DOM QUIXOTE E OS PRINCÍPIOS DO PEREGRINO

 


Declaração de Princípios Peregrino.

Como buscador que faz parte da Ordem Joanita do Reino do Graal.
Mesmo estando ainda a caminho do Mundo da Alma Renascida.

Como foi mostrado por Miguel de Cervantes Saavedra, no século XVII.
Com a criação do genial Dom Quixote de La Mancha e o seu fiel escudeiro Sancho Pança.
Personalizando esse nobre e dedicado aprendiz de Cavaleiro.

Que se empenhava em realizar os feitos da Cavalaria dos Templários.

Mesmo vivendo vários séculos depois, na Espanha do século XVII.
Com pleno idealismo, apesar dos defeitos e imperícias.
Mas mantendo sempre uma dedicação admirável.
Pois sempre era corrigido pelo realismo do seu fiel escudeiro Sancho Pança.
Que nunca colocava em dúvida o seu direcionamento aos nobres objetivos da Cavalaria.
Pois isso era fielmente demonstrado por seu sacrifício pessoal e a sua aplicação inquestionável.

Mostrando um zêlo e um amor que somente foram encontrados nos admiráveis trovadores da Igreja do Espírito Santo.

Na época dos puros Cátaros, nos séculos XII e XIII, no sul da França da Idade Média.

Como pode se pode verificar pela especial qualificação dos objetivos do Dom Quixote.
O que foi formulado por ele mesmo em uma oportunidade durante as suas pelejas:
"Sonhar o sonho impossível.
Sofrer a angústia implacável.
Reparar o mal irreparável.
Pisar onde os bravos não ousam".
Dom Quixote de La Mancha mostrou esses princípios na sua Corajosa Busca.
"Amar, um amor casto à distância.
Enfrentar o inimigo invencível.
Tentar, quando as Forças se esvaem.
Alcançar a Estrela inatingível:
Esta é a minha busca".
Esta fórmula pode demonstrar, em síntese, as seguintes características e virtudes do ...

VERDADEIRO PEREGRINO ROSACRUZ

Ele venceu três animais:
O leão, daí vem a sua paciência;
O urso, daí vem a sua amizade;
A serpente da natureza inferior, por isso ele é livre de inveja e ciúme.

Ele se tornou mestre das três virtudes essenciais:
A Fé no seu próprio saber, confiando que faz parte da Promessa do Rei;
A Esperança Verdadeira, a partir de seu conhecimento da Lei e do seu reconhecimento do Bem em todas as coisas;
O Amor, especialmente no que diz respeito à Justiça.

Consequentemente, ele jamais julga os erros dos outros e nem perde o seu tempo com murmurações.

Como ele sabe ser um Instrumento de Deus, ele jamais se vangloria disso.
Como jurou obediência ao Reino Interior, ele sabe quando deve se calar.
Como se esforça para cumprir as obrigações e sabe que o vôo da sua Alma se reflete no exterior, ninguém encontrará nele qualquer desarmonia.
Como está mais inclinado a ter uma opinião favorável do que desfavorável, ele sempre buscará em tudo o que for Bom.
Como sabe que cada circunstância pode lhe dar a chance de crescimento interior, ele jamais pensará mal dos outros.
Como ele mesmo sempre está impassível, ele tenta não influenciar os outros e não é arrogante.
Como oferece mais para o bem-estar dos outros do que para a própria felicidade, ele se opõe a todo e qualquer interesse pessoal e é livre do egoísmo.

A sua Fé, fundamentada no reconhecimento da Verdade interior, não pode ser enganada pelas ilusões materiais.
Assim, ele é livre de toda e qualquer irritação.

O sofrimento não consegue vencê-lo.
Porque a Força contrária cresce por oposição e ele optou por não mais lutar no mundo.
Pois ele está ligado para sempre com aqueles que colocam em prática a Verdade.

Porque para Dom Quixote de La Mancha:
“Cada um é filho das suas Obras”.

Fonte:
Revista Pentagrama ano 2017, n. 1, da Rosacruz Áurea.

Imagens: Pinterest: Dom Quixote.
Anthony Mamre


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