Estudo (Parte 2)
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Quadro "From darkness to light" |
A luz e as trevas estão entre os mais importantes símbolos maçônicos.
De um modo geral, a Simbologia Maçônica aponta que a luz está associada ao conhecimento, à vida, ao sol, à atividade e ao dia. Já as trevas (ou escuridão), estão associadas à ignorância, à morte, à lua, à passividade e à noite.
Simbolicamente, claridade e escuridão são usados como forma de enfatizar as características de um determinado episódio.
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Conforme a tradição hindu, o jovem Krishna, no momento do seu nascimento, foi envolvido por uma luminosidade especial. |
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A execução da sentença de morte de Sócrates, por envenenamento, é representada, geralmente, numa cela escura, ou numa penumbra. |
De todo modo, luz e trevas são símbolos da mesma grandeza e não são bons, nem maus, por si só. Seus significados devem ser interpretados de acordo com o contexto em que são empregados.
Tradições místicas como a Alquimia, a Astrologia e a Cabala (ou Kabala, ou Kabalah) utilizam o antagonismo entre luz e trevas nos seus ensinamentos.
No Rito Escocês Antigo e Aceito, a chegada da luz é de tal importância, que marca o nascimento (ou renascimento) do iniciado maçom. Ou seja, da mesma forma que na Alegoria da Caverna, ensinada por Platão, o novo maçom emerge, simbolicamente, de um mundo subterrâneo de escuridão para um mundo luminoso.
Mesmo em outras culturas, a luz tem significado associado ao conhecimento, ao aperfeiçoamento pessoal e à elevação espiritual.
Artisticamente, personagens como: Gandhi, a(s) Nossa(s) Senhora(s), Buda, Jesus, Maomé, Zeus e Zaratrusta, entre outros, são representados, muitas vezes, envolvidos em halos (ou nimbus) luminosos, a fim de destacar suas condições especiais.
Na visão iluminista, apenas o uso exclusivo da Razão conduz o Homem a sair das trevas da ignorância para a luz do conhecimento.
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No decorrer da Revolução Francesa, durante o Reino do Terror, patrocinado principalmente por Robespierre, a Razão teve tal importância que chegou a ser cultuada oficialmente como uma deusa. |
Concluindo, do ponto de vista maçônico, é possível afirmar que a passagem do Homem "das trevas para luz” deve ser compreendida como um conceito exclusivamente relacionado à sua evolução filosófica e moral, e não associado aos aspectos religiosos.
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