Aarão, o primeiro sumo-sacerdote do Tabernáculo hebreu.

O patriarca Moisés, importante personagem da Cripta dos Grandes Filósofos do Grau Sublime Príncipe do Real Segredo, durante a maior parte do seu ministério como líder do povo hebreu teve ao seu lado seu irmão Arão (ou Aarão).

Moisés e Arão participaram juntos do episódio da transformação 
do cajado (vara de Arão) em serpente diante do faraó

Arão era o filho mais velho de Anrão e Joquebede e foi bisneto de Levi. 
  
Viveu entre 1.507 a.C. e 1.471 a.C. e foi sucedido, como sumo-sacerdote hebreu, por seu filho Eleazar.
    
Segundo a Bíblia, Arão se comunicava facilmente e, em razão desse fato, Arão foi diversas vezes o porta-voz de Moisés, visto que este personagem aparentemente tinha dificuldades na fala.
    
Aarão teve uma importante participação nos eventos que antecederam a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito. 
     
Dois fatos importantes que marcam a fase que antecedeu a libertação do Povo Escolhido são: a mágica disputa que Arão teve com os feiticeiros egípcios diante do faraó e os episódios ligados às pragas enviadas por Deus sobre o povo egípcio.
   
Arão era também o principal companheiro de Moisés durante as várias mensagens e revelações feitas por Deus ao seu irmão.
      
No período do Êxodo, que começa na saída do povo hebreu da escravidão no Egito e se estende até a sua chegada na Terra Prometida (Canaã), foi implantada a prática do culto ao Senhor numa tenda sagrada desmontável e itinerante, chamada Tabernáculo. 

A tenda do culto a Yahveh era montada ao longo
 dos caminhos percorridos pelo povo hebreu.
    
Arão foi designado o primeiro sumo-sacerdote (kohen gadol) para a realização dos cultos no interior do Tabernáculo.
    
Conforme o Livro do Êxodo, as vestes do sacerdotais de Arão, bem como o Tabernáculo e seus utensílios, foram produzidos sob a direção de Bezeleel e de Ooliab (
As 12 pedras/tribos fixadas no peitoral 
da veste sacerdotal eram: sárdio(Judá),
 topázio(Issacar), ônix(Aser), berilo(Dã),
safira(Simeão), jaspe(Naftali)jacinto(José),
 diamante(Gade)ágata(Manassés), 
 ametista(Benjamin), esmeralda(Rubén)
   e carbúnculo(Zebulom)
Nas vestes do Sumo-Sacerdote Arão, estavam encrustadas doze pedras preciosas e nelas estavam gravados os nomes das doze tribos de Israel (ou doze filhos de Israel). 
Nessa veste estavam também o Urim e o Tumim (pedras especiais, usadas para conhecer a vontade de Yahweh). 
    
A roupa do sumo-sacerdote possuía também uma lâmina de ouro na mitra (ornamento da cabeça) com a inscrição “Santidade ao Senhor”. 
    
A partir do sacerdócio de Arão, sua vestimenta passou a ser usada por todos os sumo-sacerdotes hebreus.


De acordo com o Livro do Êxodo, quando Arão e seus filhos foram ungidos como sacerdotes, foram utilizados o sangue dos animais oferecidos em sacrifício no Tabernáculo, bem como um óleo santo, especialmente preparado, aplicado sobre as suas cabeças e nas vestes.

A unção de Arão é relatada no Livro do Êxodo, 
sendo também citada no Salmo 133.
   
Na qualidade de primeiro sumo-sacerdote hebreu, coube a Aarão implantar as tarefas que, a partir daquele momento, ficariam sob a responsabilidade dos futuros sacerdotes. 
     
Entre as tarefas dos Sumo-Sacerdotes estavam: 

- a expiação dos pecados do povo hebreu através de rituais de sacrifício de animais; 

- a remoção de toda impureza moral e religiosa do povo de Deus; 

- a purificação das mulheres após o parto;

- o acompanhamento dos procedimentos relativos aos animais considerados puros ou impuros;

- a definição das questões relativas às secreções de homens e mulheres;

- os trabalhos relacionados ao 
Sábado (Shabbath) e às festas anuais;

- o acompanhamento do cumprimento das leis rituais, dos  pagamentos dos dízimos e das bençãos.

Cabia também aos sacerdotes a preparação
 do Tabernáculo para as cerimônias.

O papel mais destacado reservado a Aarão e aos sumo-sacerdotes que o sucederam era na cerimônia anual do Dia da Expiação (Yom Kippur, ou Iom Quipur).

A expiação dos pecados através do sacrifício de animais
 era uma antiga prática do povo hebreu. 

Muito embora fosse posteriormente ungido como sumo-sacerdote, Arão participou da idolatria praticada pelo povo hebreu, na adoração a um deus em formato de bezerro de ouro, durante a ausência de Moisés nos 40 dias em que esteve no Monte Sinai para receber as tábuas com os Dez Mandamentos.

A incerteza no retorno de Moisés
colocou em dúvida a fé do povo hebreu. 

No Rito Escocês Antigo e Aceito, Aarão é estudado principalmente no Grau Chefe do Tabernáculo, no Grau Príncipe do Tabernáculo e no Grau Cavaleiro da Serpente de Bronze.

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