Na cura espiritual, os fatores se invertem, com a força mediúnica do curandeiro se sobrepondo à fé do enfermo no médium ou na cura.
Já na cura pela oração, o que importa é a força sobrenatural da própria reza e da providência divina.
Essas diferenças sutis na verdade indicam que tanto a cura espiritual quanto a cura pela oração serão, sempre, de caráter sobrenatural (realizada pelo médium ou pela divindade), enquanto que a cura pela fé pode ser sobrenatural ou natural (pelo médico, pelo medicamento).
Além dos casos em que, sob o ponto de vista científico, as curas milagrosas são consideradas como remissões espontâneas – pelas quais o organismo cura-se a si próprio – são inúmeros os casos relatados por médicos, que atribuem o poder de recuperação de seus pacientes à fé, traduzida no apego à vida ou na confiança nos métodos terapêuticos empregados.
Já sob o ponto de vista do paciente, sua fé na cura tanto pode ser atribuída à sua confiança no médico (natural) quanto em seu deus (sobrenatural).
De se notar que conquanto os placebos sejam preparados inócuos que comprovadamente não produzem nenhum efeito físico-químico nas pessoas que os ingerem, espantosamente são eficientes em um grande número de casos, podendo-se a isso atribuir, em alguns desses casos, à fé do paciente em ser curado com o medicamento, na verdade um placebo, que lhe foi prescrito.
As curas pela fé são admitidas pela ciência por não serem, necessariamente, de natureza sobrenatural.
A confiança do paciente em sua recuperação e seu apego à vida, são condições que não devem ser desprezadas.
Quanto às curas pela oração e espiritual, sob o ponto de vista científico, serão sempre consideradas misticismo, curandeirismo e charlatanismo.
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