Muitos se perguntam por que a Maçonaria usa o símbolo Grande Arquiteto do Universo e não se refere diretamente a Deus, Alá, Buda ou qualquer outra divindade específica. A resposta está na própria natureza e nos princípios fundamentais da Ordem.
1. O Princípio da Universalidade e Tolerância
O principal objetivo da Maçonaria é reunir pessoas livres e de boa moral (como também se encontra a partir da informação sobre ética maçônica) de todas as esferas da vida, sem ter em conta a sua etnia, profissão ou – crucialmente – a sua religião específica.
Para garantir essa universalidade, a Maçonaria exige que seus membros acreditem em um Ser Supremo, Criador, mas não impõe um determinado dogma ou nome.
M.A.U. como Símbolo: "O Grande Arquiteto do Universo" é um símbolo neutro e super-fé, que representa este Princípio do Criador, Fonte de tudo o que existe, na perspectiva de cada membro.
2. O respeito pela fé individual
Um cristão só pode invocar Deus (Pai e Criador)
Um muçulmano pode ver Alá
Judeu pode honrar Yahweh
Deist pode ver uma Força Remanescente, um Criador original que estabeleceu as leis do universo.
Assim, M.A.U. atua como um termo "guarda", um ponto de encontro espiritual. É um reconhecimento da Divindade sem forçá-la a um único caminho.
3. O legado dos "Maçons Livres"
(Maçonaria Operacional)
O simbolismo do "Arquiteto" vem das primeiras origens da Maçonaria, a operacional (as guildas dos construtores de catedrais da Idade Média).
Assim como um arquiteto projeta um edifício, M.A.U. é visto como o ordenador do cosmos, aquele que colocou no lugar as leis geométricas e morais que governam o Universo (Mundo e a Loja Celestial).
Os maçons se consideram discípulos que, usando ferramentas simbólicas (o arco e a bússola), tentam polir seu próprio caráter, trabalhando no "Templo Interior" (refinamento moral e intelectual) de acordo com o plano do Grande Arquiteto.
Um Esclarecimento Importante
É essencial saber que a maioria dos Obedientes (Grand Lodges) na Maçonaria Regular e Tradicional adotaram a fé em um Ser Supremo (M.A.U.) e proíbem a discussão sobre política e religião na Lodge apenas para manter essa harmonia e tolerância.
Portanto, escolher M.A.U. não é uma negação de nenhuma religião, mas uma forma de incluir todos os crentes sob um símbolo do Criador, permitindo-lhes trabalhar juntos para o bem da humanidade.
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