É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Aarão, e desce para a gola de suas vestes.
É como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião.
Ali ordena o senhor a sua benção e a vida para sempre".
Israel assim como seu povo é abençoado por Deus, dizem em historias populares, que é o povo escolhido, situado entre a cadeia de montes de Sião,de onde se destaca majestosamente o monte Hermon, um verdadeiro oásis, contrastando com os países vizinhos.
Cortado por diversos e importantes os, dentre eles o mais famoso, o rio Jordão, às suas margens estende-se verdejantes videiras e oliveiras assim com produz tudo o que se planta.
Como Jerusalém está situada na meseta central da
Palestina, para chegar à cidade santa de qualquer parte da terra, é preciso "subir", o que explica bem a razão de ser da expressão "das subidas", circundada pelos montes de Sião, onde o senhor escolheu para morar, de onde se destaca majestosamente o monte Hermon.
A neve derretida, forma os rios e os lençóis de água, e por sua importância é que no salmo 133, destaca de forma tão bela.
Quando Davi falava "O quão bom e agradável vivermos unidos os irmãos! "
E o óleo citado "...é como o óleo precioso..." era um perfume raríssimo à base de mirra e oliva, usado para urgir os reis e sacerdotes, e ou aqueles neófitos que asparivam a alguma iniciação; Importante à ponto de comparar com os irmãos unidos e sua grandiosidade.
"Os óleos vegetais são produtos de secreção das plantas, que se obtém das sementes ou frutos dos vegetais, são substâncias gordurosas das quais muitas comíveis líquida e de temperatura ordinária"
Bem, podemos ver que não trata-se de nova tecnologia, o óleo citado acima, usado para unção sagrada, era uma das espécies porém muito especial.
O membro destacado da tribo de Levi, irmão mais velho de Moisés e seu principal colaborador, possui um peso próprio na tradição bíblica, devido ao seu caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos judeus.
Pelos espalhados pelo rosto, adorna a face do homem desde os mais remotos tempos, a barba mereceu dos mais variados, novos semitas e não semitas da antiguidade, um trato especial, destinaram-lhe grandes cuidados.
Não apenas um símbolo de masculinidade e podemos exemplificá-la com os varões que engrandeceram o império brasileiro, figuras imponentes pela conduta e emparticular, símbolo de austeridade moral.
De especial significa litúrgico e ritualístico, eram as vestes daqueles que tinham por missão exercitar atos religiosos, como a unção, o sacrifício, o culto e variava de conformidade com os diversos ofícios religiosos para
invocação da divindade.
Trata-se de um maciço rochoso situado ao sul-sudeste do antilíbano do qual se separa um vale profundo e extenso, apresenta-se de forma de um circulo, que vai de nordeste à sudeste. Explicando um pouco mais, para entender a geografia dessa região que viram nascer a história do mundo bíblico: O Antilíbano é a cordilheira que se estende paralelamente ao Líbano, separando das planícies de Bekaa.
O monte Hermon por sua vez, destaca-se por sua magnitude, de tão alto, há neve em seu cume o tempo todo, e é de lá, que após que vem o orvalho santo junto com as bênçãos.
A importância que dava aos povos de diversas aldeias que iam aos templos de Jerusalém para rezar, e Jerusalém por sua vez, tratava à todos dessa forma, acolhia quem quer que fosse, viesse de qualquer lugar.
Agora quando fala "...é como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião..." refere-se ao monte em sua pujança, sua importância para a existência de Israel, dos montes vem o orvalho e o orvalho é a água, a vida, a natureza, o bem mais precioso.
Para situarmos melhor na história, falo agora do significado de cada citação, de onde podemos refletir e só assim, entendermos o que Davi Dizia:
OS IRMÃOS:
Quando o Salmo 133, sugere "...que os irmãos vivam em união..." estamos traçando um programa de convivência amena e construtiva, e se voltarmos no tempo, veremos que a palavra "irmão" se revela uma necessidade entre os homens e era mesmo.
Com toques divinos, não menor necessidade que temos dela hoje, basta que encaremos o panorama humano dos nossos dias atormentados pelas divergências e alimentados pelo ódio mais profundo.
O ÓLEO
Bem, podemos ver que não trata-se de nova tecnologia, o óleo citado acima, usado para unção sagrada, era uma das espécies porém muito especial.
AARÃO
A BARBA
Não apenas um símbolo de masculinidade e podemos exemplificá-la com os varões que engrandeceram o império brasileiro, figuras imponentes pela conduta e emparticular, símbolo de austeridade moral.
