De acordo com o pensamento ocidental, há 5 argumentos em favor da existência de Deus:
(1) Ontológico, exposto classicamente por Anselmo e R. Descartes (1596-1650) e retrabalhado por Hartshorne (1897-?) em “Process Theology”, sustentando que o conceito da perfeição de Deus exige que sejaconsiderado existente, pois, de outra forma, não seria perfeito.
Tal argumento é criticado principalmente por inferir de modo ilegítimo a realidade de um conceito;
(2) Cosmológico, classicamente oferecido por Tomás de Aquino (1225-1274), o Tomismo, que argumenta que a natureza contingente ou causal da realidade exige que ela tenha uma base necessária, uma “primeira causa”, identificada como Deus.
Os críticos arguem que a qualidade contingente da realidade não mostra nem que ela tenha tido um primeiro criador nem que as qualidades de uma entidade primordial devam ser as de Deus;
(3) Teológico, classicamente encontrado em W. Paley (1743-1805), que sustenta, em face da suposta prova de um plano ou um propósito no mundo, que ele tem um Criador inteligente.
Os críticos contestam a existência dessa prova e afirmam que, ainda qe ela exista, nada indica que tenha sido criada por um ser perfeito.
Os críticos mais famosos são D. Hume (1711-1776) e L. Kant (1724-1804);
(4) Moral, oferecido por Kant e H. Rashdall (1858-1924) que assevera que a obrigação moral só é adequadamente compreendida quando aponta para Deus como fonte ou justificação do senso moral.
Os críticos fazem objeções a tal interpretação; e
(5) Experiencial, de A. E. Taylor (1869-1945) e John Baillie (1886-1960), para os quais a realidade de Deus é tão evidente por si mesma, que basta refletir sobre ela para não se poder ter dúvidas justificadas a seu respeito. Os críticos contestam a interpretação da experiência, afirmando que ela nem se justifica nem é evidente por si mesma.
Autores:
Dr. David A. Palin, professor de Filosofia da Religião da Universidade de Manchester in The Penguin Dictionary of Religions (Tradução Livre)
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