COMEMORAÇÕES NACIONAIS E MUNDIAIS 01 DE JANEIRO

 


 1 de janeiro (um Sábado), 1º dia de 2022   364 dias para 2023)

Janeiro parece início de romance. 

Esperanças renovadas, promessas restabelecidas. 

O primeiro mês do ano é dourado como o sol. 

O nome homenageia Janus, o deus romano do arco do portão. 

Janus tem duas faces: uma voltada para trás (o passado) e outra que olha para a frente (o futuro). 

Uma boa metáfora para um ano que se inicia, cheio de planos e idealizações projetadas a partir das conquistas e experiências vividas no ano anterior.

Assim, o mês de janeiro é também conciliador. 

Lembra um mar sem vento, um céu sem nuvens. 

Estende a bandeira branca em comemoração ao Dia Universal da Paz, fazendo do seu primeiro dia um feriado de trégua.


DIA DA CONFRATERNIZAÇÃO UNIVERSAL, OU DIA MUNDIAL DA PAZ, OU DIA DA FRATERNIDADE UNIVERSAL

Historicamente, a tríade liberdade, igualdade e fraternidade é o alicerce da ordem social, que eclodiu com a Revolução Francesa em 1789. 

Considerada como o mais importante acontecimento da história contemporânea, colocou abaixo os regimes absolutistas vigentes na época e ascenderam os valores burgueses; foi inspirada pelos ideais iluministas do século XVIII que teve reflexos no mundo todo, inclusive influenciando na independência dos Estados Unidos, e movimentos como a dos inconfidentes em nosso país.

É com muita tristeza que vemos o que anda acontecendo na França, as coisas na terra do perfume não andam cheirando muito bem – é esquisito demais ver uma mesquita ser explodida em um país com um número significante de população mulçumana.

Deixemos a França de lado – pelo menos por enquanto – e vamos fazer uma reflexão sobre a fraternidade, até porque no dia primeiro de dezembro é o Dia Mundial da Confraternização Universal e da Paz.

A fraternidade, na rigorosa acepção da palavra, resume todos os deveres dos homens relativamente uns aos outros; ela significa: devotamento, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência; é a caridade evangélica por excelência e a aplicação da máxima: “nunca faça com os outros àquilo que você não gostaria que lhe fosse feito.”

A contrapartida é o egoísmo. 

Enquanto a fraternidade diz: “cada um por todos e todos por um”, o egoísmo diz: “cada um por si.” 

Sendo essas duas qualidades a negação uma da outra, é tão impossível a um egoísta agir fraternalmente, para com os seus semelhantes, quanto o é para um avarento ser generoso.

Ora, sendo o egoísmo a praga dominante da sociedade, enquanto ele reinar dominador, o reino da verdadeira fraternidade será impossível; cada um quererá da fraternidade em seu proveito, mas não a quererá para fazê-la em proveito dos outros; ou, se isso faz, será depois de estar seguro de que não perderá nada e mais, para obter lucros.

Considerada do ponto de vista de sua importância para a realização da felicidade social, a fraternidade está em primeira linha: é a base; sem ela não poderia existir nem igualdade e nem liberdade verdadeiras; a igualdade decorre da fraternidade, e a liberdade é a conseqüência das duas outras.

A liberdade é filha da fraternidade e da igualdade; falamos da liberdade legal e não da liberdade natural que é, por direito, imprescritível para toda criatura humana, desde o selvagem ao homem civilizado. 

Vivendo os homens como irmãos, com os direitos iguais, animados de um sentimento de benevolência recíproco, praticarão entre si a justiça, não procurarão nunca se fazerem mal, e não terão, conseqüentemente, nada a temer uns dos outros. 

Os inimigos da liberdade são, pois, ao mesmo tempo, o egoísmo e o orgulho, como o são da igualdade e da fraternidade.


Sem esses três princípios reunidos, como dissemos, não há que se falar em ordem, e sem a ordem não se tem progresso; eles devem caminhar juntos para servirem de apoio; sem sua reunião, o edifício social não pode se completar. 

A fraternidade praticada em sua pureza não poderia estar só, porque sem a igualdade e a liberdade não há verdadeira fraternidade.

