ressaltamos que pelo conhecimento que temos dos resultados da acção desta força, ela poderá agir mental ou fisicamente.

Se ela pode incidir sobre um enfermo, é óbvio que tendo o comando mental dos Irmãos que a estão emitindo, ela poderá set usada também num leque de opções bastante abrangente. Digamos que uma delas seria em prol de paz mundial, por exemplo.

Imaginem, sabendo-se que só no Brasil temos cerca de 5.000 Lojas Maçónicas, se cada Loja executar este procedimento ritualístico no final de cada Sessão conforme se pratica no Rito Alemão e com uma finalidade nobre, temos a absoluta certeza de que alguma coisa boa em algum lugar irá ocorrer.

Um estranho fenómeno ocorre numa cidade da França onde os praticantes da Meditação Transcendental se reúnem anualmente. Lá, são recebidos como sinal de bom agouro porque todos os anos durante estas reuniões, a criminalidade diminui, as pessoas ficam mais calmas e alegres e sempre algo de bom acontece.

Em Florianópolis aconteceu um facto digno de ser mencionado, que nos foi relatado por Irmãos daquela cidade. Um Irmão politraumatizado por um acidente automobilístico, na UTI, em coma profundo, assistido por médicos Maçons, a partir da hora em que lhe canalizaram os efeitos mentais de uma Cadeia de União, começou a recobrar os sentidos e acabou ficando curado. Simples coincidência? Actualmente frequenta a sua Loja normalmente.

Encaixaria nesta situação, urna das máximas dos ocultistas: “O visível é a manifestação do invisível No caso do Irmão em coma, o seu cérebro estava em nível mental chamado Delta. Do ponto de vista eléctrico, pode-se chegar de duas maneiras a este comprimento de onda: através do coma profundo, ou então através de exercícios mentais especiais de maneira lúcida, isto é, sem perder os sentidos. Em ambos os casos desaparecem os bloqueios entre consciente e o inconsciente. No estado em que se encontrava o referido Irmão foi até mais fácil o seu cérebro receber as emanações oriundas das concentrações cerebrais dos Irmãos, justamente pela ausência destas barreiras.

Este mesmo procedimento tem sido usado pelas chamadas correntes de orações que as denominações cristãs muito tem favorecido tantos enfermos. As religiões que assim procedem estão apenas se utilizando de um processo mental já conhecido há milhares de anos, ou seja, da energia psíquica, que lhe dá os mais variados nomes e as mais diferentes explicações. No entanto, sabemos que a mente humana é uma fonte infinita de energia cósmica e esta independe das religiões.

Em todo o nosso trabalho fizemos questão de evidenciar uma energia que todos nós temos, sem a necessidade de sermos paranormais e que quando somada à dos demais Irmãos ela se torna muito poderosa e que esta bateria psíquica não é apanágio das religiões. Trata-se apenas de um dom que o GADU deu a cada ser humano. Resta somente sabermos usá-la sempre para o Bem.

A fraternidade na Cadeia de União

Fala-se muito de fraternidade entre os Maçons, como entre os membros de outras sociedades que a sustentam entre os seus objectivos; mas, se do campo da palavra e da pura teoria, dirigimos o nosso olhar à prática da vida diária, vemos como a efectiva realização da fraternidade deixa muito a desejar, e esta é a causa da desilusão e perda total da confiança de muitos na veracidade deste ideal.

E, entretanto, nunca podemos esperar uma realização de fraternidade diferente do entendimento particular de cada um. Em outras palavras, não é suficiente ser chamado Maçom ou ser membro de outra fraternidade para que os demais se sintam no direito de exigir uma manifestação de fraternidade em todos os campos da vida, conforme os seus ideais particulares.

O amor é dado, mas nunca pode ser exigido: o mesmo deve ser dito da fraternidade, que não pode ser senão uma manifestação do amor. Nenhuma verdadeira e sincera manifestação de fraternidade pode obter-se a não ser quando verdadeiramente a sentimos e realizamos interiormente: um Maçom tornar-se-á verdadeiro Maçom e Irmão conforme sinta em si mesmo o Ideal Maçónico e possa se reconhecer como Irmão dos demais.

Quando se progride no Caminho da Vida (do qual a Maçonaria nos oferece nas suas Cerimónias uma maravilhosa interpretação) e se aproxima do reconhecimento (que não é unicamente o frio conceito ou percepção intelectual, mas a direita consciência e sentimento) da realidade do Princípio Único de tudo, sente-se então, interiormente e de uma forma sempre mais clara, a sua íntima união e solidariedade com toda a manifestação da Vida, e desta íntima consciência e sentimento, uma verdadeira compreensão e realização da fraternidade será a consequência espontânea e natural.

Que cada um, pois, se eleve, à sua maneira, e conforme lhe for possível, sobre o seu egoísmo e a sua ignorância, e que reconheça a sua verdadeira natureza, manifestação do Princípio da Vida que vive em todos os seres (e que tem recebido na Maçonaria o nome de Grande Arquiteto), reconhecendo assim os seus deveres, ou seja, a sua relação com o próprio Princípio da Vida, consigo mesmo e com os seus semelhantes. 

Este é o caminho por meio do qual a Maçonaria ensina a fraternidade e busca a sua mais prática e efectiva realização.

Esta fraternidade será primeiramente entre Irmãos, pois só os que a entendem e se reconhecem como Irmãos podem realizá-la; mas, como o Amor não pode ter nenhum limite verdadeiro, e inexiste condição ou estado em que não possa manifestar-se, não há ser ou manifestação de Vida Universal a quem não possa ou deva estender-se. Esta é a Fraternidade dos Iniciados e dos verdadeiros Mestres.

Busquemos, pois, o Princípio Supremo e básico de tudo, reconheçamos a Verdade da Unidade da Vida e da íntima indivisibilidade de rodos os seres: na proporção em que efectivamente cheguemos a este conhecimento, chegaremos, também, a reconhecer e realizar a verdadeira Fraternidade Maçónica, e esta cessará de ser uma vã utopia e um ideal abstracto fora das possibilidades humanas. Assim se realiza o Grande Mandamento do qual nos falava Jesus, cuja segunda parte, “ama a teu próximo como a ti mesmo”, é o corolário natural da primeira: “Ama a Deus (o Princípio ou Realidade da Vida) com todas as tuas forças, com toda tua alma e com lodos teus pensamentos”.

Somente com este entendimento e prática da verdadeira fraternidade poderá a Cadeia de União atingir plenamente o seu objectivo predominante.

Felipe Formiga de Holanda Santos – Or∴ de Brasília – DF

Bibliografia

  • MANUAL do Aprendiz Franco-Maçom – Editora virtual: Sociedade das Ciências Antigas.
  • CONCEIÇÃO, Luís, RL Convergência, nº 501, Lisboa.
  • SPOLADORE, Hércule, Loja de Pesquisas Maçónicas “Brasil”.
  • NASCIMENTO, Benedito Alves do Teresina.
  • BARATA, Loja Maçónica União e Silêncio nº 1582 – GODE

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