É comum pensarmos que nossa principal característica seja a mente.
Afinal de contas, isso define a nossa diferença entre todos os outros animais, a capacidade de pensar. Mas será que é apenas o pensamento e o raciocínio que nos diferencia dos outros seres viventes?
Também somos seres capazes de sentir e perceber o nosso ambiente com nossos cinco sentidos básicos. Porém, além desses, temos a faculdade de avaliar uma situação através das emoções que ela nos desperta.
Felicidade ou tristeza.
Euforia ou apatia.
Expansão ou contração.
Tudo isso faz parte do que chamamos de mente. Nossa mente.
Costumamos apontar a residência da nossa mente como sendo o nosso cérebro.
Será mesmo?
Assisti recentemente a um filme/documentário que diz diferente.
Nesse filme, cientistas de renome discursam sobre a consciência, a mente e a vida.
Os cientistas afirmam que já fizeram experiências por todo o corpo humano e não conseguiram descobrir onde se localiza a nossa consciência.
Eles procuraram em cada região do cérebro, em cada órgão.
Os testes mostraram que a consciência não está em nenhuma parte materialmente física (tangível) do nosso corpo humano.
Mas então, onde está?
“Por que você trouxe a consciência para a conversa?
Você estava falando sobre a mente.”
Você estava falando sobre a mente.”
Ora, mente e consciência são diferentes?
A mente objetiva nos faz o que somos diariamente. Nesse exato momento.
A consciência objetiva também.
Podemos dizer, portanto, que são sinônimos.
Se a nossa mente não está nos nossos cérebros tampouco nos nossos outros órgãos, então, onde estará?
Ora, há duas (na verdade, três) alternativas:
1) Dentro do nosso corpo (interno);
2) Fora (externo);
3) Dentro E Fora.
Qual alternativa é a melhor? Qual você escolheria?
Outras estão convencidas de que a consciência está fora; que, devido ao fato de se constituir de algo muito superior ao corpo físico, está realmente distante, em algum lugar privilegiado que a mantém e a protege.
Mas há um terceiro grupo que diz estar em ambos, como se nossa mente-consciência nascesse em nosso interior e continuasse até o exterior, num relacionamento direto, constante e conectado com o restante do Cosmos.
Em qualquer uma das alternativas, uma coisa é certa: nossa consciência é constituída de uma material pouco denso, bem estruturado, que se comunica com o corpo físico num relacionamento muito estreito de conexões e linhas de transmissão.
Seria como uma rede complexa, que responderia de pronto às comunicações e ordens enviadas pela nossa consciência. Isso devido à necessidade do corpo, em alguns casos, de reagir de forma quase instantânea aos comandos superiores, como por exemplo em momentos críticos de sobrevivência.
Considerando tudo isso, a dúvida lógica seguinte seria… que parte do corpo se comunica com nossa consciência, então?
Vejamos… há muitas alternativas, pois são muito numerosos os órgãos que nos compõe, mas podemos diminuir as possibilidades simplesmente através de certos critérios. O sistema corporal em questão deve possuir as seguintes características:
– ter abrangência total no organismo (envolver e conectar todos os órgãos e células).
– ser um dos sistemas críticos de sustentação da vida, sem o qual a vida orgânica pereceria em poucos instantes.
– possuir um campo eletromagnético sutil, ou alguma outra forma de radiação ou de emissão de ondas, que possibilite a comunicação com a nossa consciência.
Os sistemas que se qualificam para os requisitos, de imediato, seriam:
– sistema nervoso
– sistema circulatório
– sistema respiratório
(este atua em conjunto com o sistema circulatório, sem o qual não teria abrangência por todo o corpo, enviando os gases através das hemácias para todas as células do organismo)
Talvez não somente os sistemas supracitados, mas sim TODOS os sistemas orgânicos se comuniquem com nossa consciência, em graus e intensidades diferentes. Mas creio que o sistema que possui um relacionamento mais direto com nossas verdadeiras mentes seja o sistema nervoso.
Seu funcionamento baseado em correntes elétricas e consequente geração espontânea de campos magnéticos ao seu redor faz dele um candidato prioritário.
Não é conclusivo, do ponto de vista científico-acadêmico, mas podemos afirmar com boa margem de sucesso que nossos cérebros sejam apenas estações de transmissão e recepção de sinais entre nossos corpos físicos e nossas consciências. Nossos cérebros seriam os mensageiros, aqueles que trazem o “fogo” dos deuses para nós.
Isso, é claro, se não interrompermos o processo criativo-comunicativo vindo das nossas mentes, o que é muito comum.
Sentimos medo de seguir nossas vontades, ou possuímos alguma falsa crença, ou ainda achamos não sermos merecedores… e o ímpeto que vem do Alto não chega a se concretizar.
Esse ímpeto seria o próprio Hermes, deus-mensageiro do Olimpo, que transitava entre os mundos, entre os planos, viajando do Olimpo à Terra, e daqui para o Reino de Hades. Como mensageiro dos deuses, ele envia e recebe comunicações de todos os Reinos.
O teor da mensagem, no âmbito de nosso corpo físico, seria elétrico.
As transmissões vindas da consciência são captadas por nosso cérebro e por nosso sistema nervoso autônomo, é transformada em corrente elétrica, e viaja por nossos corpos gerando reacões voluntárias e involuntárias em nossos músculos, órgãos e glândulas, literalmente controlando nosso corpo, se assim desejarmos.
A vida como a conhecemos nada mais é que um constante fluxo de comunicações entre essas regiões fundamentais do nosso ser: corpo, mente e espírito…
Consequências
Mas, se nossa consciência não está nos nossos corpos, então, qual a real importância deles?
Que implicações isso traz para a forma como vivemos?
Inúmeras.
Alguns exemplos para reflexão:
1) Se sua consciência não está no seu corpo, então, o que acontece com a morte física do referido corpo?
2) Se seu cérebro é uma estação transmissora e receptora, então podemos “sintoniza-la” com outras consciências?
3) Se a pergunta acima têm resposta afirmativa, então como saberemos que nossos pensamentos são realmente nossos?
4) O que acontece se eu resolver não seguir os impulsos que vêm da minha consciência?
5) Estamos confinados, presos a nossos corpos físicos ou temos a possibilidade de se desconectar deles?
6) Você têm negligenciado sua consciência em detrimento de seu corpo ou vice-versa?
7) Qual a chave para a felicidade e auto-realização?
Espero que esse texto tenha sido útil em suscitar reflexões saudáveis para melhoria de sua qualidade de vida.
Referências (para se aprofundar nos assuntos aqui tratados)
– O Livro dos Espíritos (Allan Kardec), “Quem somos nós?”/What The Bleep Do We Know? (Down the Rabbit Hole)
Comentários
Postar um comentário