O TRABALHO MAÇONICO

trabalhos maçonicos - A.R.L.S. ACACIA DO SUL DE MINAS Nº 88

O homem vê o trabalho como atividade em que se autorealiza e com o qual transforma a natureza. 

E só começa a realizar um serviço, depois de haver pensado e planejado intencionalmente a tarefa. Não existe trabalho sem o uso conjunto da força e do intelecto, ambas complementam-se. 

Enquanto o projeto é uma ação passiva, o trabalho é uma ação ativa. 

O resultado é a realização prática de algo. 

A ferramenta que representa o trabalho nas oficinas maçônicas é o malho. 
Este representa a força bruta, a vontade que executa. 

Sem a vontade do malho, o cinzel não poderia exercer seu livre arbítrio. 
E, longe de ser destituído de racionalidade, algo embrutecido e aleatório, ele representa a intenção por trás da ação. 

Não é apenas um aglomerado metálico, pesado e violento, muito menos sinônimo de obstinação ou teimosia. 

Baseado na maneira como o malho atua, batendo vez após vez, denota-se que sua atividade é firme e perseverante. 
Ele não executa todo o trabalho de uma só vez, mas em pequenos avanços, firmes e objetivos. Age de forma descontinua, num esforço inconstante, em pancadas, pois se exercesse pressão continua sobre o cinzel, este perderia todo o rigor na execução da obra final. 

Como o conjunto não é aparato de criação, mas de desbaste, sempre arrancando e nunca acrescentando, impõe-se disciplina, levando aquele que o empunha a alterar sua visão de mundo e principalmente de si mesmo.

Sem o malho o Aprendiz Maçom não poderia trabalhar a pedra bruta e não teria como se autoproduzir; porque é ele mesmo quem trabalha a sua "pedra" interior

Esta deve ficar plana e esquadrejada; obtendo com isto uma condição aprovada, que lhe permita fazer parte da estrutura do Grande Templo. 

Ao desbastar a pedra bruta, dela são arrancadas as superficiais e grosseiras arestas da personalidade, sendo que a sua atuação deve ser forte, resoluta e pode até ser dolorosa. 

O malho é o emblema do trabalho, é quem fornece a força material, para de forma figurada aplainar a pedra bruta e culminar em educação, polindo a silvestre e inculta personalidade para uma vida e obra superior. 

O acabamento de um trabalho, assim conduzido, resulta em amarrar intimamente a energia que age e a determinação moral. 

O resultado é fina educação, ou polidez, e os produtos desta associação são belos, sutis e delicados, revelando o intelecto que atua por traz da ação.

Sem o uso do malho com mestria e vigor, o Aprendiz Maçom não poderia derrubar obstáculos e superar dificuldades, haja vista que é na constância e na determinação que desenvolve habilidade e imaginação. 

O seu uso o leva a aprender e conhecer as forças da natureza e a desafiá-las; leva-o a conhecer as próprias forças e limitações; relaciona-o com os Companheiros e leva-o a viver o afeto desta relação

O malho é sempre empunhado pela mão direita, o lado ativo, ele também é a insígnia do comando, da direção. 

Simboliza a vontade ativa, a energia, a decisão, o aspecto ativo da consciência do Aprendiz, o membro viril, o reprodutor, a força e a vontade. 

É o indutor da iniciativa, da perseverança, é enfim, o símbolo da inteligência que age e persevera, que dirige o pensamento.

Comentários

  1. A Maçonaria Simbólica nada mais é do que um ciclo de vida iniciático, também dividido em três etapas. Enquanto o Grau de Aprendiz simboliza o nascimento, quando o candidato que se encontra nas trevas recebe, enfim, a luz da Maçonaria, o Grau de Mestre simboliza a morte, e todos os ensinamentos que ela envolve.

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  2. Mas a cultura que se sobressai no meio maçônico destaca apenas dois momentos importantes na vida de um maçom: quando de sua iniciação, que marca o início de sua senda maçônica, e quando galga o grau de Mestre, alcançando assim sua plenitude de direitos maçônicos.

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  3. Talvez, o que falta explicitar a muitos maçons seja algo muito simples, já presente na sabedoria popular: “o importante na vida não é o ponto de partida, nem a chegada, e sim a caminhada”.

    Em outras palavras, o importante na vida maçônica não é quando se ingressa na Maçonaria ou quando se alcança o grau de Mestre ou o grau 33. Não são momentos específicos, marcos.

    O importante é aprender ao máximo em cada grau que se passa e viver a vida pelos preceitos maçônicos. Se não for para ser assim, não há o menor sentido em tudo que fazemos.

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