❝Um monge que viveu no século XIII pôs-se a pensar certo dia se, existindo para todo o sempre a eternidade, o tempo não começaria a se arrastar, depois de certo período, no céu.
Com a mente continuamente presa a essa indagação, deu um longo passeio pelos bosques e subitamente sentiu-se fascinado pelo canto de um pássaro.
Era um canto que jamais havia ouvido e, sem dúvida, o mais encantador que até então conhecera.
Enquanto ouvia o canto, caiu em êxtase e quando voltou ao seu mundo cotidiano retornou ao mosteiro e verificou que cem anos haviam passado!
Todos os seus amigos já haviam partido.
Seu nome ainda estava na lista de monges reclusos, porém havia uma anotação, em frente ao seu nome, dizendo ele havia penetrado na floresta, certo dia, e jamais retornado.❞
Esta história ilustra a relatividade do tempo, determinado pela nossa percepção daquilo que denominamos de sua passagem. Essa percepção vai ser rápida ou vagarosa, dependendo de quanto estamos absorvidos pelas tarefas que executamos.
Quando estamos completamente absortos em uma experiência, a vida parece se tornar eterna; perdemos completamente a noção do tempo e temos a impressão de que ele “voou” rapidamente.
Em contrapartida, quando estamos ansiosos pelo resultado de algum evento, o tempo estende-se vagarosamente e o momento esperado parece nunca chegar.
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