A MAÇONARIA E O GOLPE MILITAR DE 1964






Nas decadas de 40 e 50, o mundo viveu o medo, guerras e consequências da Guerra Fria, polarizada entre comunismo e capitalismo. 
E já no início da década de 60, o Grande Oriente do Brasil, aquele mesmo que, por muitos anos defendeu em seus boletins oficiais o socialismo, passa a condenar, mais especificamente em 1963, o movimento grevista sindical.

Nessa época o Brasil começa a sofrer com a pressão da classe média e dominante contra o proletariado, simbolizado, principalmente, pela “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, ocorrida no início de 1964 e promovida por senhoras católicas de classe média e alta, que pediam pela deposição do presidente da República. Em muitas localidades, a marcha contou com o apoio de Lojas Maçônicas.

As preces das carolas foram escutadas pelos militares, que mobilizaram, em 31 de março de 1964, tropas rumo ao Rio de Janeiro, iniciando assim a ditadura militar. 
Três dias depois, o GOB já se manifestava oficialmente a favor do golpe (ou seria revolução?), que “neutralizou os perigos do comunismo e do caos” (MOREL; SOUZA, 2008, p. 231). 
Essa foi a primeira de muitas outras manifestações formais e públicas em favor do governo militar, realizadas nos anos seguintes.

Sem realizarmos qualquer juízo de valor, é curioso observar que a obediência maçônica que censurara as Lojas paulistas que apregoaram a proclamação da República no final do século XIX, por estarem se manifestando politicamente, o que era contra os princípios maçônicos; é a mesma que se manifestou por anos a favor do socialismo e em defesa dos direitos dos trabalhadores no início do século XX, mesmo isso indo contra os tais princípios maçônicos; e passa então a se manifestar a favor da ditadura e contra o comunismo, na segunda metade do século XX. 

Qual a razão para isso? 
Não podemos ignorar o fato, explicitado anteriormente, da Ditadura Varguista ter fechado as Lojas Maçônicas. 
Diante de uma nova ditadura militar, pode-se supor que fora uma simples estratégia de sobrevivência, como muitos pesquisadores assim defendem. 
O que se tem registrado é que esse discurso pró-ditadura militar foi acompanhado de incontáveis condecorações e homenagens maçônicas concedidas a militares e civis postos no poder por vias não democráticas.

Dois manifestos públicos foram divulgados pelo GOB durante a Ditadura Militar. 

O primeiro apontava as razões da incompatibilidade entre o comunismo e a Maçonaria (sim, pela mesma Obediência que, em 1917, havia concluído oficialmente que “a Maçonaria e o Socialismo têm numerosos pontos de contato”). 

No segundo manifesto, no período mais duro da Ditadura, o de Médici (1969-1974), o GOB ataca diretamente os críticos às Forças Armadas, ao dizer que esses críticos estavam “ignorando deliberadamente o seu relevante papel histórico na unificação e integração nacional ou apontando-a como opressora do povo, quando, ao contrário, o seu papel em 31 de março de 1964 foi, justamente, o de libertadora da nação”. Esse manifesto foi publicado justamente no cume de prisões, torturas, exílios, desaparecimentos e mortes do regime militar, o que não pegou muito bem para o Grande Oriente do Brasil.

E, por fim, baluarte do conservadorismo

A ditadura militar, enfim, acabou, na década de 80. 
E como a Maçonaria saiu desse período e assistiu ao fim do século XX? 
Uma dúzia de anos antes do fim da ditadura, o GOB havia sofrido sua segunda grande cisão, por questões eleitorais (SOBRINHO, 1998). 

Já externamente, segue aqui uma pequena reflexão de Morel e Souza (2008, p. 237) a respeito:

Finda a ditadura, em 1985, a maçonaria brasileira precisaria, novamente, repensar seus valores, reaver seus princípios originais. Toda autoanálise, porém, não conseguiria fazer com que a ordem retomasse uma trajetória que, há quase um século, havia sido abandonada. Já era fato consumado que, de liberal e crítica no século XIX, passando pelo servilismo ao estado varguista nos anos 1930 e 1940, a maçonaria brasileira chegara ao fim do século XX como baluarte do conservadorismo.

A reflexão dos autores Morel e Souza condiz com o estranhamento que alguns críticos apresentam ao se depararem com os postulados maçônicos que afirmam se tratar de uma instituição “progressista”, enquanto assistem a Lojas, e até mesmo Obediências Maçônicas, realizando menções honrosas ao período da Ditadura Militar e condecorando acusados de tortura.

Enfim, o Brasil atravessou o final do século XX reexperimentando a democracia direta e contando com uma Maçonaria brasileira dividida basicamente em três vertentes (isso sem contar as cisões menores vivenciadas por essas), sem qualquer expressão política em nível nacional, sem a maioria das escolas e bibliotecas públicas que havia criado no final do século XIX e no início do XX, sem relevantes projetos sociais permanentes, sofrendo mais de um século de ataques da Igreja Católica e de outras denominações religiosas que adotaram posteriormente o mesmo discurso preconceituoso. 
Uma Maçonaria vivendo do passado, de sua glória no período entre 1822 e 1930, sem qualquer ação relevante nas décadas seguintes (apenas algumas um tanto quanto constrangedoras).

