SALOMÃO ...

...na tradição bíblica













O nome Salomão ou Shlomô (em hebraico:שלמה), deriva da raiz Shalom, que significa "paz", tem o significado de "Pacifico". 
Foi adicionalmente chamadode  Jedidias (em árabeسليمانSulayman) pelo profeta Natã, nome que em hebraico significa "Amado de Jeová". (II Samuel 12:24, 25)

Foi quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, no seu 4.º ano, também conhecido como o Templo de Salomão, levado a efeito por Hiram Abiff, segundo a Bíblia, em Reis e em Crônicas. 
Depois disso, mandou construir um novo Palácio Real para o Sumo Sacerdote, o Palácio da Filha de Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas. 
A descrição do seu Trono era exemplar único em seus dias. 
Mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como diversas cidades fortificadas e torres de vigia.
Salomão se notabilizou pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. 
É uma personagem bíblica envolta em muitos mitos e lendas extra-bíblicas. 
Foi após a sua morte, que ocorre o previsto cisma nas Tribos de Israel, originando o Reino de Judá (formado pelas 2 Tribos), ao Sul, e o Reino de Israel Setentrional (formado pelas 10 Tribos), ao Norte.

Reinado de Salomão

Existem diferentes datas para divisão do reino de Israel. Veja isso em Cronologia Bíblica.
Adonias, o filho primogénito de David, proclamou-se pretendente ao Trono e sucessor de seu pai. Segundo os profetas, era da vontade Divina que o sucessor fosse Salomão, filho de David e Bate-Seba. 
Visto que Salomão não era o herdeiro imediato ao Trono, isso levou a intrigas e conspirações pelos partidários de Adonias. 
O direito de Salomão ao trono é assegurado mediante ação decidida de sua mãe, do Sumo Sacerdote Zadoque e do profeta Natã, com aprovação do idoso Rei David. 
Logo que se tornou rei, Salomão eliminou todos os conspiradores e consolidou o seu reinado.
Diferente de seu pai, Salomão não se tornou num líder guerreiro, e isso, não foi preciso. 
Soube manter a grande extensão territorial que herdara de seu pai. Mostrou, de acordo com a tradição judaica cristã, ser um grande governante e um juiz justo e imparcial. 
Soube habilmente desenvolver o comércio externo e da indústria, as relações diplomáticas com países vizinhos, o que levou a um progresso considerável das cidades israelitas.
Salomão casou com uma filha de Faraó (Anelise) e recebeu como dote de casamento a cidade cananéia de Gezar. 
Renovou a aliança comercial com Hirão, Rei de Tiro. 
Ficou conhecido por ter ordenado a construção do Templo de Jerusalém (também conhecido como o Templo de Salomão), no Monte Moriá. Isto ocorreu no seu 4º ano de reinado, exatamente no 480.º ano (479 anos completos mais alguns dias ou meses) após o Êxodo de Israel do Egipto. 
(Os historiadores e exegetas bíblicos consideram esta data como artificial, embora haja alguns biblistas que a consideram uma sincronização autêntica.)
Após isso mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como mandou reconstruir fortificar diversas cidades fortificadas (como por exemplo, Megido, Bete-Seã, Hazor …) e construir cidades-armazém.
Salomão organizou uma nova estrutura administrativa, dividindo as terras em 12 distritos administrativos governados por funcionários nomeados diretamente pela administração central. No exército, deu especial importância a cavalaria e aos carros de guerra. 
Dispunha no porto de Eziom-Geber, no Golfo de Aqaba de uma frota de navios comerciais de longo curso, chamados de "navios de Társis".
Segundo I Reis 11:3, Salomão tinha setecentas mulheres e trezentas concubinas, e "suas mulheres lhe perverteram o coração e o seu coração não era perfeito para com o Jeová seu Deus, como o coração de Davi, seu pai".


Divisão do Reino

Com a sua morte, Roboão, seu filho, sucedeu-lhe no trono. 
Em vez de ouvir o conselho sábio dos anciãos das tribos de Israel para aliviar a carga tributária e os trabalhos compulsórios impostos por seu pai, ele mandou aumenta-los. 
Isso levou à rebelião das tribos setentrionais e à divisão do Reino em dois novos reinos: o Reino de Israel Setentrional (ou Reino das 10 Tribos, tendo como Rei Jeroboão I), e o Reino de Judá (tendo por capital Jerusalém e como rei, Reoboão).


