Um maçom do REAA que atinge o grau 32 – Príncipe do Real Segredo, com sabor de degrau final, muitas vezes indaga a si mesmo, tenho um cabedal de conhecimento (filosófico, espiritual, iniciático, ritualístico, litúrgico, legal etc) que me credencia a ser um verdadeiro Grande Inspetor Geral do Rito?
Partindo da premissa que a resposta é afirmativa, surge, então, outra indagação: este aprendizado – trazido pelos vários Graus Iniciáticos e de Transmissão, reverteu em verdadeiro conhecimento e este, possível, conhecimento, gerou mudanças no agir, falar e pensar?
Estas respostas são individuais, cada um, de per si, deve fazer esta reflexão.
Assim, nesta breve instrução, pretende-se abordar aspectos legais e iniciáticos que um Príncipe do Real Segredo, aspirante a Grande Inspetor Geral do Rito deve saber.
Ressaltando que, ao atingir o topo da escalada Jacobina, o Irmão poderá estar presente em Sessões de outros Corpos (Lojas de Perfeição, Capítulos Rosa-Cruzes e Conselhos Filosóficos de Kadosh) e ser convocado a opinar sobre determinado assunto da Ordem, em geral, e do Rito, em particular, seja de caráter iniciático, ritualístico, litúrgico ou legal, ele deve, então, estar minimamente preparado.
ASPECTOS ESOTÉRICOS
ASPECTOS ESOTÉRICOS
Não obstante os Graus dos Mui Poderosos Consistórios dos Príncipes do Real Segredo serem denominados graus administrativos, pode-se afirmar que a um maçom que colou o Grau 32 não é dado haver luta por templo material, haja vista que, nesta altura da escalada maçônica escocesa, depois de passar por 18 cerimônias iniciáticas (considerando os graus sete, dezesseis e dezessete que, na jurisdição do Supremo Conselho, passaram a ser iniciáticos há cerca de 6 anos), ele deve estar conectado com a espiritualidade que prescreve nossa Ordem (prevalência do espírito sobre a matéria), por ser, sobretudo, iniciática.
Como de conhecimento dos Irmãos, a Ordem está mais voltada para dentro do que para fora, por ser mais esotérica do que exotérica.
Contrariamente, a civilização humana é exotérica e evolui, ainda e infelizmente, rumo ao exterior, muitas vezes insultando o que deveria representar a essência do ser humano, pois que subordina o ser, em proveito do ter.
Como dito certa feita: “Há riscos em deixar que práticas e táticas profanas modifiquem o curso da Ordem. A volta ao futuro da Ordem está demandando um choque de Luz”!
O Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) conclama que se busque o crescimento, lato senso, mas principalmente espiritual, podendo ser citado, a título meramente exemplificativo, o compromisso que assumimos ao colar o Grau 14, quando nos comprometemos a dedicar momentos de nossos lazeres ao estudo da doutrina no sentido oculto e elevado dos ensinamentos maçônicos escocesistas.
De igual forma, o Grau 29, cuja denominação tem uma relevância que nos traz muitíssima responsabilidade – Grão Mestre da Luz (será que o somos?).
Vejam que a exortação da mensagem do Grau 29 é de muita profundidade, e conseqüente responsabilidade, pois afirma que os Grãos Mestres da Luz são os servos da humanidade que deveriam permitir que fluísse de seus corações cinco rios de amor: o Paternal, o Conjugal, o Filial, o Fraternal e o Social, que deveriam se fundir para formar o oceano do verdadeiro Amor, que representa a Lei do Universo.
Vejam que a exortação da mensagem do Grau 29 é de muita profundidade, e conseqüente responsabilidade, pois afirma que os Grãos Mestres da Luz são os servos da humanidade que deveriam permitir que fluísse de seus corações cinco rios de amor: o Paternal, o Conjugal, o Filial, o Fraternal e o Social, que deveriam se fundir para formar o oceano do verdadeiro Amor, que representa a Lei do Universo.
O REAA pode, então, ser sintetizado pelo dístico: prática constante das virtudes e busca do bem-estar para a humanidade, por intermédio da fraternidade e do alcance da paz. Ao adentrar em nossa Sublime Ordem, o profano está na escuridão total, dado que, em tese, nada conhece sobre os princípios maçônicos e como estes devem ser colocados em prática.
