O QUE VINDES AQUI FAZER?


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AONDE QUEREMOS CHEGAR?

Quando a mente está adormecida ou entorpecida, é preciso despertá-la.

Quando se distrai, será necessário trazê-la de volta.
Quando se apega demais, fizer vê-la outras possibilidades.
Quando atingir o equilíbrio, mantiver sem desviá-la.

Essas afirmações são contundentes e de caráter evolutivo, pois, proporcionam um caminho seguro e equilibrado para a dinâmica pessoal diária. 

Pergunta: será necessária uma prática diferenciada no conjunto da dinâmica que vivemos apesar de nossa “impecável” formação pessoal?

Sim, com certeza! 

Estamos tão envolvidos no processo da existência e sobrevivência que nos afastamos de nós mesmos. Sempre procuramos as soluções de nossos problemas e dificuldades fora de nós, no outro, no próximo, profissional ou amigo, quando todas as possibilidades de desfecho estão dentro de nós, no nosso íntimo, em nosso interior.

Nossa Ordem proporciona essa possibilidade em seu conjunto. Conjunto esse com regras, disciplina, ritual, simbologia, cargos e funções empurrando nossa personalidade para aprimorar o caráter e a conduta. Dentro da Loja, somos envolvidos em responsabilidades que –por vezes- não desejamos assumir e nos vemos praticando funções que sutilmente nos despertam para um novo estado de ser. 


Nossas atividades e conteúdo maçônicos são expressos de maneira prática e objetiva proporcionando uma oportunidade de abrandar nosso ego, talvez até submetê-lo e dominá-lo; e isso não quer dizer submissão ou aceitação passiva dos obstáculos e exigências que enfrentamos durante nossos trabalhos e durante nossa vida, representa sim uma ação com equilíbrio consciente que pode se manifestar até num recolhimento cuidadoso (um agir não agindo, escolhas); temos que procurar entender ou aceitar que uma atitude silenciosa ou “não manifestação”, não significa aceitação ou consentimento com situações ou obstáculos.


No âmago do ser humano, na sua Alma,  só tem uma condição: sua liberdade


Não é a liberdade objetiva ligada aos nossos sentidos ou sensações e vontades, mas, uma liberdade interior, a grande tarefa de assumir sua verdade pessoal, o “Conhece-te a Ti Mesmo”, o auto-descobrimento.

Esse é nosso trabalho, e quem não o faz é porque não deseja, pois, tem todas as possibilidades de fazê-lo com as ferramentas disponíveis pelo processo maçônico; temos que fugir da “inércia mental” assumindo o controle de nossa existência interior. 


“As leis da vida social atualmente mudam a cada minuto. Não há mais segurança no conhecimento de alguma lei moral que foi comunicada. É preciso buscar os próprios valores e assumir responsabilidade pela nossa própria conduta, e não simplesmente seguir ordens transmitidas de algum período do passado. 

Ademais, estamos intensamente cientes de nós mesmos como indivíduos, cada um é responsável pela sua própria senda, diante de si mesmos e de seu mundo.” (Joseph Campbell) 

Somos motivados desde nosso ingresso a procurar a Luz, devendo constituir-se como meta de nossos interesses. Só podemos nos aproximar de outras dimensões  provocando um desapegado de nossa mente comum levando-a a outras condições ou situações em que se encontra distraída ou afastada, e assim, quando tivermos a convicção de que nossos preceitos e postulados são verdades para nós e para todo ser humano, uma forte convicção que não precisa da razão para impor-se, estaremos exercitando ou experimentando uma sabedoria que tem a força de uma corrente da qual somos um elo; e essa ligação torna-se mais forte pelo trabalho das Lojas em seus diversos ritos que podem ter diferenças, mas com pouca alteração.


Neste atual estágio evolutivo que nos encontramos, nosso contato objetivo se faz através de nossos sentidos, pois, através deles recebemos as informações e estabelecemos valores, é um bombardeio de impressões e nossa mente acaba flutuando continuamente nesse mar de estímulos. 


E sendo ela dinâmica e estar em constante estado de alerta recebendo informações incessantes e ininterruptas fica difícil haver um controle adequado e consciente, tornando essas impressões imprecisas e enganosas podendo distorcer e até limitar o conhecimento, sendo necessário ultrapassá-las despertando outras possibilidades latentes, mas adormecidas. 


E para que isso aconteça, para ascendermos a um plano mais sutil, subjetivo, a “busca da verdade”, o “tirar o véu”, deve ser motivada pelo desejo de alcançar a sabedoria e o método é assimilação (5) e não simplesmente pela retenção na memória do conteúdo apresentado. 


Essa transformação da mente para a prática ou interiorização dos conceitos transmitidos é lenta necessitando sempre uma reflexão sobre a simbologia apresentada. 

Devemos passar de “teóricos” e passarmos a “construtores” do edifício social, ajudantes edificadores da humanidade em marcha para um mundo melhor e mais esclarecido.




Comentários

  1. O que vindes aqui fazer?

    “Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na Maçonaria, estreitar os laços de amizade que une como verdadeiros Irmãos”

    Muitas respostas, muitas fontes de pesquisas, muitos conceitos e diferentes pontos de vistas para essa pergunta. Como estratégia para o trabalho, procurei focar no material que mais me identifiquei, para não perder o foco do trabalho, que será, da melhor maneira, responder em minha conclusão essa capciosa pergunta.

