PRINCIPAIS SIMBOLOS MAÇÔNICOS

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COMPASSO

Representa a Justiça, pela qual devem ser medidos os atos do homem: simboliza, também, o comedimento na busca, já que, traçando círculos, delimita um espaço bem definido, símbolo do todo, do Universo. 
No plano esotérico, o Compasso é a representação das qualidades espirituais e do conhecimento humano. No Grau de Aprendiz, os ramos do Esquadro cobrem as hastes do Compasso, mos­trando que a materialidade suplanta a espiritualidade, ou que a mente ainda está subjugada pêlos preconceitos e pelas convenções sociais, sem a necessária liberdade para pesquisar e procurar a Verdade.

ESQUADRO 


Simboliza a Equidade, a justiça, a Retidão de caráter.
Esotericamente representa a matéria, ou o corpo físico. 
Retidão é a qualidade do que é reto, tanto no sentido físico quanto no moral e ético; assim, à retidão física, emanada do Esquadro, corresponde a retidão moral, caracterizada pelas ações de acordo com a lei, com o direito e com o dever, e a virtude de seguir retamente, sem se desviar, a direção indicada pela equidade. 
É a jóia-símbolo do Venerável Mestre.

CINZEL 


Instrumento cortante numa das extremidades, usado por escultores e gravadores. O Cinzel é um dos símbolos específicos do Grau de Aprendiz, pois, sendo destinado ao esquartejamento da pedra (que transforma a pedra bruta e informe em pedra cúbica, usada nas construções) ele simboliza a Razão, a Inteligência, enquanto que esote­ricamente, é o físico, ou a matéria, sobre a qual atua o espírito, que é o Maço.

MAÇO ou MALHO 


Instrumento utilizado para, atuando sobre o Cinzel, desbastar a pedra. Simboliza a Força de caráter a serviço da Razão e da Inteligência (representados pelo Cinzel). Do ponto de vista místico, é o espírito atuando sobre a matéria. Também é um símbolo específico do Grau de Aprendiz.

RÉCUA 


Haste de madeira ou metal dividida em 24 partes; cada parte corresponde a uma polegada. Necessária para marcar os limites do esquadrejamento da pedra para que as suas bordas sejam retas, simboli­za um caminho retilíneo a seguir, com uma conduta reta, sempre à fren­te. É o emblema da disciplina, da moral, da exatidão e da justiça. Também é um símbolo do Grau de Aprendiz.

NÍVEL 


Instrumento para comprovar a perfeita horizontalidade da superfície, simboliza a Igualdade. O Nível maçônico é uma combina­ção de Nível e Prumo, com o formato de um Delta ou de uma letra A, de cujo centro pende um fio vertical, o qual, se a superfície não for perfeita­mente horizontal, se deslocará para um dos lados. O Nível está presente na saudação do Grau, no movimento horizontal da mão direita até o ombro direito. E a jóia do Io Vigilante.

PRUMO


Instrumento usado para medir a perfeita verticalidade de uma superfície, é o símbolo da profundidade do Conhecimento, da Retidão e da Justiça. 
Representa, também, o Equilíbrio, ou Estabilidade, quando perfeitamente a Prumo. Está presente na saudação do Grau, no movimento vertical da mão direita ao longo do tronco. É a jóia do 2° Vigilante.

PEDRA BRUTA 


Objeto de trabalho do Aprendiz, deve ser desbastada e esquadrejada para se transformar em Pedra Cúbica, polida e regular. Simboliza o próprio Aprendiz no seu esforço para se aper­feiçoar e polir seu caráter, a sua retidão e a sua integridade; é, enfim, o próprio símbolo de seu aperfeiçoamento na Maçonaria.

DELTA RADIANTE 


O Delta, ou Triângulo Eqüilátero, é o símbo­lo das tríades divinas. O Delta maçônico, além dessa representação, tem, no seu interior, as letras do nome hebraico de Deus, embora também seja usado o Olho Onividente, que o assimilam ao olho da Sabedoria de Horus. O Delta simboliza a Sabedoria Divina e a presença de Deus. O Delta é o símbolo máximo presente em um Templo.

LIVRO DA LEI 


Simboliza a Lei Divina. Quando da Cerimônia da Abertura do Livro e leitura de um trecho, espiritualiza-se a Loja e seus presentes.

SOL 


Desde os mais remotos tempos, o Sol é o símbolo da Luz. Para a Maçonaria a Luz é a do Conhecimento, do esclarecimento mental e intelec­tual. O Sol deve estar presente na decoração do Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente. Presente também no retábulo do Oriente, ladeando o Deita, junto com a Lua, estará do lado em que fica Orador, pois, na corres­pondência cósmica dos cargos em Loja, o Orador simboliza o Sol, pois dele emana a Luz, como Guardião da Lei.

