A idade do CompanheiroMaçom


O Aprendizado Maçônico equivale à infância, vez que, o Iniciado é nova criatura que fatalmente progride no seu crescimento, obviamente simbólico, atingindo a virilidade em busca da maturidade. 

Três são as imposições da jornada em direção ao Companheirismo: trabalho, ciência e virtude. 

O Trabalho significa o esforço pessoal que abrange uma série de fatores, como a perseverança, o ideal, o entusiasmo, enfim, a disposição de prosseguir na jornada encetada. 

A ciência diz respeito à instrução não basta o trabalho "operativo", representado pela freqüência às sessões e desempenho dos encargos; é preciso o interesse em direção à cultura. 

Tem-se discutido, muito, se um profano analfabeto pode ser submetido a iniciação. A Maçonaria não exige uma elite intelectual, mas o interesse em evoluir; se o Iniciado for analfabeto, ele terá a obrigação de instruir-se, vez que a educação lhe é facilitada com uma multiplicidade de cursos para adultos existentes no País e até programados através de correspondência ou programas televisivos. 

Nunca é tarde para a instrução. 

Percorrido o caminho do Aprendizado, surge a oportunidade de encontrar a instrução. 

Essa é necessária para desenvolver o intelecto e abrir caminhos para a compreensão filosófica. 

Cinco são as etapas a transpor e cada uma, simboliza uma parte da Ciência, a saber: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética e Geometria. 

Esse agrupamento, diante do progresso intelectual de nossos dias, nos parece tímido; contudo são aspectos científicos tradicionais que resumem uma maior gama de conhecimentos, como veremos mais tarde. 

Comparando a alegoria do sistema, solar, o Companheirismo equivale ao posicionamento entre os equinócios da primavera e do outono, vez que, a Terra fecundada das chuvas primaveris, desenvolve todos os frutos que garantem a continuidade das espécies. 

A Loja do 2 o Grau difere da Loja de I o Grau, destacando-se seis pontos diferenciais, a saber: 

-no Pavimento Mosaico é colocado o Quadro da Loja; 

-cinco pontos luminosos; 

-a Estrela Flamejante, brilha no centro de Loja.

Vem colocado o "Ara do Trabalho", sobre o qual são colocados, 

-uma Régua, 

-um Malhete, 

-um Cinzel, 

-uma Colher de Pedreiro e 

-um Esquadro. 

Colocados sobre estantes, vêem-se quatro cartazes: 

-no I o , colocado ao Oeste, vêem-se o nome dos cinco sentidos; 

-no 2 o , colocado ao Sul, o nome das quatro ordens arquitetônicas; 

-no 3 o , colocado no Oriente, o nome das sete artes literais;

-no 4 o , colocado ao Norte, o nome dos filósofos, Sólon, Sócrates, Licurgo e Pitágoras. 

O traje é igual ao do Aprendiz, sendo que a Abeta do Avental será abaixada. 

O Companheiro estará à ordem, mudando a postura, erguendo o braço esquerdo, pousando o direito sobre o coração na forma convencional. 

Possui Palavra de Passe que lembra uma espiga de trigo. 

A Palavra Sagrada é a mesma inserida na Coluna "J". 

O Sinal é o convencional, bem como o Toque. 

A Marcha é a do Aprendiz acrescida de dois passos oblíquos. 

A Bateria consta de cinco golpes; a Aclamação é a do Aprendiz; o seu Salário é a passarem de uma Coluna para outra, da perpendicular ao Nível. 

Os trabalhos iniciam-se ao Meio-Dia e encerram-se à Meia-Noite. 

A Lenda do Grau revela a maturidade do homem. 

O Trolhamento difere do do Aprendiz e possui cinco perguntas,

A idade do Companheiro é de Cinco Anos. 

O Ritual Iniciático difere do Ritual do I o Grau; cinco são as viagens probatórias; há o trabalho sobre a Pedra Bruta e o Juramento é o convencional. *** 


OS SENTIDOS A VISÃO

O olho humano é o órgão da visão; é um órgão duplo a comandar a visão cruzada da esquerda e da direita, o olho é o mais perfeito do corpo humano

A visão pode ser considerada a geratriz da imaginação; em um diminuto espaço de alguns milímetros, o Olho recolhe o Universo inteiro, distingue as cores e suas nuances e transmite ao cérebro todas as sensações da Natureza; ela define a Beleza e fecunda a imaginação. Paralelamente, transforma o "panorama" em visão espiritual, adentrando no infinito dos corpos ingressando num mundo esotérico e celestial. 