Durante a década de 90, num país que, aos poucos, passava a ser governado principalmente pelos perseguidos e aquelas lideranças estudantis que sofreram a ditadura militar, a Maçonaria brasileira se viu condenada por boa parcela da sociedade brasileira economicamente ativa, não sendo mais atrativa aos novos intelectuais, lideranças e formadores de opinião como havia sido anteriormente.

Deve-se levar em consideração que a Maçonaria, anteriormente às democracias contemporâneas, já praticava uma forma de governança democrática, na qual o voto já era bem 6 do indivíduo e não por propriedade ou localidade (JACOB, 1991), o que reforça a teoria da Maçonaria como uma instituição emancipadora do indivíduo e uma das precursoras do ideal democrático. 
Um dos vários exemplos que relacionam Maçonaria e democracia é a indiscutível participação da instituição na independência dos Estados Unidos (BULLOCK, 1996), tida como a primeira nação democrática do mundo moderno.

Torna-se, assim, plausível a proposição de que a Maçonaria, munida do mais profundo princípio de igualdade entre os homens, realmente colaborou, por intermédio da liderança libertadora de seus membros, para a implementação dos primeiros regimes democráticos. 

E no Brasil não foi diferente, tendo a mesma colaborado para a proclamação da república. 

Entretanto, a postura foi outra durante as duas ditaduras vividas pelo país no século XX, um século em que a Maçonaria brasileira praticamente não pôde viver seus princípios (o que significaria lutar pela democracia), mas apenas garantiu sua própria sobrevivência, ensinando lições que mal praticava enquanto instituição.

A Maioria dos maçons apoiou inicialmente o golpe militar de 1964, por consciência que parte da população tinha perante o estado político do Brasil que era de caos. 

A Maçonaria juntamente com os militares, expurga os radicais de esquerda. No governo de Ernesto Geisel, no dia 15 de maio de 1974, o próprio Grão – Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil sendo senador e do partido situacionista, leu um oficio em que o Grande Oriente reafirmava o seu apoio ao regime de governo que se havia instalado em 1964. “(CASTELLANI, 2001, p156). 

Mas o “povo” maçônico já não condizia em sua maioria ao apoio aos governantes vigentes. 

Portanto, pode-se afirmar que a Maçonaria como instituição esteve ao lado das atuações militares, do governo instituído pós-golpe de 1964. Isso, porem, não exclui a existência de maçons que eram contra as atuações militares.Foram em grande número os que tiveram de se abster de questionamentos, indagações e afins dentro das lojas. 

Aos que abertamente desafiaram a instituição, a Ordem Maçônica reservou o expurgo e um lugar entre os denunciados ao governo ditatorial. 

O golpe começa dia 31 de março de 1964 em Juiz de Fora e se espalha com a adesão de varias tropas ao movimento. 
A revolução foi aprovada as duas da manhã dos dia 2 de abril. 
As 3h45 min, Mazzilli afinal foi empossado. Logo em seguida, desembarcavam tropas de elite para garanti-lo no poder. O golpe estava consumado. 

Um dos primeiros atos de Ranieri Mazzilli, dos comandantes Artur da Costa e Silva, Francisco Correia e Mello e Augusto Rademaker foi a implantação do AI-1(ato institucional n 1). 

Assim é eleito Humberto de Alencar Castello Branco para o cargo de presidente da República. Seu governo dura até 1967, quando assume o poder Artur da Costa e Silva, substituído por Médici, posteriormente por Ernesto Geisel em 1974 e, finalmente por João Batista Figueiredo em 1978.



Referências Bibliográficas

BARATA, A. M. Luzes e sombras: a ação da maçonaria brasileira (1870-1910). Campinas: editora Unicamp, 1999.

BULLOCK, S. C. Revolutionary Brotherhood: Freemasonry and the Transformation of the American Social Order, 
1730–1840, Chapel Hill, 1996.

CARVALHO, W. A. Pequena História da Maçonaria no Brasil. REHMLAC, Vol. 2, No.1, 2010, p. 31- 58.

CASTELLANI, J. Fragmentos da Pedra Bruta. Londrina Editora A Trolha, 2003.

CASTELLANI, José. Do Pó dos Arquivos, Vol. III. Londrina Editora Maçônica A trolha, 2003.

COSTA, Cruz. O Positivismo na República. São Paulo Companhia Editora Nacional, 1956.

ISMAIL, Kennyo. A colonização maçônica inglesa: na contramão dos princípios maçônicos. Revista C&M, Vol. 2, n.2, 2014, p. 97-104

JACOB, M. C. Living the Enlightenment: Freemasonry and Politics in Eighteenth-Century Europe. New York: Oxford University Press, 1991.

