O SIMBOLISMO MASSONICO


Pelo V :. H :. Henrique Bzura P.M.

A maçonaria foi definida como ′′ uma ciência de moral, velada em alegorias e esclarecida por meio de símbolos ".

O símbolo é a expressão de uma ideia que está derivada da comparação ou contraste de algum objeto, com uma concepção moral ou atributo.

É um sinal visível, com o qual se representa uma realidade espiritual, mental ou invisível.

O exemplo mais usado é o da ′′pedra bruta"; não existe tal coisa no plano espiritual; mas a tarefa de desbastá-la ou polí-la está significando o trabalho que o maçom deve executar para aperfeiçoar o seu caráter e a sua conduta.

Os três primeiros graus da Maçonaria - aprendiz, companheiro e mestre - são chamados graus simbólicos, porque as lições que são comunicadas aos candidatos nestes graus são geralmente fornecidas por meio de símbolos, tiradas das ferramentas utilizadas na construção: Prumo, símbolo de retidão; nível, igualdade, etc.

Igual coisa acontece com as religiões, especialmente as primitivas, que foram eminentemente simbólicas: adoravam-se objetos visíveis, que simbolizavam a Divindade invisível: o Sol, a Lua, o Boi Apis, etc. Isso acontece porque esses objetos são manifestações visíveis de Deus, pois eles fazem parte da Criação.

Recém com o Judaísmo inicia-se a adoração do Deus invisível; mas com o Cristianismo a Divindade volta a adquirir ′′ visibilidade ′′ através de quem é considerado o Filho de Deus, Jesus Cristo.

E isso me permite já definir a primeira regra ou o primeiro princípio do Simbolismo:
TODA A CRIAÇÃO OU OBJETOS VISÍVEIS SÃO A REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA OU REPLICA MANIFESTADA DA CRIAÇÃO OU DA REALIDADE INVISÍVEL, MENTAL, METAFÍSICA OU IMANIFESTADA.

E neste aspecto, de todos os objetos que constituem a ciência maçônica do simbolismo, o mais importante, o que mais preferem os maçons e o que tem maior significado é o Templo de Jerusalém.

A espiritualização do Templo é o primeiro símbolo da Francmasonaria, o mais proeminente e o mais generalizado.

Os maçons sempre aproveitaram e reteveram com avidez, a ideia de representar em sua linguagem simbólica o homem interior e espiritual em um templo material.

E isso conforme as expressões bíblicas: ′′E farão um santuário para mim, e habitarei no meio deles′′ (Êxodo, 25/8).

′′Não sabeis que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus mora em vós" (Coríntios I, 2/16).

De modo que o trabalho principal do maçom, como ′′ construtor ′′ não operacional, é o de levantar em seu interior um Templo, que é a sua própria consciência, para que nele more a Divindade, que é seu ser espiritual.

O segundo princípio do Simbolismo poderia ser enunciado assim:
O OBJETO PRINCIPAL DA VIDA HUMANA É DESCOBRIR, COMPREENDER E DESCIFRAR OS SÍMBOLOS EXISTENTES NA PARTE VISÍVEL DA CRIAÇÃO E DESSE MODO IR COMPREENDENDO A PARTE INVISÍVEL DELA.

E cada símbolo que se descobre e compreende produz um brilho de luz dentro de si mesmo, que faz viver os momentos de autentica felicidade. É como se fosse descobrindo uma a uma as infinitas partes do grande ′′ quebra-cabeça ′′ da Criação.

E o terceiro princípio é o seguinte:
O NÍVEL EVOLUTIVO DA CONCIÊNCIA HUMANA ESTA DETERMINADO PELA QUANTIDADE DE SÍMBOLOS QUE CADA UM CONSEGUI CAPTAR, COMPREENDER, DESCIFRAR E ASSIMILAR.

Porque em cada símbolo que consegue revelar, há uma partícula de deus que vai revelando ao ser humano, e à medida que vai acumulando esses conhecimentos simbólicos, v compreendendo melhor a Criação.
É como se o Grande Arquiteto do Universo se escondesse por trás de cada símbolo e se fosse manifestando ao homem na descoberta do arcano que cada símbolos encerra.

Se o homem não executa esta sublime tarefa de descobrir o significado dos símbolos espalhados em toda a Criação, que é o afazer fundamental da sua vida na Terra, corre o risco de os considerar como única realidade da Criação e, consequentemente, cria um sistema de valores errados, capta uma realidade deformada e, ainda, vive em um mundo quimérico ou irreal.

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