Tradição posterior

A tradição posterior imputaria a Salomão grande sabedoria e ao seu reinado o status de época áurea. Ele é considerado dentro da tradição judaico-cristã, como o homem mais sábio que já viveu até então. 
A Bíblia nos relata que no seu reinado diversos reis e governantes vinham a Israel fazer perguntas e receber conselhos do Rei Salomão, incluindo a rainha de Sabá. 
Durante os séculos posteriores, diversas obras de outros autores eram imputadas a Salomão, para dar-lhes valor.


História do Bebê

A Salomão é atribuída a famosa história de que duas mulheres foram ao seu palácio. Duas mulheres tiveram filhos juntos, um dos filhos morreu e a mãe do que morreu, pegou a da outra mãe. De manhã, ela percebeu que aquele que tinha morrido não era seu filho e começaram a discutir. Foram até o palácio do Rei Salomão e contaram-lhe a história. Ele mandou chamar um dos guardas e lhe ordenou: "Corte o bebê ao meio e dê um pedaço para cada uma". Falado isso, uma das mães começou a chorar e disse: "Não, eu prefiro ver meu filho nos braços de outra do que morto nos meus", enquanto a outra disse: "Pra mim é justo". 
Salomão, reconhecendo a mãe na primeira mulher, mandou que lhe entregassem o filho. 1 Reis 3:16-28


Salomão na tradição islâmica

O Rei Salomão aparece no Corão com o nome de Sulayman ou Suleiman. No Islão, é considerado como um profeta e um grande legislador da parte de Alá .


Salomão à luz da História e da Arqueologia

Até o presente, não há qualquer comprovação ou mesmo indícios significativos capazes de conferir autenticidade histórica à figura do rei Salomão, nem que Jerusalém tenha sido, por volta do século X a.C., o centro de um reino amplo e próspero, conforme descrito no Livro dos Reis. Ademais, tendo sido Salomão um rei famoso por sua sabedoria e riqueza (como mostrado na Bíblia), era de se esperar que seu nome fosse referido por outros povos daquela região, sobretudo pelos fenícios de Tiro, com quem o reino de Salomão manteria intenso comércio. A ausência de quaisquer achados arqueológicos dessa natureza parece indicar que Salomão é, na verdade, o símbolo de um passado glorioso (ainda que legendário) que a maioria dos povos antigos apreciava se atribuir.[1]


ESTRELA DE SALOMÃO

A estrela é um legado que os patriarcas de Israel receberam no contexto do sincretismo religioso resultante do encontro das culturas hindu-arianas (Índia) e semitas da Mesopotâmia (atual Iraque). 

Desde Abraão, a estrela atravessou séculos até chegar ao Rei Salomão, filho do Rei David. 
Os segredos da estrela foram revelados a Salomão como parte de sua iniciação nos Mistérios de Deus. Salomão, ícone representativo de sabedoria, foi, realmente, um Mago, ou seja, um conhecedor de forças metafísicas. A "lenda histórica" conta que Salomão obteve a revelação das Ciências Ocultas de fonte divina, Ciência esta que consiste na Cabala Judaica, "magia" das relações de poder entre números e palavras.
A Cabala trata do controle da energia mental (ou pensamento) através de um sistema de rituais (acções repetidas) onde se destaca a utilização de símbolos acompanhados de invocações (falas, chamados, fórmulas verbais, versos, orações). 
A estrela de seis pontas é considerada o mais poderoso dos símbolos mágicos cabalísticos, usado como objecto de meditação sempre que se deseja uma conexão com Deus. 
Tal meditação pretende alcançar um estado de consciência, que não é sono nem vigília, caracterizado pela experiência de esquecimento ou abstracção do Ego pessoal (a personalidade condicionada pelo mundo) e consequente sentimento de identificação com o Eu Real, o Eu superior que é Uno ou indissociável do Criador de Todas as Coisas. 
Esta unidade do homem com Deus é a razão pela qual todas as religiões do mundo afirmam que "Deus está dentro de cada um de nós". 
O "Namastê", cumprimento dos japoneses, significa "O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em Ti”.