Dessa forma, o ato de vendar tem por objetivo garantir, simbolicamente, o de cegueira e trevas, que pode ser traduzido, também, em tese, pela ausência do Conhecimento.
Assim sendo, deve-se interpretar que esse ato de vendar apóia-se, então, na melhor das razões, qual seja, a de propiciar ao candidato condição mental e espiritual para o recebimento da Luz, com muito respeito, reverência e gratidão.
Portanto, um Príncipe do Real Segredo (após ter passado por 18 cerimônias iniciáticas, conforme dito), com profunda intensidade de valoração iniciática (moral, espiritual etc), em forma de “aumentos de salários”, permitiram ao, então, recipiendário chegar ao topo do conhecimento esotérico, de forma a propiciar que ele vá se integrando no espaço sagrado dos mistérios e segredos, passando a constituir pequena chispa divina de Luz.
O GRAU 32
O GRAU 32
O Grau 32 possui uma estrutura típica de um Grande Acampamento, de forma retangular, com as regiões Oriente, Ocidente, Norte e Sul.
Na região do Oriente está o trono do Soberano dos Soberanos, tendo atrás um transparente luminoso, em forma de uma estrela de sete pontas nas cores do arco-íris, à direita do trono, é colocado o Painel do Acampamento e à esquerda, a Cripta dos Grandes Filósofos; na frente do trono, o Altar dos Juramentos. Na região do Ocidente, em frente aos 1º e 2º Tenentes-Comendadores, pequenas mesas triangulares. Nos ângulos Sul e Norte, respectivamente, a Pequena e a Grande Tetractys de Pitágoras; a pequena constituída por 10 estrelas dispostas em triângulo com o vértice para cima, a grande é formada por 36 estrelas, também dispostas em triângulo, mas com o vértice para baixo. Ambas são iluminadas. Na frente do trono deve estar disposta uma cabeça com três faces, em tamanho natural, que pode ser substituída por uma pintura, tendo à direita um tríplice triângulo e à esquerda, uma estrela de cinco pontas, em pequenas colunas. O Grande Acampamento dos Príncipes do Real Segredo, é o quadro do grau e revela a organização militar da Instituição (pg. 32 do Ritual de 2006 – a citação de páginas de ora avante representa a página do mesmo ritual), compondo de um conjunto de figuras geométricas: um eneágono, dentro dele um heptágono, dentro deste um pentágono, dentro do pentágono, um triângulo eqüilátero, no centro do triângulo
um círculo, de forma que os números sagrados da Maçonaria estão representados (9-7-5-3-1).
um círculo, de forma que os números sagrados da Maçonaria estão representados (9-7-5-3-1).
Em verdade, este conjunto de figuras registra a presença de toda a Maçonaria, como a seguir descrito:
- ENEÁGONO: Maçons dos graus 1 ao 18; descritos pelas letras que compõem as palavras SALIX e NONI; em cada lado do eneágono há uma Divisão de Guerra e em cada tenda um Chefe (pgs. 33 a 35);
- HEPTÁGONO: É uma barreira (trincheira de conhecimentos) (pg. 35);
- PENTÁGONO: Maçons dos graus 19 ao 30; descritos pelas letras que compõem as palavras TENGU, que significa “três vezes excelente, nobre e gloriosa união”. Em cada ângulo do pentágono há um corpo do exército comandado por cinco Príncipes (Lugares Tenentes) sucessores de Frederico II (pgs. 35 a 38);
- TRIÂNGULO: Maçons dos graus 31 e 32. O triângulo é eqüilátero e em cada ângulo há um símbolo: Corvo (Inteligência), Pomba (Pureza) e Fênix (Imortalidade) (pg. 38);
- CÍRCULO: Ponto central representando a essência da Ordem, partindo da premissa de que os graus anteriores criaram a condição para a perfeita aplicabilidade do trinômio “sabedoria, estabilidade e poder” (pg. 2);
No Grau 32 constata-se que o Estado Edênico do Cavaleiro de Santo André (ou Grão Mestre da Luz – Grau 29) deve ser buscado com tenacidade por duas vias (pg. 41), a saber:
-pela FORÇA com organização militar (Grande Acampamento), ressaltando que os Maçons devem estar sempre alertas, sempre de prontidão, sempre acantonados para a ação;
-pelo ESPÍRITO que é a Moral dada pela CRIPTA das Grandes Luzes; a Cripta representa oito avatares da humanidade e a Estrela (que representa o amanhã).