Na Iniciação ao 1 o Grau, a visão do Recipiendário é tolhida através de uma venda; na Iniciação ao Grau 2o , o Iniciando já não sendo "cego", participa com os olhos desvendados. 

Para a meditação, os olhos devem ter as pálpebras cerradas para provocar "visões", dentro de um campo experimental esotérico. 

A AUDIÇÃO

O ouvido é o conduto harmonioso dos sons materiais e espirituais; socialmente, representa a comunicação; espiritualmente, conduz a Voz da Consciência. 

A Natureza alia a visão com a audição e assim o ser humano contempla toda beleza e mistérios notando que dela faz parte e parte relevante, de domínio e observação. 

O TATO

O tato dá ao homem a certeza da posse para, respeitar assim, o que é "meu" e o que "não é meu", para equilibrar o convívio social. 

O tato revela o esforço físico para obter a informação completa; o tato é exercido através do maior órgão do organismo humano que é a pele e subsiste, mesmo sem a visão. 

O tato é o condutor das vibrações; ele as obtém fisicamente, quando houver o "contato" e espiritualmente, quando essas vibrações forem elétricas; o tato espiritual é obtido através de práticas apropriadas. 

O OLFATO

Os odores expelidos pela Natureza são absorvidos pelo órgão do olfato, o nariz; os perfumes são agradáveis e os maus odores, desagradáveis, comprovando o equilíbrio existente; o olfato é sutil e penetrante. 

Os desejos são excitados pelos odores sexuais; os perfumes das flores atraem os insetos que, removendo o pólen e o transportando, fecundam outras espécies. 

Os sentidos que mais nos aproximam da Natureza, são a visão e o olfato; os perfumes e a beleza agradam à Vida e lhe dão sentido. 

O GOSTO

O sentido do gosto simboliza a sensibilidade mais próxima do mundo físico; o alimento necessário ao ser humano é selecionado pelo gostos alterado pelo uso do "sal" que acentua os gosto, abrindo o apetite; para a alimentação são exigidos todos os cinco sentidos em conjunto. 

E dito, ao refinamento do ser humano, que esse "possui bom gosto", demonstrando isso que esse sentido pode tornar-se mais sublime. 

Na sociedade, ao erguer-se um brinde, são, simbolicamente, atraídos todos os cinco sentidos. 

O da visão, ao contemplar o vinho no cálice; o do tato, ao segurar esse recipiente; o do olfato, aspirando o perfume da bebida, o do gosto, ao saboreá-la e finalmente, o de audição, no tilintar das taças batendo-as uma na outra. 

Os sentidos estão, sempre, alertas; durante o repouso e no sono, ele suspendem a atividade, posto nos sonhos se possa usá-los, o que demonstra que eles atuam psiquicamente; os sentidos mais constantes são os da visão e do olfato, pois esse último tem ligação estreita com a respiração. 

Os sentidos "espirituais" são os da visão e o da audição; o da visão, através do "terceiro olho"; o da audição, captando a "música das esferas". 

AS ARTES LIBERAIS A GRAMÁTICA

Segundo o Aurélio é "o estudo ou tratado dos fatos da linguagem falada e escrita e das leis naturais que a regulam". E a arte de falar corretamente. 

O Aprendiz, como regra geral, pouco fala, mas o Companheiro para instruir-se deve manejar seu idioma corretamente, tanto no falar como no escrever. Sendo a maçonaria, também, uma Escola, essa parte que compreende a comunicação, deve ser fielmente observada; o Maçom deve ser humilde e aceitar as correções que possam lhes ser feitas. 

O discurso é a forma de o Maçom expressar-se aplicando o linguajar correto, buscando as belas palavras do vernáculo e fugindo da gíria; a perfeição é buscada também no uso da palavra. 

As regras vernaculares não podem ser deixadas para trás; a concordância os acentos e o belo discurso devem preocupar todo Maçom. 

A RETÓRICA

Segundo o mesmo dicionarista, Retórica "é a arte de bem falar; conjunto de regras relativas à eloqüência; livro que contém essas regras; ornatos empolados ou pomposos de um discurso". É a arte que dá eloqüência, força e graça ao discurso. 

