“Pedi e ser-vos-á dado;
buscai e achareis; bati e abrir-se-á.”
Mateo 7:7
A petição espiritual não é um ato mundano nem um mero apelo: é um gesto transcendente, um movimento da alma que reconhece a sua limitação e se abre à Luz.
Quem pede com sinceridade despoja-se do orgulho, coloca-se no centro da sua própria humanidade e, ao mesmo O tempo está orientado para o eterno.
O Aprendiz, ao solicitar a Luz, não exige, mas mostra sua disposição para trabalhar a pedra bruta do seu ser.
O Companheiro, ao buscar, percorre o caminho do conhecimento, sabendo que todo achado é fruto de disciplina, estudo e fraternidade.
O Mestre, ao bater, abre as portas da sabedoria e entende que toda resposta não vem do acaso, mas da harmonia universal.
Cristianismo
Pedir é um ato de fé e abandono na vontade divina, reconhecendo Deus como o Grande Arquiteto que guia o plano secreto da existência.
Sufismo
Pedir é elevar o coração em um canto amoroso, onde o iniciado dança em círculos, como os planetas ao redor do seu Sol, lembrando que toda busca é retorno ao Amado.
Cabala
Pedir é alargar o kli (recipiente), polindo o copo interior para que a Luz do Infinito (Ein Sof) desça, como o esquadrão e o compasso que delimitam e abrem o espaço da revelação.
Hermetismo
Pedir é invocar o Princípio, construindo uma ponte entre o microcosmo humano e o macrocosmo divino.
A palavra certa, como o golpe preciso do baralho sobre o cinzel, abre os véus e revela a Ordem oculta.
Em todas as tradições, o verdadeiro pedir não é exigir nem reclamar; é alinhar-se com o sagrado, dispor-se em silêncio reverente, sabendo que a resposta vem na forma e no tempo que a alma requer. Assim, o Seeker Maçônico entende que cada porta aberta, cada achado e cada dom recebido fazem parte do Grande Plano, inscrito no Livro da Vida pela pena do Grande Arquiteto do Universo.
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