Com esse provimento, a Ordem dará cinco tiros, antes já havia dado três, quais sejam:
1) Reforma de Lutero, afirmando a liberdade de opinião contra a opressão Papal;
2) Revolução Americana, em Filadélfia, afirmando que o poder emana do povo; e Revolução Francesa, de 1789, que proclamou a Liberdade, Igualdade e Fraternidade e a abolição de privilégios; e
3) Revolução Industrial do século IXX, que emancipou o povo, com noção de direito aos bens da civilização.
Faltam dois tiros, segundo os Rituais, são eles:
1) Pela cessação dos conflitos, principalmente entre o Ocidente e o Oriente, para tanto há que se ter a intervenção da Maçonaria, em benefício da civilização; e
2) Pela emancipação total da humanidade, onde estará presente o regime da Razão, da Verdade e da Justiça.
Pelo que se viu, o Grau 32 é consagrado aos estudos e investigações dos fenômenos da natureza e da busca do bem-estar da humanidade, pela prática constante das virtudes.
Convergindo para a conclusão deste item, citamos a última frase proferida por De Molay, diante da morte (apud J. F. Guimarães): Spes Mea In Deo Est (“Minha esperança está em Deus!”).
Há que ser salientado que o ciclo esotérico encerrou-se entre os graus 1 e 32; que a Estrela do Amanhã simboliza a esperança imorredoura.
E que as três palavras sagradas do Grau 32, reunidas letra-a-letra, compõem uma frase misteriosa que, por si só, é um dos significados do Real Segredo: Lux Inen Agit Nos (“A Luz que está em nós é a que nos guia”).
Portanto, a esperança final é que haja ação para aplicar todo esse ordenamento, de forma a mudarmos o status quo hoje presente em nossa Ordem, produzindo “no canhão maçônico os tiros que faltam”, para a partir daí ter efeitos no mundo profano.
ASPECTOS LEGAIS
ASPECTOS LEGAIS
O Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito, de ora avante, denominado somente como Supremo Conselho, fundado em 12 de novembro de 1832, é uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, sendo uma instituição maçônica de caráter iniciático, filosófico, educativo e filantrópico.
Sua doutrina tem por base as Grandes Constituições Escocesas de 1762 e 1786, com as resoluções aprovadas em congressos internacionais posteriormente realizados, é fundamentada na hierarquia de 33 (trinta e três) graus. (Preâmbulo do Estatuto do Supremo Conselho).
O Estatuto do Supremo Conselho foi aprovado em sessão de 14 de maio de 1986, entrando em vigor a partir da edição do Decreto nº 200, de 20 de agosto de 1986, com várias modificações, sendo que o Estatuto em vigor foi editado por intermédio do Decreto nº 630, de 19 de novembro de 2003.
O Regulamento Geral para os Órgãos e Corpos Subordinados, que objetiva disciplinar a execução das disposições do Estatuto do Supremo Conselho, foi editado por meio do Decreto nº 214, de 10 de agosto de 1988, sendo que a última edição, atualizada em 2007, contempla todas as modificações provenientes de decretos anteriores, inclusive as efetuadas em 2007, por intermédio dos Decretos nº 670, de 06 de fevereiro, e nº 676, de 15 de março, ambas desse ano.
