Abominável racismo



É difícil imaginar que um ser humano possa ser impedido de freqüentar um ambiente, público ou não, por causa da cor da pele..

Que o fato de ser negro ou negra possa ser (ou algum dia ter sido) usado para proibir alguém de usar o elevador social em um condomínio chique, de estudar numa determinada escola ou ser contratado por uma empresa.

Às vezes ficamos pensando sobre como realmente seria Deus, esse homem de cor branca e barbas e cabelos longos que conhecemos e aprendemos a adorar, cuja imagem certamente foi talhada por outro homem, talvez de pele branca.

Quem pode nos garantir que Deus era branco? E se fosse negro, em que mudaria nossas vidas? Deixaríamos de adorá-lo por isso? Claro que não!

A cor da pele não quer dizer nada sobre uma pessoa.

Entre brancos e negros, feios ou bonitos, há seres abomináveis. Não porque a pele é escura, mas por lhes faltar de caráter.

É lamentável que no Brasil ou em qualquer lugar do mundo os negros ainda tenham que lutar pela igualdade racial.

Que seja necessário estabelecer políticas de cotas ou fazer campanhas contra o racismo, lançadas por entidades não-governamentais de defesa dos direitos dos negros e afro-descendentes.

Mais triste ainda é pensar que aqueles que nasciam com a pele negra eram escravizados, trabalhavam de graça e viviam em condições subumanas.

E que mais de um século depois da abolição ainda convivemos com resquícios desse regime.

Tudo que vemos sobre racismo nos deixa indignados.

Outro dia assisti um filme americano que contava a história de uma família de negros que viveu no século XVIII. Fiquei imaginando o que sentiria uma mãe ou um pai ao tentar explicar aos filhos porque teriam de viajar no vagão dos fundos do trem em condições precárias, enquanto os brancos ocupavam poltronas confortáveis na primeira classe.

Como isso é passado, acho que devemos nos indignar mais ainda com o que acontece hoje!

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