Os Israelitas a que pertencia Aarão, evidenciaram especial estima pela barba, a ela conferiam forte merecimento, apreciável atributo do varão, que externava pela sua aparência, sua própria dignidade.
Os Israelitas por si mesmo, pelo que ela representava, raspá-la e eliminá-la do rosto, demonstrava sinal de dor profunda.
AS VESTES
invocação da divindade.
Havia especial referência pela cor branca nas vestes sacerdotais, nas representações egípcias contemporâneas ou posteriores ao médio império, os sacerdotes usavam um avental grosseiro e curto, já o sacerdote leitor, usava uma faixa que lhe cobria o peito como distintivo de sua categoria, enquanto que o sacerdote vinculado ao ritual de coroação, exibia uma pele de pantera.
No velho testamento presume-se o uso de um avental quadrado, quando se fala na proibição de aproximar-se do altar através das grades, talvez um precursor do avental maçônico.
Então o óleo sagrado era jorrado sob a cabeça da pessoa a ser ungida, desça pela barba e escorria à orla de suas vestes.
O ORVALHO
O esplendor da natureza oferece a magia do orvalho, que desce das alturas para florir de viço as plantas, nada mais belo e nada mais sedutor do que o frescor das manhãs, ver como as folhas cobrem-se de uma colcha unida, onde vão refletir os raios avermelhados do sol que traz luz.
No capim deposita-se o orvalho, cama verde e amiga, em gotículas que, juntando-se umas às outras, vão nutrir a terra ávida de alimento, parecem espadas de aço ao calor do dia, nas pétalas florias, formando-se perolas do líquido cristalino, espelho da vida que exulta ao redor.
O MONTE HERMON
De todas as cadeias montanhosas, é a que se posta mais ao oriente, pois desenvolve-se no nordeste ao sul-sudeste, por quase 163 quilômetros, suas extensões e alturas são visíveis à partir do mediterrâneo.
Seu ponto culminante é o monte Hermon, com mais de 2.800 metros de altitude, possui neve em seu cume e de lá o vento traz o orvalho.
Também chamado de Monte de Deus, o Monte Sião não que seja santo por si mesmo, más porque o Senhor o escolhera para ser sua morada, para todos, o monte será um refúgio seguro e inabalável.
Tudo que é bom e lhe é agraciado; em Hebraico, seu significado é "berakak" palavra que deriva de "Berek" que por sua vez significa joelho.
Nota-se a relação entre uma e outra palavra, porque, sendo a benção a invocação das graças de Deus sobre a pessoa que a recebe, deve ser colhida com humildade e unção, portanto, de joelhos em terra, reverenciado e respeitosamente.
Seu ponto culminante é o monte Hermon, com mais de 2.800 metros de altitude, possui neve em seu cume e de lá o vento traz o orvalho.
O MONTE SIÃO
O orvalho que escorre de Hermon para os montes de Sião, como o senhor ali mora, é dele que escorre o orvalho abençoado, todas as suas complacências.
Em Salmos 2:6 vemos que Deus mesmo instalou seu rei sobre o monte santo, "Eu, porém constituí meu rei sobre o monte Sião"
O mesmo lugar em que Abraão ia sacrificar o filho conforme ( 2 Cr 3:1 e Gen. 22:2).
A BENÇÃO
Tudo que é bom e lhe é agraciado; em Hebraico, seu significado é "berakak" palavra que deriva de "Berek" que por sua vez significa joelho.
Nota-se a relação entre uma e outra palavra, porque, sendo a benção a invocação das graças de Deus sobre a pessoa que a recebe, deve ser colhida com humildade e unção, portanto, de joelhos em terra, reverenciado e respeitosamente.
Para os Semitas, benção possui força própria, e por isso, é capaz despertada a sua potencialidade energética de produzir a saúde, palavra que se acha envolvida por vibração, carregada de energia dinâmica e magia.
"O onipotente te abençoará com a benção do céu, com as bênçãos do abismo, que jaz embaixo, com as bênçãos dos seios maternos e dos úteros".
Gênesis 49:25)
Assim " ...Porque ali o senhor ordena a benção e a vida para sempre".
O salmo 133 em estudo começa pelo versículo 1 e 2 e que se refere à união com grande satisfação e amor. A expressão ” …quão bom e quão suave” passa o sentido de um significado que expressa o agradável prazer e sensação recompensadora. Mais para frente ele cita o óleo, porque os sacerdotes eram ungidos com óleo como símbolo de benção e missão cumprida. E por isso, o salmista compara o povo que vive em união e harmonia, como aqueles que foram abençoados por Jesus.
