O LIVRO DA LEI

 

O L.’. L.’. ou L.’.SS.’’.EE.’. como é chamado no Rito de York/Emulação, ou ainda V.’.C.’.S.’. como é denominado na Comaçonaria (Maçonaria Mista), representa o Código Moral que cada indivíduo respeita e segue, à filosofia que cada qual adota; é a Lei sagrada de cada Maçom; enfim, a Fé que nos governa e anima.

O L.’.L.’. deve obrigatoriamente estar aberto sobre o A.’. dos JJur.’. durante os trabalhos da Loja, como Símbolo de espiritualidade e representando a Verdade. 

O L.’.L.’. constitui o traçado Espiritual, completando o traçado objetivo que a Prancheta representa, guiando o aperfeiçoamento do Maçom após haver desbastado as asperezas do seu Eu, representadas pelas paixões mundanas. 

Da mesma forma que a Prancheta serve para o Maçom traçar objetivamente linhas e fazer desenhos para que os IIrm.’. possam executar a construção planejada com regularidade e propriedade, o L.’.L.’. pode ser considerado como sendo a Prancheta do GADU.’., na qual estão traçadas espiritualmente as Leis Divinas e disposições morais.


O L.’.L.’. é o Livro Sagrado de cada religião, onde os crentes julgam encontrar a Verdade pregada por seus profetas. 

Compreende-se, portanto, que o L.’.L.’. não é tão-somente a Bíblia dos Judeus ou dos Cristãos, podendo ser as Escrituras Sagradas de outras religiões, porque a várias delas podem pertencer os membros de uma Loja e, pelos princípios básicos da Maçonaria, deve haver o máximo respeito às crenças de cada um. 

Pode ser, portanto, o Alcorão, o Zenda-Avesta, os Shastras, o Rig-Veda, como qualquer outro Livro considerado Sagrado pelas diversas religiões. 

Os candidatos jjur.’. sobre a Escritura Sagrada de sua religião, porque dali é que emana a luz, a ciência sagrada, de acordo com a qual ele tem de viver e conduzir-se.


A Maçonaria deixa a critério de cada Maçom sua definição de Deus, o Ser Supremo, o Princípio Criador, a quem chamamos GADU.’. 


Essa denominação está de acordo com as primeiras Constituições, de 1723. 

Nas Constituições de 1738, este Deus um tanto vago, não era outro senão o Deus pessoal de cada um, conforme a sua religião. 
As Constituições Maçônicas de 1815 reconheceram a liberdade e a neutralidade de culto religioso ao promulgarem que “por motivo de sua religião ou crença, ninguém é excluído da Ordem, desde que creia no glorioso Arquiteto do céu e da terra e pratique os sagrados deveres da moralidade”. 

Com efeito, ao Maçom só lhe é exigido o reconhecimento da existência de um Princípio Criador, o GADU.’., abrindo assim possibilidades para crenças teístas, deístas ou agnósticas e excluindo de plano as filosofias ateístas. 

Segundo a Constituição de 1723, “O Maçom está obrigado, por sua vocação, a praticar a moral e se compreender seus deveres, nunca se converterá em um estúpido ateu nem em irreligioso libertino”.


Na esmagadora maioria das Lojas Maçônicas estabelecidas no Brasil, país essencialmente cristão, o L.’.L.’. utilizado é a Bíblia, contendo o Antigo e o Novo Testamentos.

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