A FAMÍLIA É A BASE DE TUDO


É por meio dela que chegamos ao mundo e é no seio dela que nos desenvolvemos, nos reconhecemos, estabelecemos nossas crenças, identidade e a forma de ver a vida. 
A família é a base do ser humano e não poderia ser diferente.

É na família que encontramos o acolhimento, a sensação de segurança, de que há quem cuida e  zela por nós. 

É nela que aprendemos a noção de limite, de que há medida para tudo nesta vida. 

É no seio da família que começamos a nos relacionar uns com os outros e, muitas vezes, é também lá que encontramos grandes oportunidades de exercer a tolerância, a compreensão, o respeito, o afeto.

Quando os pais ou responsáveis por crianças, como avós, tios, cuidadores são dedicados e comprometidos com o trabalho de educar os filhos, de prepará-los para serem pessoas dignas, corretas, pessoas que irão contribuir para a sociedade, fazemos o mundo melhor. 

Dedicar-se, comprometer-se com o nobre ofício de educar, de cuidar, de zelar, de impor limites e mostrar claramente a distinção entre o certo e o errado, de dar atenção aos filhos é fazer bem ao mundo, à sociedade.

E é possível fazer mais, fazer muito melhor. 

Criar seres capazes de assimilar toneladas de conteúdo escolar, de ir a uma infinidade de atividades, é pouco, é raso. 

É necessário que se criem pessoas  capazes de se relacionar, de desenvolver empatia, de criar alternativas criativas para suas questões, de lidar com seus sentimentos e com as situações da vida de forma madura. 

Já imaginou, se todo o tempo utilizado com programas que não acrescentam nada a ninguém, conversas que apenas jogam ideias ao vento e tantas outras distrações fosse utilizado verdadeiramente para se dedicar à educação dos filhos? 

Teríamos certamente um mundo bem melhor.

Crianças que são criadas em ambientes afetuosos, respeitosos, com regras e limites, enfim, em ambientes equilibrados, aprendem que a vida pode ser assim, e replicam este aprendizado em sua experiência. 

Há exceções, é claro. 

Tanto as que recebem uma criação equilibrada e se desencaminham, como as que são expostas a situações de desequilíbrio e trauma e conseguem prosperar e modificar suas experiências. 

Mas se todos buscassem como regra ter uma família equilibrada, as exceções seriam ainda mais exceções.

Uma simples pesquisa ou reflexão é suficiente para mostrar a importância de se ter uma família equilibrada. 

Onde as pessoas conseguem se desenvolver melhor? 

Em locais com famílias estruturadas e equilibradas, ou em locais com famílias desestruturadas ou até mesmo sem família? 

A resposta é tão obvia.

Então, em tempos de tantas dissonâncias sobre a família, por que não voltar ao essencial? 

Ao respeito, à convivência, ao interesse e compromisso por ser melhor com aqueles com quem, primeiramente, se compartilha a vida? 

Um exercício simples, que não requer grandes investimentos a não ser o da própria vontade, e que pode ter resultados tão positivos e poupar dores tão profundas.

Aprendemos também que a família é a instituição que alicerça a vida na sociedade e, quando se reveste das características de uma Igreja doméstica, lugar de comunicação e de encontro com Deus, a família é manancial de vida, um saudável ambiente da vivência da fé e fonte de transmissão do mistério de Deus.

A própria Constituição Federal de 1988 no seu artigo 1º, elegeu a dignidade da pessoa humana como fundamento da república, sendo o princípio-matriz de todos os direitos fundamentais.

É obrigação do Estado, da sociedade e do Poder Público em todos os níveis assegurar à entidade familiar a efetivação do direito à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania e à convivência comunitária.

A família num sistema social, funcionando como uma espécie - porque devemos conferir grande importância à família e às mudanças que a têm alterado a sua estrutura no decorrer do tempo. Não é por outra razão que a Constituição Federal dispensa atenção especial à família, em seu art. 226 da Constituição Federal, ao estabelecer que a família é base da sociedade e deve ter especial proteção do Estado. 

Conquanto a própria carta magna tenha previsto que o Estado deve proteger a família, o fato é que não há políticas públicas efetivas voltadas especialmente à valorização da família e ao enfrentamento das questões complexas a que estão submetidas às famílias num contexto contemporâneo.

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