A palavra peregrinação tem origem no latim peregrinatio, que designa a ação de "viajar por terras estrangeiras".
Deriva de peregrinus, que significa "estrangeiro", "aquele que caminha fora de sua terra".
Essa raiz etimológica já nos aponta uma profunda alegoria: o peregrino é aquele que se desloca, voluntariamente, da zona de conforto rumo ao desconhecido, em busca de algo maior que si mesmo.
Na perspectiva iniciática e simbólica, a peregrinação transcende o ato físico de caminhar. Ela representa um processo interior, um trajeto de lapidação do ser.
Cada passo do peregrino é uma renúncia ao supérfluo, um confronto com os próprios limites, e uma abertura à revelação do sagrado.
Para o Maçom, a peregrinação é a jornada simbólica da alma que, ao atravessar os vales da ignorância e subir os montes da sabedoria, se aproxima do Oriente da Verdade.
Assim como os antigos peregrinos buscavam santuários e lugares de poder, o iniciado percorre os caminhos da Virtude, da Luz e do Conhecimento.
O peregrino sabe que o caminho é tão importante quanto o destino.
Por isso, cada estação, cada provação e cada silêncio ao longo da jornada são oportunidades de crescimento e de construção do templo interior — obra máxima do espírito em busca da perfeição.
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