"Filho da Viúva" é um apelido comumente aplicado aos Maçons. Viúva, no caso é a própria Maçonaria, enquanto instituição, já que seu fundador Hiram Abiff foi assassinado.
Dessa forma, seus filhos Maçons seriam órfãos de pai. Essa alegoria, não é a única inspiração dessa curiosa expressão.
Na verdade, a lenda de Hiram foi inspirada em outra lenda muito antiga, a de Ísis e Osíris, e que já era utilizada nas antigas Iniciações, especialmente nas Escolas de Mistérios dos Egípcios.
Filhos da Viúva eram todos aqueles que se iniciavam nos Mistérios de Ísis e Osíris, pois Ísis era a esposa viúva do deus Osíris, morto pelo seu invejoso irmão Seth.
Na tradição gnóstica, entretanto, há uma lenda oriunda da seita cainita, segundo a qual a famosa Rainha de Sabá, Barcis, quando visitou o reino de Israel, na época de Salomão, não teria se apaixonado pelo famoso e sábio rei, como divulga a tradição, mas sim pelo Arquiteto do Templo, Hiram Abiff.
Do romance mantido pelos dois teria nascido um filho. Esse menino teria nascido após o assassinato do Mestre pelos Jubelos, razão pela qual esse filho do maior Maçom da terra era chamado de “o filho da viúva”.
A expressão permite o desenvolvimento de um simbolismo rico em significação e os Maçons espiritualistas souberam utilizá-lo muito bem.
Na tradição da Maçonaria, o "Filho da Viúva" serve tanto para designar os Templários “órfãos” em relação á extinção de sua Ordem e a morte de seu “pai”, o Grão-Mestre Jacques de Molay, quanto aos partidários dos Stuarts em relação á morte de seu rei Carlos I, decapitado por ordem do Parlamento inglês. A viúva daquele rei teria organizado a resistência, sendo a maioria dos seus partidários constituída de Maçons.
A propósito, foram os Stuartistas refugiados na França que desenvolveram a maior parte dos graus do Rito Escocês Antigo e Aceito.
"Filho da Viúva" é também o Mestre Jesus "O Christo", cujo pai, José, morreu quando ele era ainda uma criança.
Como Jesus consagrou Maria como Mãe de toda a Cristandade, os cristãos são todos filhos da viúva.
Dessa forma, a expressão carrega um simbolismo bastante apropriado às tradições cultivadas pela Maçonaria."
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