    VENCER AS PAIXÕES

    Desejar vencer as paixões, significa que o maçom está assumindo o compromisso de descobrir quais são aqueles sentimentos que assolam seu íntimo,como pretende removê-las ou substituí-las.

    Para isso, ele deve ter plena convicção de como que é, como está procedendo em seu meio e o que faz por si, pelos irmãos e pela humanidade. Conhecer-se intimamente é o primeiro passo para derrotar os impulsos menos nobres e fazê-lo transformarem-se em movimento na direção do bem.

    É preciso identificar, com muita exatidão, o que são paixões, como se manifestam e do que provém, para que o processo de eliminação não se limite a remover os seus efeitos, e sim, destrua-lhes as causas. De fato, não projetar um ódio sobre o objeto desse sentimento, evita que ele produza efeitos externos e, assim, contribui para um relacionamento mais harmonioso com as pessoas.

    Então, para declarar que vencemos uma paixão identificada, é necessário que tenhamos a certeza de que ela não mais existe e, se não se manifesta, não é por ter sido amordaçada, e sim, porque deixou de compor o nosso eu interior, definitivamente. Esse é o primeiro passo.

    SUBMETER A VONTADE

    A vontade é a capacidade que temos para determinarmos qual melhor procedimentoa ser obedecido de acordo com o que lhe dita à consciência ou o instinto.

    Nossa vontade humana pode ser controlada pela inteligência, que escolhe os recursos necessários a serem utilizados para cada situação que vivenciamos em nosso dia-a-dia.

    Assim, à luz dos costumes e leis, somos obrigados a restringir a manifestação da nossa vontade àquilo que pode ser feito ou representado, sem ofensa à lei ou aos bons costumes.

    No entanto, às vezes, podemos proceder em desacordo com essas leis e costumes, pode representar uma necessidade ou desejo imediato. Esta violação das normas e costumes representa nossas capacidades sem o controle adequado da nossa consciência e da nossa mente, representando a fuga do ser de dentro dos limites impostos pelo contexto social.

    É por isso que, na Maçonaria, exercitamos a nossa capacidade de fazer a nossa vontade ficar contida dentro dos limites das leis, usos e costumes, que são suficientes para assegurar que seremos pessoas capazes de viver dignamente em qualquer contexto legal.

    FAZER PROGRESSOS NA MAÇONARIA

    Essa expressão típica maçônica, mostra que somos maçons para aumentarmos nossos conhecimentos da Arte Real continuadamente, sem interrupção por qualquer motivo. Se frequentarmos regularmente a nossa loja, para continuar esse progresso, através do convívio, da reflexão no silêncio e na meditação impostas pela austeridade ambiental e da atividade intelectiva provocada pelas ações que ali se desenrolam.

    Cada sessão é uma aula específica, com diversos significados entre os irmãos. As lições aprendidas e exercitadas em loja, devem ser introduzidas em nosso patrimônio intelectual e emocional, formador da nossa personalidade maçônica e garante do aprendizado que se segue.

    Nada substitui, em eficiência, no nosso método de aprendizado, o convívio dos diferentes, com a troca enriquecedora das experiências e opiniões de cada um com todos os outros.

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  2. VENCER!


    Este é um objetivo quase que inerente ao homem, ressalvaldas as devidas exceções.
    E o que vindes aqui (neste mundo) fazer?
    Aí começas a responder: vencer minhas paixões... E é deste tipo de vitória que queremos falar. Vencer uma corrida, uma aposta, uma doença, uma disputa judicial, conseguir ser o primeiro colocado – por exemplo – é importantíssimo; não esqueçamos.
    Porém, para sermos melhores seres humanos neste planeta globalizado, onde campeia uma verdadeira “guerra” de competitividade para estar inserido “no contexto”, há que se lutar muito! E isso gera diversas situações em que nos confrontamos e que temos que aprender a superar (vencer). Muitas vezes, somos tomados de um desânimo e falta de motivação para enfrentar situações (que julgamos) adversas, em que não encontramos forças para superar; precisamos, no entanto, vencer a inércia. E, para isto, poderemos sempre contar com a nossa fé no Grande Arquiteto do Universo. Temos que aprender a “engolir muitos sapos”, ou seja, vencer alguns orgulhos e paixões mundanas para, por exemplo, superar algumas ofensas – muitas vezes, involuntárias – que nos remetem (automaticamente) a uma reação agressiva e intempestiva (muitas vezes, sem reparos); sem sermos subservientes.
    É fácil? Claro que não! Enfim, não existe uma “fórmula pronta”; o que existe é um exercício cotidiano a que devemos nos obrigar, para que consigamos vencer a maioria de nossos embates internos. E, quando tudo parecer que vai desabar, dá-te uma oportunidade e vai em frente; busca forças onde já não acreditas que as possuas. Porque a vitória nada mais é do que o saber continuar de onde a maioria parou. E, não te iludas, não há vitória sem lutas. E as nossas lutas, ao invés de nos derrotarem, têm que ter o poder de nos estimular a ir em frente e a valorizar nossas vitórias.

    Carlos Alberto dos Santos/M.'.I.'.

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