O Supremo Conselho é a Oficina-Chefe do Rito, com ascendência administrativa e disciplinar sobre os Órgãos e Corpos que lhe são subordinados, presidido e dirigido pelo Sacro Colégio (ou Santo Império) sob a presidência do Soberano Grande Comendador na qualidade de Ad Vitam. (Art. 1º do Estatuto)
O Supremo Conselho possui os seguintes membros (art. 4º do Estatuto):
a) Efetivos: com o título de Soberanos Grandes Inspetores Gerais, com no mínimo 9 (nove) e no máximo 33 (trinta e três) membros;
b) Eméritos: São os Soberanos Grandes Inspetores Gerais transferidos para essa categoria, em virtude de impedimento para o exercício das funções de membro Efetivo;
c) Honorários: quadro máximo de 33 (trinta e três) membros. A escolha de membro Efetivo ocorre na sessão plenária do mês de setembro, ou em sessão extraordinária convocada para esse fim, devendo o candidato obter aprovação unânime de votos. (Art. 5º do Estatuto)
O Supremo Conselho possui 20 cargos relacionados no art. 12 do Estatuto, mas a Administração do Supremo Conselho, denominada Sacro Colégio ou Santo Império é exercida pelos titulares dos seguintes cargos (art. 13 do Estatuto):
1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º11º-
Soberano Grande Comendador;
1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º11º-
Soberano Grande Comendador;
Lugar-Tenente Comendador;
Grande Chanceler;
Grande Ministro de Estado;
Grande Secretário de Administração;
Grande Secretário de Finanças;
Grande Secretário de Relações Exteriores;
Grande Secretário de Relações Interiores;
Grande Secretário de Cultura;
Grande Secretário de Divulgação;
Grande Mestre de Cerimônias.
O Soberano Grande Comendador é o Chefe do Rito dentro da jurisdição do Supremo Conselho e, auxiliado pelo Sacro Colégio, supervisiona, instrui e administra o Rito. (Art. 19 do Estatuto)
O Soberano Grande Comendador é o Chefe do Rito dentro da jurisdição do Supremo Conselho e, auxiliado pelo Sacro Colégio, supervisiona, instrui e administra o Rito. (Art. 19 do Estatuto)
O Supremo Conselho entre os dias cinco e dez de setembro, em sessão plenária, e realizará, pelo menos, duas Sessões Magnas de Iniciação no Grau 33 (somente o Supremo Conselho pode realizar estas sessões – art. 68 do Regulamento Geral), uma em junho e a outra em novembro. (Art. 37 do Estatuto)
São subordinados ao Supremo (art. 43 do Estatuto e 2º do Regulamento Geral):
I. Órgãos:
a) Delegacias Litúrgicas;
b) Colégios de Grandes Inspetores Gerais.
II. Corpos:
a) Augustas Lojas de Perfeição;
b) Sublimes Capítulos Rosa-Cruzes;
c) Ilustres Conselhos Filosóficos de Kadosh;
d) Mui Poderosos Consistórios de Príncipes do Real Segredo.
A título exemplificativo são citadas algumas das competências que possui o Delegado Litúrgico estabelecidas no art. 12 do Regulamento Geral:
a) Orientar e fiscalizar as Oficinas de sua jurisdição, no campo litúrgico e doutrinário;
b) Manter contato permanente com os Órgãos e Corpos de sua jurisdição;
c) Presidir o Colégio dos Grandes Inspetores Gerais de sua jurisdição;
d) Fornecer os Rituais, compêndios de legislação e outros impressos do Supremo Conselho, providenciando para atender, prontamente, os pedidos das Oficinas;
e) Indicar, emitindo o respectivo parecer, os nomes dos Grandes Inspetores Gerais a serem nomeados pelo Soberano Grande Comendador para Presidentes do Mui Poderoso Consistório de Príncipes do Real Segredo e do Ilustre Conselho Filosófico de Kadosh.
O Colégio dos Grandes Inspetores Gerais é integrado por todos os obreiros regulares do Grau 33 e destina-se a promover estudos, pesquisas e palestras sobre assuntos maçônicos, científicos ou de cultura geral. O Colégio terá um Coordenador, que dirigirá as atividades administrativas, o Coordenador presidirá a sessão do Colégio na ausência do Delegado Litúrgico. (Arts. 14, 15 e parágrafos do 16 do Regulamento Geral)
Os Consistórios de Príncipes do Real Segredo são compostos de obreiros dos Graus 31 a 33, são estabelecidos pelo Sacro Colégio em local de alto progresso maçônico, podendo sua jurisdição abranger mais de uma região sócio-econômica. (Art. 48 do Estatuto e 36 do Regulamento Geral)
Como os Consistórios só podem conferir, por iniciação, os Graus 31 e 32, este é o Grau máximo que se reúne este Corpo, por isso o Presidente do Consistório (que deve ser um Grande Inspetor Geral – arts. 49 do Estatuto e 41 do Regulamento Geral, nomeado pelo Soberano Grande Comendador) tem o título de Soberano dos Soberanos (art. 59 do Regulamento Geral), ou seja, o mesmo que recebe o presidente da Sessão do Grau 32, pois ele preside o acampamento (local da sede do Mui Poderoso Consistório – art. 38 do Regulamento Geral) dos Príncipes do Real Segredo.
