A Civilização dos Navegantes
há 30.000 anos estavam la.
Os avanços no estudo do DNA humano e nas pesquisas arqueológicas mais recentes estão reformulando completamente nossa compreensão sobre os primeiros povos a habitar as Américas.
Durante muito tempo, acreditou-se que a chegada dos primeiros humanos ao continente ocorreu pelo Estreito de Bering, atravessando uma ponte de gelo que conectava a Sibéria ao Alasca.
No entanto, as evidências genéticas e arqueológicas mais recentes sugerem uma história muito mais complexa e surpreendente.
A Chegada pelo mar
A grande revelação não está apenas no fato de que os primeiros colonizadores chegaram muito antes do que se imaginava—entre 20.000 e 30.000 anos atrás—mas no meio pelo qual chegaram: o mar.
Estudos apontam que esses povos não vieram exclusivamente por terra, mas sim utilizando embarcações rudimentares, navegando pelas correntes do Pacífico e do Oceano Índico.
Os traços genéticos indicam que esses colonizadores tinham origem dupla:
parte deles veio da Sibéria, enquanto outro grupo possuía raízes na antiga Sundalândia, um vasto território hoje submerso, que englobava o que conhecemos como Indonésia e outras ilhas circunvizinhas.
Se esse cenário for correto, ele transforma radicalmente a narrativa tradicional da migração humana.
Ao invés de pequenos grupos caçadores-coletores deslocando-se lentamente através do gelo, estamos falando de navegadores experientes, que usavam o mar como principal via de deslocamento.
Essa hipótese também reforça a ideia de que a navegação pode ter desempenhado um papel central na expansão da humanidade muito antes do que a história convencional reconhece.
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