LUA 


Cultuada, desde a mais remota antiguidade, como a mãe universal, o princípio feminino que fertiliza todas as coisas, representa a alma. 
Suas forças são de caráter magnético e, portanto, opostas às do Sol, que possuem caráter elétrico. 
A Lua deve estar representada na parte Ocidental do teto dos Templos, em meio às trevas, em oposição ao Sol, que está no Oriente, para mostrar a escalada iniciática do Obreiro, das trevas em direção à Luz. Também pode estar presente no retábulo do Oriente, junto com o Sol, ladeando o Delta do lado em que ficar o Secretário, já que o titular desse cargo, na correspondência cósmica dos cargos em Loja, representa a Lua porque ele reflete, nas atas, a luz que vem do Orador, personificação do Sol.

PAVIMENTO MOSAICO 


De origem sumeriana, simboliza, com seus quadrados brancos e negros, os opostos na vida do homem: a boa e a má sorte, a virtude e o vício, a riqueza e a miséria, a alegria e a tristeza, etc. Representa a mistura de raças, das condições sociais e do dualismo.

ESPADA 


Instrumento de ataque e defesa é mais própria do Cobridor do Templo, o qual, simbolicamente deve usá-la para proteger o recinto con­tra eventuais intrusos. É o símbolo da combatividade do homem em defesa de seus domínios
Nas mãos do Venerável Mestre, a Espada Flamejante, simboliza o poder de que está revestido para "criar" e "construir" Apren­dizes, Companheiros e Mestres.

CORDA DE OITENTA E UM NÓS 


É um adorno encontrado no alto das paredes verticais, com um nó central acima da cadeira do Venerável Mestre, tendo de cada lado quarenta nós, que se estendem pelo Norte e pelo Sul, terminando, seus extremos, em ambos os lados da porta Ocidental de entrada, em duas borlas representando a Justiça (ou Equidade) e a Prudência (ou Moderação). 
Essa abertura na corda significa que a Maçonaria é dinâmica.
E progressista, estando, portando, sempre aberta às novas idéias que possam contribuir para a evolução do homem e para o progresso racional da humanidade.

ESCADA DE JACOB 


Trata-se da alusão bíblica à escada que Jacob teria visto em sonho. 
Símbolo da via ascendente até o céu. Através das três virtudes: Fé. Esperança e Caridade.

COLUNAS ZODIACAIS 


Os signos zodiacais, assim como todos os mitos solares e agrários da antiguidade, representam a morte e a ressurreição anual da natureza
Por isso, eles simbolizam o Iniciado, desde que, como candidato, ele é encerrado na Câmara de Reflexão -representado por Áries, passo iniciai da renovação da natureza peio Fogo, simbolizando o fogo interno, o ardor do candidato à procura da Luz - até ao acme da sua caminhada maçônica, quando recebe o Grau de Mestre - representado por Peixes, a total renovação da natureza, a volta do Sol e da vida, pronto para mais um ciclo. 
Os signos relacionados com o Grau de Aprendiz são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem.

PAINEL 


O Painel Simbólico da Loja de Aprendiz, mostra o pórtico e as colunas vestibulares, simbolizando a entrada no Templo; a Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a Prancha de Traçar, símbolos dos três Graus simbólicos: Aprendiz, Companheiro e Mestre, respectivamente; o Compasso e Esquadro entrecruzados, o Nível e o Prumo, simbolizando as três luzes da Oficina: Venerável Mestre, I ° e 2° Vigilantes, respectiva­mente; o Maço e o Cinzel, instrumentos de trabalho do Aprendiz no desbastamento da Pedra Bruta; três janelas simbolizando a marcha do Sol; a Corda de Nós; e uma Orla Dentada, enquadrando todo o conjunto, simbolizando os opostos.

COLUNAS GREGAS 


As três colunas, das três ordens arquitetônicas gregas (Dórica, Jônica e Coríntia) são as que, simbolicamente, sustentam a Loja de Aprendiz, sendo, por isso, assimiladas ao Venerável Mestre e aos Vigilantes
A coluna Dórica, a mais forte, sem base e com um capitel simples, mas de alta plasticidade era a personificação da Força do homem, sendo, por isso, assimilada pelo Io Vigilante, responsável pela Coluna da Força. 
A coluna Jônica, mais esbelta, com uma base e um capitel trabalhados, com quatro voltas era a representação da Sa­bedoria, sendo, portanto, assimilada pelo Venerável Mestre, personificação da Sabedoria. 
A coluna Coríntia, com um capitel de maior beleza plástica é a representação da beleza, sendo assimilada pelo 2° Vigilante, responsável pela Coluna da Beleza.



Bibliografia:
- Cartilha do Aprendiz -José Castellani - Ed. "A Trolha" - 1992.
- O Aprendizado maçônico - Rizzardo da Camino - Ed. "A Trolha" - 1993.
- O Aprendiz Maçom, As Benesses do Aprendizado Maçônico - Rizzardo da Camino -Ed. Madras - 2000.

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