Todas as Oficinas Litúrgicas deverão ter Regimento Interno, Estandarte e Timbre, que deverão ser previamente aprovados pelo Supremo Conselho (art. 42 do Regulamento Geral).
Sempre que possível os Corpos deverão realizar o maior número de sessões no menor Grau Iniciático que compreende sua jurisdição para proporcionar o acesso a seus quadros e maior freqüência dos obreiros às sessões (art. 48 do Regulamento Geral).
As Oficinas Litúrgicas devem organizar o calendário anual de seus trabalhos e remetê-lo ao Supremo Conselho (art. 49 do Regulamento Geral).
Em todas as sessões (ordinárias, magnas etc) além do Estandarte, é obrigatória a presença do Livro da Lei e a leitura, pelo Orador, do versículo correspondente ao grau da sessão. Sobre o Ara devem estar exemplares das Grandes Constituições, do Estatuto e Regulamento Geral do Supremo Conselho e do Regimento Interno da Oficina (§ 1º do art. 50 do Regulamento Geral).
A Bandeira do Supremo Conselho dever estar sempre presente nos trabalhos da Oficina, à esquerda do Presidente (§ 2º do art. 50 do Regulamento Geral).
Os Graus considerados intermediários, que são concedidos por transmissão, devem ter esta concessão efetuada em sessão de instrução obrigatória, realizada em Câmara referente ao Grau iniciático anterior (art. 67 do Regulamento Geral).
Para ser concedida elevação de Grau, o obreiro deve ser considerado apto pela respectiva Comissão, após aprovação do trabalho escrito para comprovar seu conhecimento, ter cumprido o interstício mínimo, além de ter freqüentado a, no mínimo, metade do número de sessões relativas a seu Grau e anteriores, no Corpo, a partir da data da última elevação, ressalvados os casos em que a Oficina considerar justificáveis as faltas (art. 76 do Regulamento Geral).
A elevação ao primeiro Grau de Corpo imediatamente superior será processada mediante prévia súplica, conforme prescreve o art. 77 do Regulamento Geral, mas este deve ser interpretado em consonância com o art. 69 do mesmo diploma, que estabelece: “as elevações a Graus superiores serão consideradas por solicitação das Oficinas Litúrgicas”, portanto, para ser elevado a um Grau de outro
Corpo, a Oficina a que pertence o obreiro deve enviar prancha (súplica), informando a elevação do obreiro no último Grau desta e solicitando que aquele Corpo remeta tema de trabalho e informe os documentos necessários visando a futura elevação.
Corpo, a Oficina a que pertence o obreiro deve enviar prancha (súplica), informando a elevação do obreiro no último Grau desta e solicitando que aquele Corpo remeta tema de trabalho e informe os documentos necessários visando a futura elevação.
Torna-se irregular o obreiro que deixar de freqüentar a Oficina a que pertença por mais de um ano, sem justificativa, ou que deixar de recolher a Taxa de Atividade anual do Supremo Conselho, dentro do prazo estabelecido, além de outras questões de ordem moral ou comportamental (art. 80 do Regulamento Geral).
O obreiro regular de Oficina Litúrgica poderá filiar-se a outra da mesma categoria por motivo de transferência de domicílio ou razões justificadas (art. 94 do Regulamento Geral).
As Oficinas Litúrgicas deverão estar guarnecidas dos paramentos e insígnias correspondentes aos Graus em que funcionam, conforme estabelecido nos Rituais (art. 98 do Regulamento Geral).