ResponderExcluirNo último versículo cita sobre as bençãos de Deus perante nossa vida, onde assim como o orvalho de Hermom, também somos abençoados por Ele.
Aqui, é interessante aprender a importância de Hermom para a região de Israel. Essa localização é um monte de 30 quilômetros de extensão todo congelado, e se destaca nesse território. A medida em que se chega à base do monte, a geleira derrete irrigando a terra e trazendo vida ao local, e é ali nessa água unida em demais pontos que nasce o rio Jordão. Esse mesmo monte, encontra-se na área norte de Israel, uma localização seca, considerada desértica. Portanto Hermom é a representação de vida para a região, é como um milagre que nasceu para beneficiar uma localidade que é maltratada pela seca.
O intuito de Deus sempre é fazer o bem para o Seu povo, Davi através de algumas palavras consegue expressar seu reconhecimento e amor. O Salmo 133 em explicação nos fazer perceber a admiração serena e verdadeira nas palavras e principalmente de como devemos segui-las.
Erros Comuns na Interpretação do Salmo 133
ResponderExcluirAntes de expor o texto propriamente dito, exemplificaremos rapidamente alguns erros de interpretação do mesmo. Dois destes erros são os mais comuns: a pressa em aplicar o texto ao Novo Testamento, sem antes entende-lo à luz do seu próprio contexto e o medo de aplicar o texto temendo cometer um "abuso hermenêutico" como foi feito em abundância no passado. Seguem-se alguns exemplos destes erros e alguns outros.
Agostinho, por exemplo, nas suas exposições do livro de Salmos, aplica o texto "quão bom e agradável é viverem unidos os irmãos" a certas circunstâncias neotestamentárias, como a união entre judeus e gentios e a união entre os apóstolos e a comunidade cristã descrita em Atos 2. No entanto, seu principal ponto na exposição do salmo é a defesa da vida monástica. Agostinho também interpreta detalhes do texto como "a barba" como sendo um sinal de maturidade e coragem. Quando muito, devemos considerar a interpretação de Agostinho uma aplicação alegórica. [2]
Jerônimo segue uma linha semelhante à de Agostinho, defendendo a vida monástica. Ele diz que a unidade proposta pelo salmo só pode ser alcançada na vida monástica, e que é impossível em qualquer outra circunstância. Comentando o verso 2 ele afirma:
Habilmente dito: "sobre a cabeça". E "o qual desce para a barba." A barba é o sinal de hombridade porque por este sinal a natureza distingue o homem da mulher. A cabeça simboliza a divindade, ou seja, Deus Pai; a barba designa o homem. "Até" dizem as Escrituras "que cheguemos … à perfeita varonilidade," isto é, Cristo. Agora vejam o que o profeta quer dizer com: "É como o óleo precioso." Assim como as bênçãos do precioso óleo da cabeça – ou seja, do Hermon da divindade – desce sobre a barba, desce sobre o homem perfeito que é Cristo, daquela mesma barba o mesmo precioso bálsamo desce para a gola de suas vestes … Qual é o benefício para nós desta barba que foi ungida e deste perfeito homem? … Se nós somos a veste de Cristo, nós vestimos a sua nudez com nossa fé … [3]
Entre os intérpretes reformados nós encontramos Lutero, que embora não comente o Salmo 133, refere-se ao mesmo na sua interpretação do Salmo 42 verso 6. Dando uma explicação etimológica para o nome Jordão, Lutero afirma que "misticamente este denota o batismo na igreja e nas Santas Escrituras, no qual todos os cristãos são banhados." Mais impressionante é sua interpretação de Hermon:
O Hermon denota anátema, excomunhão, e a Cristo é dado este nome no Salmo 133.3: "como o orvalho do Hermon," porque Cristo foi feito pecado, maldição, excomunhão e anátema por nós. Logo, todos os cristãos são Hermonin, que é o plural de Hermon, porque eles também são o refugo, obscuridade e anátema do mundo (1 Co 4.13), como diz o apóstolo (Gl 6.14). [4]
Calvino, muito mais centrado no método histórico-gramatical de interpretação, não está livre de alegorizações na sua interpretação. Ele diz: "Pela barba e gola das vestes nós somos levados a entender que a paz que vem de Cristo, como o cabeça, se espalha através de todo o comprimento e largura da Igreja." [5]
Alguns estudiosos, utilizando-se do método crítico-histórico, têm grandes dificuldades em entender o texto e propõem emendas ao mesmo, no sentido de "melhorá-lo" dentro da sua própria perspectiva. Como exemplo, Kraus no seu comentário de Salmos sugere a seguinte tradução: "o orvalho de Hermon que desce aos campos secos." Sua justificativa para tal emenda é que a tradução "sobre os montes de Sião" é topograficamente impossível e também absurda, "num fantasioso estilo poético." [6]
Vemos, portanto, que existem muitas interpretações diferentes do texto. Sem sombra de dúvidas, muitos intérpretes trouxeram grande luz sobre o texto no passado e, ao interpretarmos o salmo, faremos recurso a estas interpretações.