O discurso pode ser apresentado escrito ou de improviso; em ambos os casos, as palavras deverão ser "medidas", exteriorizadas com acerto e elegância, banindo-se os empolamentos supérfluos, os termos vulgares; sobretudo, ser comedido; diz o sábio: "Se queres agradar, fales pouco". 

Não é o discurso longo e cansativo, repetitivo e vazio que há de atrair as atenções dos ouvintes; cada palavra proferida deve ter o seu "peso" exato. 

A eloqüência surge do agrupamento de palavras corretas formadoras de frases exatas, obedecidas as regras gramaticais. 

Esta arte, nos dias atuais, não vem sendo observada, mas ela não caiu em desuso; o falar do Maçom deve, sempre, agradar; a frase deve ter o conteúdo sábio; o ouvinte deve obter desse discurso, o alimento espiritual e científico. 

A LÓGICA

Prossegue o Aurélio: "Ciência que estuda as leis do raciocínio; coerência; raciocínio". 

Embora "ciência", não deixa de ser uma Arte; a arte do raciocínio metódico; o conduto do pensamento para que se torne compreensível; a colocação exata do pensamento a ser transmitido, usando as premissas corretas. 

A Palavra é um dom e quem o possuir não deve mantê-lo, apenas, para si, mas exteriorizálo. A Palavra consola, anima, excita e entusiasma. 

A ARITMÉTICA

É a arte de calcular; é a ciência dos números.

Todo Maçom deve saber que é a chave de todas as ciências exatas. 

Ninguém prescinde da Aritmética no seu trato social. Difere da Matemática que é a ciência que tem por objetivo as medidas e as propriedades das grandezas. 

A GEOMETRIA

É a arte de medir. O Companheiro inspirado na letra "G", que representa a imagem de inteligência universal, deve possuir o conhecimento sobre as medidas, medem-se todos os aspectos da Natureza exterior e interior; medem-se as palavras e as obras e para tanto, são usados instrumentos'específicos. 

Na construção, ela e vital porque nada pode ser feito, sem uma medida adequada, desde o ponto, às linhas retas e curvas e todas as demais dimensões. 

A construção principal a que deve dedicar-se o Maçom, é a do seu próprio Templo, símbolo de presença de Deus em si mesmo, no seu corpo físico, mental e espiritual. 

Os instrumentos de medida são símbolos que devem ser usados com razão e equilíbrio. 

A ASTRONOMIA

E a arte de conhecer os astros e os seus movimentos; não deve ser confundida com a Astrologia que é a "arte de e conhecer o futuro pelos astros". 

Conhecer a lei que movimenta os astros, satélites, planetas é conhecer o Universo. 

A maioria dos símbolos maçônicos têm estreita ligarão com a Astronomia. Há o Universo exterior e o Universo "de dentro"; conhecê-los é o maior desafio do Maçom. 

A Astronomia é simbolizada de forma genérica, na Abóboda Celeste dos templos maçônicos. 

A MUSICA

É a arte dos sons e de suas alterações; em Maçonaria, os sons são considerados de importância relevante, a partir das "Baterias", de Aclamação, dos Tímpanos, dos fundos musicais, dos rumores iniciáticos. 

Os sons sensibilizam todo ser humano e conseqüentemente, a Natureza; o som é produzido pela vibração das moléculas do ar e podem ser definidos em agudos e graves. 

A percepção das nuanças sonoras apura o ouvido e sensibiliza a Audição. 

Toda cerimônia iniciática e mesmo todo trabalho em Loja, não dispensa o fundo musical, tanto que é mantido um oficial como Mestre de Harmonia. 

A educação do "ouvido", ou seja, o despertar da sensibilidade da audição, faz parte daquilo a que Platão se referia como "música das esferas celestiais", que eram os sons que podia absorver do Universo, através de. um apurado ouvido espiritual. 

Os sons propagam-se na atmosfera e são permanentes; os sons espirituais são como os de estratosfera: silenciosos, mas sempre, vibratórios. 

A Música conduz o pensamento à meditação e das Artes Liberais, ela é a maior representação. 

Essas vibrações, o Maçom as recebe através da Audição e do Tato; todo o organismo capta os sons, os detém, analisa e coloca no "depósito" que é a mente. 

O cérebro absorve todos os sons, sem limites e os acumula qual poderoso computador. 

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