Em 2017, completou-se 300 anos da Maçonaria na forma como a conhecemos atualmente, a Maçonaria Especulativa, que teve início oficialmente em 1717, quando 4 Lojas resolveram formar a Grande Loja de Londres.
A essas 4 primeiras Lojas foram se agregando outras paulatinamente.
23 anos depois, em 1730, um maçom inglês perjuro, Samuel Prichard, publicou um livro sob o título Maçonaria Dissecada que teve um estrondoso sucesso de vendas decorrente não só do fato de ter despertado a curiosidade dos não iniciados, mas também dos próprios Maçons, pois inúmeros Veneráveis Mestres o adquiriram para ajudar-lhes a reter na memória os Rituais, que na época eram proibidos de serem impressos, sendo necessário decorá-los.
Foi nesse livro que se citou pela primeira vez o grau de Mestre e a Lenda de Hiram.
Mas isso não foi tudo! Em decorrência do que nele foi exposto, a Grande Loja de Londres fez inúmeras modificações nos Rituais, entre as quais a inversão das Palavras e das Colunas B e J,
Foi nesse livro que se citou pela primeira vez o grau de Mestre e a Lenda de Hiram.
Mas isso não foi tudo! Em decorrência do que nele foi exposto, a Grande Loja de Londres fez inúmeras modificações nos Rituais, entre as quais a inversão das Palavras e das Colunas B e J,
Tais modificações geraram um grande descontentamento entre os mais conservadores que, 21 anos após a publicação do livro, em 1751, resolveram se afastar da Grande Loja de Londres, fundando uma outra Grande Loja rival. Pejorativamente essa nova Potência, que se denominava dos “antigos” passou a chamar a Grande Loja de Londres como sendo a dos “modernos”
A história humana – e não somente a maçônica – é composta de rivalidades e divisões, mas também de reconciliações.
A história humana – e não somente a maçônica – é composta de rivalidades e divisões, mas também de reconciliações.
Apesar das recíprocas declarações de irregularidade, as intervisitações e até as trocas de Obediências vinham ocorrendo, pois as novas gerações de Maçons perderam de vista as querelas de seus antecessores.
Além disso, os “modernos” tiveram a habilidade de permitir que as Lojas dos “antigos” que resolvessem se integrar aos “modernos” poderiam continuar fazendo uso de seus Rituais, contanto que considerassem a dos “modernos” como a única Obediência legítima.
Os primeiros sinais de reconciliação ocorreram em 1794 (43 anos após a recessão), quando o príncipe Eduardo, futuro Duque de Kent, recebeu uma mensagem assinada pelos dois Grão-Mestres rivais que pediam que um trabalho de unificação fosse realizado sob a sua arbitragem.
Além disso, os “modernos” tiveram a habilidade de permitir que as Lojas dos “antigos” que resolvessem se integrar aos “modernos” poderiam continuar fazendo uso de seus Rituais, contanto que considerassem a dos “modernos” como a única Obediência legítima.
Os primeiros sinais de reconciliação ocorreram em 1794 (43 anos após a recessão), quando o príncipe Eduardo, futuro Duque de Kent, recebeu uma mensagem assinada pelos dois Grão-Mestres rivais que pediam que um trabalho de unificação fosse realizado sob a sua arbitragem.
Finalmente, em novembro de 1813 (62 anos após a secessão), quando os irmãos carnais Duque de Sussex e Duque de Kent eram os Grão-Mestres, respectivamente dos “modernos” e dos “antigos”, foram assinados os 31 artigos do “Act of Union”, imediatamente ratificados pelas suas respectivas Grandes Lojas, formando então a Grande Loja Unida da Inglaterra.
A partir de então as modificações realizadas nos Rituais em decorrência do livro de Samuel Prichard voltaram ao original, como sempre propuseram os “antigos”. Vale lembrar que aquelas alterações já haviam sido exportadas para a França, razão das inversões utilizadas pelos Ritos Adonhiramita, Escocês Retificado e Moderno, que inclusive tem esse nome em virtude de ter seguido o sistema inglês dos “modernos”.
Na Inglaterra, em respeito as variadas formas de se praticar a ritualística, não existem Rituais oficiais, conquanto o mais usado seja o Emulação, que no Brasil é praticado no Grande Oriente do Brasil erroneamente sob o nome de Rito de York, que é um Rito americano de origem inglesa.
Seria possível uma reconciliação dessa magnitude tornando a Maçonaria brasileira monolítica?
Penso que seria muito difícil, pois se na Inglaterra haviam somente dois Grão-Mestres e ambos interessados na reconciliação, por aqui temos uma infinidade de Grão-Mestres e o Orgulho, a Ambição e a Vaidade desmedidas seriam obstáculos intransponíveis, sem levar em conta que diferentemente da Inglaterra, onde não existem Ritos e sim Rituais, por aqui praticamos diversos Ritos entre os quais o REAA.’. que é dominante.
Como ficariam então os Supremos Conselhos do REAA.’., sobretudo os com tratado de reconhecimento com as Grande Lojas estaduais e com o Grande Oriente do Brasil?
Nos Estados Unidos existem dois Supremos Conselhos, um com jurisdição nos estados do sul e outro com jurisdição nos estados do norte, mas aqui os dois Supremos Conselhos estão sediados na mesma cidade do Rio de Janeiro.
Também se fundiriam?
Difícil, muito difícil!!!
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