Nas sessões ritualísticas, é obrigatório o uso de paramentos e insígnias pelos membros da Administração da Oficina.
Para os demais obreiros, o uso da medalha, para cada categoria de Oficina Litúrgica, substitui o dos paramentos.
Os Grandes Inspetores Gerais poderão usar somente o
colar ou a faixa do Grau 33 (art. 99 e parágrafos do Regulamento Geral).
Os presidentes dos Órgãos e Corpos Subordinados, bem como os membros efetivos do Supremo Conselho, nas cerimônias maçônicas promovidas por organizações simbólicas, para os quais tenham sido especialmente convidados, poderão estar revestidos dos paramentos e insígnias relativos ao cargo (art. 100 do Regulamento Geral).
O Soberano Grande Comendador e os membros efetivos do Supremo Conselho são membros natos de todas as Oficinas e presentes às sessões, cabelhes presidi-las, podendo passar a direção dos trabalhos ao Presidente da Oficina (art. 106 do Regulamento Geral).
Os obreiros iniciados no Grau 4 adquirirão da Oficina um exemplar das Grandes Constituições, do Estatuto e do Regulamento Geral do Supremo Conselho (art. 114 do Regulamento Geral).
O dia 12 de novembro é considerado o “Dia do Supremo Conselho”, por ser a data de sua fundação em 1832 e os Corpos Subordinados têm as seguintes datas comemorativas (arts. 118 e 119 do Regulamento Geral):
- 21 de setembro, Augusta Loja de Perfeição;
- 5ª feira Santa, Sublime Capítulo Rosa-Cruz (deve ser promovido Conclave);
- 30 de novembro, Ilustre Conselho Filosófico de Kadosh; - 02 de setembro. Mui Poderoso Consistório de Príncipes do Real Segredo. Finalmente, ao concluir este item, ressalta-se que o período oficial de férias estabelecido pelo Supremo Conselho é de 20 de dezembro a 20 de janeiro (art. 120 do Regulamento Geral).
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Por tudo o que foi exposto, pode-se afirmar que o maçom e a Ordem Maçônica continuam na sua senda universalista, na busca da Luz que pode gerar (depende somente de nós): Sabedoria, Força e Beleza.
O maçom deve estar sempre imerso e, porque não dizer, submerso nas questões da Ordem, lembrando, como dito neste trabalho, que houve compromisso de nossa parte para dedicar momentos de nossos lazeres para a Ordem.
É mister que se diga que a conformidade do pensamento com a ação, enrijece o caráter; com a linguagem, garante a coerência, a retidão e a sinceridade; e com as coisas e objetos, estabelece a verdade.
Não se pode descurar, mantendo unidos e atuantes os três planos: Conhecimento, Amor e Ação, que se converterá no caminho da Iluminação, e esta é a razão da existência de um Corpo de alto nível do Rito Escocês Antigo e Aceito, qual seja, um Consistório. Os Consistórios dos Príncipes do Real Segredo, em geral, e o de Brasília (o de nº 16), em particular, por sua estável permanência, consolidada expansão e progressivas realizações, deve provocar no INICIADO a disposição permanente para o crescimento, em todas as suas facetas, para que seus membros sejam capazes de mitigar e superar os percalços do mundo.
A oportunidade oferecida, com os conhecimentos trazidos a lume, a um Príncipe do Real Segredo, Graus 32, com os conhecimentos disponibilizados, oportuniza o caminho da Iluminação, haja vista, conforme dito, que a Ordem é esotérica e fecha um ciclo e reforça a característica da busca interior (“pra dentro”).
A mensagem iniciática do Grau 32 propicia um ordenamento de superação, emulação espiritual e crescimento intelectual, com o dever de estar na vanguarda do movimento que busca felicidade e progresso.
Portanto, ficam todos os Príncipes do Real Segredo, aspirantes ao Grau máximo do escocesismo, o 33, Grande Inspetor Geral do Rito, convocados a serem os proclamadores da reforma necessária, sendo os ativadores da chama para que os canhões sejam postos em ação dando os tiros que faltam, de forma a cessar os conflitos entre os seres humanos, em benefício da civilização e pela emancipação da humanidade, com a presença firme e serena da Razão, da Verdade e da Justiça.
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