FUNDAMENTOS PITAGÓRICOS
Pitágoras foi um filósofo grego dedicado a estudos matemáticos e reconhecidamente um Iniciado Ocultista. 
Em seu sistema de explicação da realidade, considerava o "Número" como matriz metafísica do universo objectivo, ou seja, a realidade emana de combinações de "entidades numéricas" realizadas num plano ontológico subtil (plano de Ser abstracto, não físico), não perceptível aos sentidos humanos. 
Quando Pitágoras diz "Número" está querendo significar ser ou seres metafísicos e primordiais. Cada número, em escala de 1 a 9, representa uma "entidade metafísica" ou uma realidade, uma situação metafísica que evolui até se projectar em uma realidade concreta.
Na física subatômica, partículas matrizes (electróns, prótons, neutrons, mésons, pósitrons, etc.) se combinam de maneiras diferentes na composição de substâncias diferentes. 
Na física atômica, elementos (hidrogênio, oxigênio, hélio) estabelecem "ligações" formando compostos, como a água - H2O ou 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo de oxigênio. 
Note-se que partículas e átomos, invisíveis aos olhos humanos são constituintes de toda a matéria perceptível inclusive os corpos das criaturas. 
Isto demonstra como, a partir da dimensão do invisível surgem as criaturas na dimensão do visível, ou ainda, o que é invisível para a vista dos homens pode ser tornar visível com um dispositivo ótico mais poderoso, como um microscópio electrônico.  

GEOMETRIA & MATEMÁTICA DA ESTRELA
A relação da Estrela de Davi com a Cabala e por conseguinte com a matemática reside em um fato evidente: a estrela é uma figura geométrica e, portanto, directamente associada às relações entre grandezas matemáticas. 
Como figura geométrica, a estrela é composição de dois triângulos equiláteros (triângulo que tem os três lados iguais e portanto os três ângulos proporcionalmente iguais) e de iguais dimensões (com igual comprimento dos lados). Estas igualdades são um primeiro indicativo de equilíbrio da figura.
Matematicamente, à primeira vista, a estrela está associada ao número 6. 
Ocorre que este número é um número composto, ou seja, é decomponível, como uma substância química composta homogênea é decomponível em um laboratório. 
A divisão de um número aos seus componentes mínimos chama-se redução. 
A redução revela quais são os valores que se relacionam na produção de um resultado. O 6, reduzido, mostra uma relção entre 3 e 2.
6 = 3x2 e é necessário falar essa proposição para perceber seu significado amplo "3 multiplicado duas vezes", ou um "3" que "se torna em "dois 3". 
Em operação de soma, 6=3+3 e ambas as operações, adição e multiplicação são apenas códigos que representam uma igualdade abstrata: 3x2= 3+3 =6. 
Decompor um número é como descobrir os genitores, a origem, o como se constituiu este número. 
Pitagoricamente, decompor um número é encontrar a essência de um Ser. 
Conhecendo o número que representa um Ser ou uma situação da realidade terrena, poder-se-ia, teoricamente, conhecer a essência, a causa primordial de tal Ser ou situação.
  

CHAVE DE SALOMÃO (CLAVÍCULA)

Chave de Salomão ou Clavícula(sde Salomão (em latimClavicula Salomonis ou Clavis Salomonis) é um grimório pseudepigráfico, atribuído supostamente ao Rei Salomão, mas com sua origem provavelmente situada na Idade Média.

O grimório contém uma coleção de 36 pantáculos (não confundir com pentáculos) que possibilitariam uma ligação entre o plano físico e os planos sutis. Os textos teriam a sua inspiração em ensinamentos cabalísticos e talmúdicos.

Existem diversas versões da Chave de Salomão, em várias traduções, com menores ou maiores variações de conteúdo entre elas, sendo que a maioria dos manuscritos originais datam dos séculos XVI e XVII, entretanto, há uma versão em grego datada do século XV.

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