Agora, demonstraremos o que seja a Cadeia de União e como deve ser executada.
Permuta
O corpo humano, através do seu sistema nervoso, registra as
excitações que lhes vêm do mundo exterior; os seus órgãos e os seus músculos
dão a estas a resposta apropriada.
É tanto com a sua consciência como com o seu corpo que o homem
luta pela existência.
Este seria o homem “receptivo”, ao seu lado existirá um
corpo “doador”.
Não haveria “receptividade” sem “doação!”
A união destas duas “forças” completa o ciclo da Natureza, e nada
mais adequado e importante que ser feita a “troca” dentro da Cadeia de
União.
O corpo humano possui um “sistema central’’ que compreende o
cérebro, o cerebelo, o bulbo e a medula.
O “sistema central” age diretamente
sobre os nervos dos músculos e, indiretamente, sobre os dos órgãos.
Esta substância, por meio dos nervos sensitivos, recebe as
“mensagens” que emanam da superfície do corpo e dos órgãos dos sentidos.
Estas “mensagens” são enviadas para todos os órgãos através do sistema
simpático: uma quase infinita quantidade de “fibras nervosas” percorre o
organismo em todas as direções.
As suas ramificações microscópicas
insinuam-se entre as células da pele, em volta das glândulas, dos canais de
secreção, nas túnicas das artérias e das veias, nos invólucros contráteis do
estômago e do intestino, na superfície das fibras musculares etc(3)..
Os corpos humanos, unidos em Cadeia de União submetem-se a
uma constante troca através da excitação dos toques: estes toques são feitos
pelas mãos e pelos pés.
Contudo, dada a proximidade dos corpos, há os
toques mentais, eis que as células nrrvosas “captam” a curta ou longa
distância, as “doações”.
“Recepções” e “doações” não passam de “permutas” havendo, depois
de determinado lapso de tempo, e unidade de respiração, um perfeito
equilíbrio.
Ninguém mais terá a dar e nem a receber; haverá uma só identidade.
É a “vida em união” do Salmista, ou a compreensão exata das palavras do
Divino Mestre Jesus: “Eu e o Pai somos um”.
São os “vasos comunicantes”, sendo os “condutores”, as mãos que
se firmam num estreitamento fraterno. As “permutas” não são, meramente,
psicológicas; elas são de conteúdo físico, pois a “energia” que se desprende
de uma mão, produz “calor”.
O “toque”, tão usado desde os mistérios egípcios, aos fatos narrados
nas Sagradas Escrituras, o “poder’’ do Cristo e a “terapêutica” das massagens,
enfim, a “transmissão”, quer através das ondas sonoras, quer através do
contato direto, é uma “realidade” e que cabe experimentada.
Ainda não
chegamos ao conhecimento perfeito destes aspectos misteriosos e mágicos,
mas estamos caminhando para uma abertura maior, quando o ser humano
poderá, em laboratório, definir estas qualidades que lhe são inerentes.
Pensando no terreno difícil e às vezes incompreensível da mística,
notamos que o efeito de uma oração surge quando a mente pede, não para si,
mas para outrem.
Pedindo, com desprendimento, um benefício para o
“próximo”, aquele benefício vem para nós.
Os estados de consciência produzidos pelo trabalho mental refletem
no organismo.
Bastaria lembrarmos que o prazer faz corar a face; a cólera e
o medo fazem empalidecer; uma notícia trágica pode provocar a contração
das artérias, a anemia do coração e a morte repentina.
O terror enfraquece as pernas, dobra os joelhos e causa
desfalecimentos.
A visão de um alimento apetitoso provoca a salivação; uma
mulher, a ereção; a ofensa dilata os vasos das glândulas supra-renais
segregando adrenalina, preparando o organismo para o ataque.
O terror
embranquece os cabelos em poucas horas; a angústia causa o desejo de
suicídio.
O controle de tudo isto pode ser realizado através de uma simples
“meditação”!
O relaxamento muscular, a divagação, a fuga dos problemas
pela substituição de novos quadros e pensamentos dirigidos, conduz à
meditação e esta ao equilíbrio e ao estado normal.
É a função fisiológica do corpo humano por meio da Cadeia de
União.
Se a Cadeia de União possui este “dom” e esta faculdade de
modificar o metabolismo e comportamento humanos, que dizer de sua ação
espiritual?
REFERÊNCIA: A CADEIA DE UNIÃO - Rizzardo da Camino
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