TOLERÂNCIA E MAÇONARIA

 
 
“Somos o mesmo? Não!
 
Temos os mesmos êxitos? Não!
 

Representamos o mesmo? Não!
 
Pensamos exatamente igual? Não!
 
Pertencemos à mesma geração? Não!
 
 
“O que é a tolerância?
 
É uma característica da humanidade.
 
Estamos todos empedernidos de debilidades e erros.
Perdoarmos nossas tolices é a primeira lei da natureza.
 
“Por isso, devemos seguir a linha do respeito fraternal”.
Esta pauta  fala sobre umas das virtudes maçônicas.
Uma palavra importante na maçonaria e no dia-a-dia de cada um de nos.

De apenas 10 letras,
com muitas possíveis interpretações e
muito difícil de colocar em pratica.

Não obstante,
jamais significará submissão,
agachar à cabeça, enfiar a cauda no meio das pernas
e dizer “Amém”"

A tolerância é uma das virtude mais discutidas na Maçonaria.


A palavra é bonita e usada com muita frequência.
Entretanto, a sua prática é demasiadamente difícil.

Não porque evitamos praticá-la,
mas porque é terrivelmente complicada,
a demarcação dos seus limites,
para sabermos onde ela termina, 
e onde começa a complacência ou mesmo a conivência.Estabelecer esses limites não é fácil.

Em cada caso,
em que empregamos a tolerância,
devemos analisar uma infinidade de ângulos,
nos quais sempre estão em julgamento
os procedimentos de Irmãos.


Muitas vezes, até a mudança de comportamento
de um Irmão, nos obriga a usar de maior ou menor tolerância.
Daí se nota a existência de uma gradação da tolerância.

Como estabelece-se ou situá-la, em determinados problemas.

É pôr este motivo,
que não se pode colocar em cargos de decisão.

Irmãos sem um elevado grau de bom senso
e vivência maçônica, pois somente com
essas condições, pode o Maçom, estabelecer
o grau de tolerância, na gradação citada e
adequada a cada caso.

O Venerável Mestre
ou mesmo o Grão-Mestre,
normalmente responsáveis pôr decisões deste tipo,
têm o cuidado de estabelecer parâmetros
determinantes ou uma espécie de círculo imaginário,
em que se circunscreverá a tolerância.


Digamos que esses Respeitáveis Irmãos
estabeleçam um grande círculo e nele circunscrevam
dois círculos menores.
No menor estará a tolerância,
no médio a complacência e
no maior a conivência.

O cuidado para não sair do círculo menor,
o da tolerância, é uma constante.

Isto porque,
um descuido na lapidação
das informações recebidas,
pode dar a idéia de transigência com o erro,
a permissão da violação do direito
ou a conspurcação da moral.

Se, pôr outro lado, mesmo sabendo
que o erro foi realmente cometido,
que a transgressão dos ensinamentos maçônicos
foi verificada, temos que adicionar,
como importante ingrediente para a tomada de decisão,
os atenuantes inerentes ao faltoso.

Como assim?

Atenuantes inerentes ao faltoso?
Sabemos que o erro é próprio do homem.
Determinadas circunstâncias obrigam a
pessoa humana, ao deslize do caminho correto.


Se um Irmão sempre agiu corretamente e,
de um momento para outro,
percebe-se um desvio em sua conduta,
porque não colocarmos na balança,
os dados positivos existentes em seu favor, e que
até outro dia era motivo de aplausos?

Esse passado bom,
representa um fator atenuante de suas faltas.


Pelo sentimento de tolerância
e porque não dizer de justiça,
devemos considerar nesse julgamento
as coisas boas realizadas.

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