A liberdade sem a fraternidade dá liberdade de ação a todas as más paixões, que não têm mais freio; com a fraternidade, o homem não faz nenhum mau uso de sua liberdade: é a ordem; sem a fraternidade, o homem usa a liberdade para dar curso a todas as suas torpezas: é a anarquia, o caos. 

A igualdade sem a fraternidade conduz aos mesmos resultados, porque a igualdade quer a liberdade; sob pretexto de igualdade, o pequeno abate o grande, para se substituir a ele, e se torna tirano a seu turno; isso não é senão um deslocamento do despotismo.

Será que, até que os homens estejam imbuídos do sentimento da verdadeira fraternidade, temos que tê-los na servidão? 

Essa opinião é mais do que um erro; é absurda. 

Não se espera que uma criança haja feito todo o seu crescimento para fazê-la caminhar. 

Quem, aliás, a tem mais freqüentemente em tutela? São homens de idéias grandes e generosas, guiados pelo amor ao falso progresso? 

Aproveitando da submissão de seus inferiores, para desenvolver neles o senso moral, e elevá-los, pouco a pouco, à condição de homens livres? 

Não; são, na maioria, homens ciosos de seu poder, à ambição e a cupidez dos quais outros homens servem de instrumento, mais inteligentes do que animais, e que, para esse efeito, em lugar de emancipá-los os têm, o maior tempo possível, sob seus pés e na ignorância.

A reação é, às vezes, violenta e tanto mais terrível quanto o sentimento de fraternidade, imprudentemente abafado, não vem interpor um poder moderador; a luta se estabelece, entre aqueles que querem agarrar e aqueles que querem reter; daí um conflito que se prolonga, freqüentemente, durante séculos.

Um equilíbrio falso se estabelece enfim; há melhoria; mas sente-se que as bases sociais não estão sólidas; o solo treme a cada instante sob os passos, porque não é, ainda, o reino da liberdade e da igualdade sob a égide da fraternidade, porque o orgulho e o egoísmo estão sempre ali, levando ao fracasso os esforços dos homens de bem.

Aos progressistas cabe a incumbência de ativar um movimento pelo estudo e pela prática dos meios mais eficazes, e aos homens sensatos agir dentro dos princípios humanistas; àqueles que acham que o que acabamos de discorrer não passa de utopia, os chamados racionalistas, lembramos que existe uma lei da reciprocidade: colhemos os frutos das sementes que plantamos; àqueles que acreditam que existe um Ser Supremo um alerta: leia o Salmos 133 – pelo menos no dia 1º de dezembro.

Fonte: Portal São Francisco


Comentários

  1. Dia consagrado à celebração da fraternidade universal Comemoração de brasileiros, conforme Decreto Nº 155-b de 14 de janeiro de 1890.


    Dia da Circuncisão de Jesus Comemorado por católicos ocidentais, de acordo com o calendário antigo da Igreja Católica Romana, seguindo indicações dos Evangelhos do Novo Testamento nos seguintes termos: “após 8 dias do nascimento de Jesus, Maria e José levaram o Menino até o Templo de Belém para cumprir o preceito da Circuncisão [postectomia], conforme prescrição das leis religiosas do povo judaico”.

    Dia da Confraternização Universal Comemorado também no Brasil, conforme Lei Nº 662 de 6 de abril de 1949 e Emenda Nº 321 de 1947.

    Dia da Festa de Bom Jesus dos Navegantes Comemorada no Estado brasileiro da Bahia.



    Dia da Posse de Presidentes brasileiros e/ou suíços Realizada nos anos em que hajam pleitos normais em Eleições Nacionais em Brasil e/ou Suíça.

    Dia da Revolução Antiescravista do Haiti Comemoração da cidade brasileira de São Paulo-SP, conforme Lei Nº 14.037 de 22 de julho de 2005 e Lei Nº 14485 de 19 de julho de 2007, que está relacionada com a data do surgimento da 1ª “República Negra” conhecida do mundo em 1 de janeiro de 1804, após a declaração de independência proferida pelo ativista haitiano, Jean-Jacques Dessaline.

    Dia de Ano Novo nos Países que usam o Calendário Gregoriano.

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