Contexto Histórico
ResponderExcluirO título, usualmente traduzido como "Cântico das Subidas," é relacionado a um grupo de cânticos usado por peregrinos nas procissões festivais. [7] É nele que encontramos a indicação mais lógica do provável contexto histórico do nosso texto — dÛiwñfd:l twèolA(aM×ah ryÛi$ (Cânticos das Subidas – de Davi). O Texto Massorético traz este título para o grupo de Salmos 120 a 134. Alguns acreditam que o título pertencia primeiramente ao grupo como um todo e depois foi aplicado aos textos individuais. Interessantemente, os Salmos 122, 124, 131 e 133 são associados ao nome de Davi, enquanto que o 127 é associado ao nome de Salomão.
É bom lembrar que a maioria dos comentaristas bíblicos (inclusive um grande número de intérpretes conservadores) põe em dúvida a autenticidade dos títulos no Texto Massorético. No entanto, para este texto específico existe bastante evidência de que ele vem de tradições muito antigas. Comentaristas usam dois argumentos principais contra a autoria davídica do texto.
Primeiro, eles alegam que a LXX e o Codex Vaticanus omitem o título e isto é considerado evidência suficiente para negar a historicidade do mesmo. No entanto, existem outras fontes de evidência contra este ponto de vista. O título aparece no Codex Alexandrinus e em textos de Qumran. O texto 11QPs13 preserva o grupo twèolA(aM×ah ryÛi$, colocando os Salmos 133 e 134 em outra posição. Ainda assim, mesmo isolados do grupo, os dois textos trazem o título completo. [8]
Outro argumento contra a autoria davídica segundo Delitzsch, é de natureza filológica. Delitzsch afirma que o pronome relativo $ com o particípio (d"rïYe$) não era usado na era davídica, e passou a ser usado somente mais tarde. [9] Na verdade, a construção pronome relativo + particípio aparece somente 7 vezes em todo o Antigo Testamento, sendo duas no Salmo 133, uma no Salmo 135, uma em Cantares e três em Eclesiastes. Ainda que estes outros escritos sejam evidentemente posteriores ao período davídico, a ausência da construção em outros escritos anteriores não é evidência suficiente para se desacreditar da autoria davídica. [10]
Temos, portanto, mais evidência textual para crer na autoria davídica do que para desacreditar dela. Ainda mais, existem possíveis Sitze im Leben que se encaixam perfeitamente na teologia do salmo. Algumas sugestões interessantes são apresentadas por estudiosos. Kirkpatrick faz a conexão do salmo com a tentativa de Neemias de repovoar Jerusalém após o exílio babilônio. [11] Tal possibilidade é válida, ainda que não seja esta a origem do salmo. Delitzsch afirma que o salmo é atribuído a Davi porque "este exala inteiramente o espírito de Davi, e se pensa que este [o salmo] nasceu do amor de Davi por Jônatas". [12] Como o título afirma, o salmo também era usado nas romarias do israelitas (Cântico das Subidas), provavelmente na festa dos tabernáculos (Lv 23.33-43), quando todo o povo deveria viver em tendas.
O contexto mais provável, no entanto, é o da unificação das doze tribos de Israel debaixo do reinado de Davi em Jerusalém. As figuras no texto do salmo confirmam ascendentemente esta situação. Considerando pois este contexto, é que vamos interpretar o texto.
Ecce quam bonum et Quam iucundumhabitare fratres in unum
ResponderExcluirSicut unguentum in capite Quod descendit in barbam barbam Aaron
Quod descendit in ora vestimenti eius Sicut rosHermon quod descendit Iin montem Sion quoniam illic mandavit Dominus Benedictionem et vitam usque in saeculum