LINHARES, Marcelo. A Maçonaria e a Questão Religiosa do Segundo Império. Coleção Ruy Santos. Brasília 
Senado Federal, 1998.

MORAIS, Efraim; CAVALCANTI, Mozarildo. O Senado e a Maçonaria: Uma coletânea de discursos. Brasília: Ed. Senado Federal, 2008.

MOREL, Marco; SOUZA, Françoise Jean de Oliveira. O poder da maçonaria: a história de uma sociedade secreta no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

PIRES, Joaquim da Silva. A Cisão Maçônica Brasileira de 1927. Londrina: Editora Maçônica “A Trolha”, 2015.

SILVA, M. J. D. Maçonaria e laicismo republicano na imprensa católica cearense. Revista C&M, Vol. 1, n.1, 2013, p. 7-19.

SOBRINHO, Octacílio Schüler. Uma Luz na História: o sentido e a formação da COMAB. Florianópolis 
Ed. O PRUMO, 1998.

SOUSA, Octávio Tarquínio de. Fatos e Personagens em Torno de um Regime. São Paulo: Editora USP. 1988.

SUPREMO Conselho do Brasil. Revista Astréa de Estudos Maçônicos, Rio de Janeiro: Ano: II, Nº 04, 1928

SWANSON, P. A História da Maçonaria Simbólica ‘Craft’ no Brasil. Rio de Janeiro: Comp. Litho Ferreira Pinto, 1928.

Comentários

  1. AS VÍTIMAS DAS ESQUERDAS ANTES DO AI-5

    1 – 12/11/64 – Paulo Macena, Vigia – RJ
    Explosão de bomba deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto

    2 – 27/03/65- Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército – Paraná
    Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jeffersom Cardim de Alencar Osorio. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher estava grávida de sete meses.

    3 – 25/07/66 – Edson Régis de Carvalho, Jornalista – PE
    Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 17 feridos e 2 mortos. Ve

    4 – 25/07/66 – Nelson Gomes Fernandes, almirante – PE
    Morto no mesmo atentado citado no item 3. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino, guarda civil, teve a perna direita amputada.

    ResponderExcluir
  2. 5 – 28/09/66 – Raimundo de Carvalho Andrade – Cabo da PM, GO
    Morto durante uma tentativa de desocupação do Colégio Estadual Campinas, em Goiânia, que havia sido ocupado por estudantes de esquerda. O grupo de soldados convocado para a tarefa era formado por burocratas, cozinheiros etc. Estavam armados com balas de festim. Andrade, que era alfaiate da Polícia Militar, foi morto por uma bala de verdade disparada de dentro da escola.

    6 – 24/11/67 – José Gonçalves Conceição (Zé Dico) – fazendeiro – SP
    Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas.

    7 – 15/12/67 – Osíris Motta Marcondes, bancário – SP
    Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente.

    8 – 10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima – Marinha Mercante – Rio Negro/AM
    No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes, “Dr. Ramon”, que, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque, Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia 10/01/68.

    9 – 31/05/68 – Ailton de Oliveira, guarda Penitenciário – RJ
    O Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que, uma vez libertados, deveriam seguir para a região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68, o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30, teve início a fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68. Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani

    ResponderExcluir
  3. 10 – 26/06/68- Mário Kozel Filho – Soldado do Exército – SP
    No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O corpo de Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família de Lamarca recebeu indenização. De Kozel, quase ninguém mais se lembra.

    11 – 27/06/68 – Noel de Oliveira Ramos – civil – RJ
    Morto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião”, infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.

    12- 27/06/68 – Nelson de Barros – Sargento PM – RJ
    No dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta-Feira Sangrenta”, realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de 10.000 pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No fim da noite, pelo menos 10 mortos e centenas de feridos. Entre estes, estava o sargento da PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27.

    13 – 01/07/68 – Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen – major do Exército Alemão – RJ
    Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Todos pertenciam à organização terrorista COLINA- Comando de Libertação Nacional.

    14 – 07/09/68 – Eduardo Custódio de Souza – Soldado PM – SP
    Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo.

    15 – 20/09/68 – Antônio Carlos Jeffery – Soldado PM – SP
    Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária. Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como “Diógenes do PT”, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.

    ResponderExcluir
  4. 16- 12/10/68 – Charles Rodney Chandler – Cap. do Exército dos Estados Unidos – SP
    Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Maneco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). Quando retirava seu carro das garagem para seguir para a Faculdade, Chandler foi assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua mulher, Joan, e de seus 3 filhos. O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito).

    17 – 24/10/68 – Luiz Carlos Augusto – civil – RJ
    Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil.

    18 – 25/10/68 – Wenceslau Ramalho Leite – civil – RJ
    Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9mm durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire (Ruivo ou Wilson), ambos integrantes da organização terrorista COLINA (Comando de Libertação Nacional).

    19 – 07/11/68 – Estanislau Ignácio Correia – Civil – SP
    Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário