O CONCEITO E SEU IMPACTO EM NOSSAS VIDAS
Em primeiro lugar, como podemos definir o conceito de normalidade?
Devemos começar por um conceito anterior: o de comum.
Que, na verdade, é como um: o que outro tem de mim e que me identifico; e o que eu tenho do outro e que ele se identifica.
A construção de um padrão de comportamento vem desse jogo de identificação, nessa identificação exitosa.
Por exemplo, é assim que se criam opiniões, com as pessoas comungando dos mesmos hábitos.
Quando isso é normal?
O comum leva ao conceito de normalidade quando aquele padrão estabelecido como um, de todos, de alguma forma garante sobrevivência e proteção àqueles que fazem parte.
Quando a sobrevivência e a proteção ficam ameaçados, já não consideramos algo como normal.
Por exemplo: é comum que jovens utilizem substâncias ilícitas.
Mas não é normal, pois estão ameaçando suas próprias vidas.
A normalidade, portanto, seria a constituição de um padrão que assegura às pessoas que estão contidas nele uma certa proteção, segurança, continuidade, e, portanto, sobrevivência.
E o que viria a ser esse novo normal?
O novo normal, na verdade, seria a proposta de um novo padrão que possa garantir nossa sobrevivência.
Façamos um paralelo. Para viver em um centro urbano, você tem um kit . Sem esse kit, você está absolutamente desprotegido e corre sérios riscos de ficar doente.
Esse kit dá um pouco de trabalho. Nos primeiros dias, você estranha muito. A tendência é você ter um certo mal-estar.
Aos poucos, você se acostuma com o kit. Não por ser agradável, mas por te dar segurança. Neste caso, nós entramos em um novo normal.
O que está sendo proposto, agora, é um kit Covid.
Um kit de segurança.
Vamos ter que andar com máscara, mais contidos, menos expansivos, como se estivéssemos no frio.
Guardando certa distância, de certa forma, nos primeiros dias, vamos achar tudo muito estranho, mas a garantia da segurança de que não vamos ficar doentes e não transmitiremos doenças fará com que assimilemos esse kit de uma forma indolor.
Ou seja, entraremos em um novo padrão de normalidade.
Reforçando, normalidade é o padrão que me garante sobrevivência dentro de um grupo. Logo vamos nos habituar com esse kit Covid e, certamente, sentiremos falta se não o utilizarmos.
E por qual ou quais razões há cada vez mais debates sobre esse novo normal?
O que tem de comum nesses debates é a busca da segurança.
Estamos na possibilidade de uma segunda onda universal de contágio, com a criação de uma vacina que, no melhor dos cenários, pode acontecer até o final do ano.
Temos, ainda, a possibilidade de mutação do vírus, que faria com que essa vacina pensada agora não desse conta de uma possível volta do vírus, já com alguma composição diferente.
E ainda algum tempo, não há como prever exatamente quanto, de termos que apostar em um novo modelo de vida.
E descobrimos algumas vantagens desse novo modelo.
Temos alternativa de home office, atualmente, e estamos vendo que funciona – descobrimos que é possível e econômico.
Percebemos que não precisamos percorrer grandes distâncias ou enfrentar chuvas torrenciais para fazermos reuniões.
Continuamos em casa e fazemos nossa própria comida.
O trânsito é menor e temos menos poluição.
Essa discussão sobre o novo normal está mostrando que é possível uma nova forma de viver, com as vantagens de descobrirmos o valor da nossa própria casa, aprendermos a ser mais humildes e que não temos o controle de tudo.
Como ver a busca do ser humano por uma normalidade, tanto neste momento como ao longo de sua história?
O ser humano sempre buscou segurança. É algo instintivo.
Absolutamente normal, ninguém é. Ficamos o tempo todo buscando a normalidade.
Ela é muito mais uma busca, algo sempre a ser conquistado, do que uma aquisição.
Nós somos movidos por duas pulsões: de vida e de morte.
Quando alguém, insistentemente, manifesta pulsão de morte, como beber e dirigir, uso de drogas, a agir de forma incauta, por exemplo, a gente começa a discutir que normalidade é esta.
Já quando uma pessoa busca recursos para se proteger, salvaguardar a espécie, e de alguma forma manter a saúde, vemos como uma pessoa normal.
Quando buscamos prudência, por exemplo, manifesto de fato nossa pulsão de vida: quero cuidar de mim, de quem está comigo. Isso é o que consideramos absolutamente saudável e, portanto, normal.
Além do normal, o conceito em questão traz uma palavra que pode gerar ansiedade, ainda mais neste momento. O novo.
Por que o novo assusta e como podemos encará-lo da melhor maneira?
Por que o novo assusta e como podemos encará-lo da melhor maneira?
O novo, de alguma forma, nos desinstala do que já conhecemos. Com o novo, esperamos um padrão de vida que não nos pertence ainda. O novo vem carregado de necessidade de mudança, e a mudança é algo profundamente traumático e assustador.
Temos que ser muito escrupulosos ao falarmos de mudança, pois se usarmos essa palavra levianamente, as pessoas ficam extremamente ansiosas e inseguras.
Por exemplo, quando uma empresa diz que está em processo de mudança, logo nos perguntamos: será que meu trabalho continua?
A ideia de mudança traz, de forma subjacente, uma certa insegurança e uma certa possibilidade de que não seremos incluídos, e temos muito medo da exclusão.
Mas precisamos pensar no kit Covid e no comportamento decorrente dele, que constitui o novo, um novo modelo fundamentado e legitimado pela necessidade de segurança que esse equipamento vai nos trazer.
Assim, começamos a lidar com o novo com menos ansiedade.
Vejamos isso com bons olhos, pelo menos até que tenhamos uma vacina dentro de uma rotina.
Até chegarmos nesse momento, vamos ter uma transição de mudança de comportamento que iremos assimilar.
Texto adaptado da entrevista da Doutora
Maria Aparecida Rhein Schirato, Mestra pela Universidade de São Paulo
Rir para não chorar...
ResponderExcluirAbertura do Ritual de Isolamento
M.·.C.·. - V.·.M.·. os lugares estão isolados.
V.·.M.·.- Ir.·. 1°V.·. Qual o primeiro de vossos deveres?
1°V.·. - verificar se o templo está higienizado.
V.·.M.·. - Ir.·.1°V.·. Qual o segundo de vossos deveres?
1°V.·. - verificar se todos os maçons estão de máscaras.
V.·.M.·. - Ir.·. Or.·. o que é preciso pra abrir os trabalhos?
Or.·. - que tenha pelo menos sete ir.·. destes três MM.·. e todos estejam revestidos de suas máscaras e desinfectados.
V.·.M.·. - Ir.·. M.·.C.·. A loja está higienizada?
M.·.C.·. - V.·. M.·. Todos estão em seus lugares respeitando as distâncias e usando máscaras.
V.·.M.·. - Ir.·. 2º Diác.'. Qual seu lugar em lj?
2º Vig.·. - A 2 metros de distância do Ir .·.1º Vig.·.
V.·.M.·. - para quê?
2º Diac.·. - Para passar o álcool em gel do Ir.·.1ºV.·. nos IIr.·. das colunas e verificar se as suas mãos estão devidamente limpas.
V.·.M.·. - Qual o lugar do Ir.·. 1º Diácono?
2° Diac - A 2 metros, à direita do V.·.M.·.
V.·.M.·. - para quê Ir.·. 1° Diac ?
1º Diac - para levar o sabão do V.·.M.·. ao Ir.·.1º Vig.·. e aguardar a lavagem das mãos das DDign.·. e OOf.·..
V.·.M.·. - Qual o lugar do Ir.·. 2°V.·.?
1º Diac.·.- No Sul.
V.·.M.·. - Por que você está aí colocado?
2º Vig.·. - Para marcar a posição do Lavatório, chamar os irmãos do lavatório à pia e da pia para a toalha, para que suas mãos limpas sejam o resultado.
V.·.M.·. - Qual o lugar do Ir.·. 1°V.'. na Loja?
1º Vig.·.- No Oc.'..
V.·.M.·. - Por que estais aí colocado?
1º Vig.·.- Para garantir que os irmãos estejam mascarados, medir suas temperaturas e limpar regularmente a Loja por ordem do V.·.M.·., e, após, verificar se todos os irmãos estão seguros, mantendo a distância social exigida um do outro.
V.·.M.·. - Por que o V.'. M.'. está no Oriente?
1°V.·. - Como surgiu um vírus vindo do Oriente, e que nos levou ao isolamento, o V.·.M.·. é colocado no Oriente para garantir que todos os irmãos do grupo de risco e os com comorbidades sejam devidamente protegidos, ordenando-os a permanecer em casa, proteger as nossas Lojas e salvar nossas vidas.
V.·.M.·. - Irmãos, a Loja está em isolamento e devidamente higienizada. Permaneçamos 2 metros separados e devidamente isolados, assistiremos a entrada de maçons não infectados mediante comprovação e mascarados e impediremos a entradas de tossidores.
Assim seja.