Escultura dos 7 Maçons no Campo de Concentração



Até mesmo nos terríveis campos de concentração nazistas, durante a II Guerra Mundial, a liberdade manteve-se como ideal e objetivo para manter a esperança de sobrevivência.
Em 1943, 7 maçons belgas fundaram a Loja Maçónica"Libertè Chère" (Querida Liberdade), no campo de concentração nazista Hut Emslandlager VII, localizado na cidade de Esterwegen, Alemanha.
Foram os fundadores Paul Hanson, Luc Somerhausen, Jean De Schrijver, Jean Sugg, Henri Story, Amédée Miclotte, Franz Rochat e Guy Hannecart.
A inspiração para o nome da Loja foi a letra do hino francês "La Marseillaise".
Maçons Alemães e Belgas construíram em 2004 outro monumento para eternizar a luta pela liberdade!
O projeto foi criado pelo arquiteto Jean de Salle.
Pesquisa: Rogério Vaz de Oliveira

Comentários

  1. Os campos de concentração nazistas foram talvez uma das maiores atrocidades já cometidas contra a humanidade. A estimativa de Raul Hilberg de 5,1 milhões de mortes, na terceira edição de A Destruição dos Judeus Europeus, inclui mais de 800 mil pessoas que morreram por “guetização e privação geral”, 1,4 milhão por fuzilamento ao ar livre e 2,9 milhões que pereceram nos campos de extermínio.

    Entre os campos de concentração instalados na Polônia, os mais mortíferos foram:

    Auschwitz-Birkenau – Período de operação: de abril de 1940 a janeiro de 1945. Nesse campo morreram entre 1.100.000 e 1.500.000 pessoas, a maioria de origem judaica.

    Treblinka – Período de operação: julho de 1942 a novembro de 1943. Mortos: cerca de 800.000.

    Varsóvia, capital da Polônia – Período de operação: 1942 a 1944. Mortos: cerca de 200.000.

    Balzec – Período de operação: março de 1942 a junho de 1943. Mortos: cerca de 600.000.

    Chelmo – Período de operação: dezembro de 1941 a abril de 1943 e abril de 1944 a janeiro de 1945. Mortos: cerca de 340.000.

    Sobibór – Período de operação: maio de 1942 a outubro de 1943. Mortos: cerca de 200.000.

    Majdanek – Período de operação: junho de 1941 a julho de 1944. Mortos: cerca de 78.000.

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  2. Em outros países, os campos mais mortíferos foram:

    Jasenovac, na Croácia – Período de operação: agosto de 1941 a abril de 1945. Mortos: 100.000.

    Lwów, na Ucrânia – Período de operação: setembro de 1941 a novembro de 1943. Mortos: cerca de 40.000.

    Maly Trostenets, na Bielorrússia – Período de operação: julho de 1941 a junho de 1944. Mortos: cerca de 65.000.

    Em meio a tanta atrocidade, o respirar pela liberdade se fez presente como um sopro de esperança pela sobrevivência.

    Em 1943, sete maçons belgas fundaram a Loja Maçônica Libertè Chérie ou seja, “Querida Liberdade”, em pleno campo de concentração nazista, Hut Emslandlager, alojamento 6, localizado na cidade de Esterwegen, na Alemanha.

    Os fundadores foram: Paul Hanson, Luc Somerhausen, Jean De Schrijver, Jean Sugg, Henri Story, Amédée Miclotte, Franz Rochat e Guy Hannecart.

    A inspiração para o nome da Loja veio da letra do Hino Francês: La Marseillaise.

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  3. Em 2004, maçons alemães e belgas construíram um monumento para deixar para a história a luta pela liberdade, num projeto criado pelo arquiteto Jean de Salle.

    Os maçons sofreram uma perseguição acirrada durante o nazismo. A Gestapo, tendo acesso à lista de membros das Lojas Maçônicas, saqueou suas bibliotecas, coleções e objetos maçônicos, inaugurando em 1937 a “Exposição Antimaçônica”, que ficou sob a curadoria de Joseph Goebblels, na cidade de Munique. O mesmo procedimento ocorreu na Tchecoslováquia, na Holanda, na Bélgica e na França.

    Nessa perseguição aos maçons, o Manual Oficial da Juventude Hitlerista, “The Nazi Primer”, determinava ataque aos maçons, sob a alegação de que estes procuravam ter poder sobre o mundo inteiro.

    No passado a perseguição, no presente uma compreensão histórica pelas conquistas que tiveram influência de membros da maçonaria.

    A Escultura dos 7 Maçons no Memorial do Cemitério de Estervegen recebeu em sua inauguração Wim Rutten, Grão-Mestre da Federação Belga dos Direitos humanos, em discurso, afirmou que: “ali estava não em luto, mas para expressar o livre pensamento em público, em memória de nossos Irmãos, e que os direitos humanos jamais devem ser esquecidos”.

    Talvez a “arca da aliança da maçonaria” não esteja oculta em mistérios, templos, segredos ainda não revelados, livros sagrados, manuscritos não encontrados e nem mesmo em mãos de homens que se colocam acima dos ritos juramentados com direitos e deveres para com os primórdios de uma tradição construída pela visão humanista de verdadeiros heróis, mas sim, na alma de cada maçom que ofereceu o melhor de si, ou até mesmo sua própria vida, para manter a humanidade no caminho justo e perfeito.

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