A PÁSCOA E SEUS SÍMBOLOS

 


A PÁSCOA E SEUS SÍMBOLOS



O nome Páscoa surgiu a partir da palavra hebraica “pessach” (“passagem”), que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para “abrir passagem” aos filhos de Israel que Moisés ia conduzir para a Terra Prometida).

Ainda hoje a família judaica se reúne para o “Seder“, um jantar especial que é feito em família e dura oito dias. Além do jantar há leituras nas sinagogas.


A travessia do Mar Vermelho sugere a origem da palavra Páscoa (pessach – passagem)


Nas culturas pagãs, o ovo trazia a idéia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos, na primavera, como referência à renovação da vida.

Existem muitas lendas sobre os ovos. A mais conhecida é a dos persas: eles acreditavam que a terra havia caído de um ovo gigante e, por este motivo, os ovos tornaram-se sagrados.


O coelho é um mamífero roedor que passa boa parte do tempo comendo. Ele tem pêlo bem fofinho e se alimenta de cenouras e vegetais. O coelho precisa mastigar bem os alimentos, para evitar que seus dentes cresçam sem parar.

Por sua grande fecundidade, o coelho tornou-se o símbolo mais popular da Páscoa. É que ele simboliza a Igreja que, pelo poder de cristo, é fecunda em sua missão de propagar a palavra de Deus a todos os povos.


O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre deus e o povo judeu na páscoa da antiga lei. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.

Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um cordeiro.

Para os cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: “morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, restituiu-nos a vida”. É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.


É uma grande vela que se acende na igreja, no sábado de aleluia. Significa que “Cristo é a luz dos povos”.

Nesta vela, estão gravadas as letras do alfabeto grego”alfa” e “ômega”, que quer dizer: Deus é princípio e fim. Os algarismos do ano também são gravados no Círio Pascal.

O Círio Pascal é, desde os primeiros séculos do cristianismo, um dos elementos mais expressivos da Vigília do Sábado Santo. No entanto, você sabe o significado de cada um dos símbolos gravados nele?

A seguir, veja cada um dos símbolos com seus respectivos significados:

1. Luz

O Círio Pascal representa Cristo ressuscitado, "a verdadeira luz que ilumina todo homem que vem a este mundo" e que dissipa as trevas (a morte).

2. Chama

No início, na procissão de entrada da Vigília, a única luz é a do Círio Pascal. Então, com essa chama, a pequena vela levada pelos fiéis é acesa, o que significa a fé que todos nós recebemos e compartilhamos.

Através deste ato, os batizados são lembrados de que devem ser portadores da luz de Cristo, testemunhas de seu amor, que como uma chama acende e aquece os corações.

3. A Cruz

A cruz é sempre o símbolo central, é o caminho que deve ser tomado, como Cristo, para chegar ao Pai.

4. Cravos

São cinco grãos de incenso, muitas vezes vermelhos, que são cravados no círio e simbolizam as cinco chagas de Jesus, os três pregos que perfuraram suas mãos e pés, a lança no lado direito do corpo e os espinhos em sua cabeça,

5. Fogo

O fogo da chama também representa uma imagem viva da ressurreição, do homem que abandona o pecado e nasce para uma nova vida. Enquanto o círio está aceso, o sacerdote pode dizer palavras semelhantes a: "A luz de Cristo, elevando-se em Glória, dissipa as trevas de nossas mentes e de nossos corações".

6. Alfa e Ômega

As letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, indicam que a Páscoa de Cristo, o início e o fim do tempo e da eternidade, chega até nós sempre com nova força no ano especial em que vivemos.

7. Ano

O ano atual representa Deus no presente e como Mestre e Senhor de toda a eternidade.




O girassol é uma flor de cor amarela, formada por muitas pétalas, de tamanho geralmente grande. Tem esse nome porque está sempre voltado para o sol.

O girassol, como símbolo da páscoa, representa a busca da luz que é Cristo Jesus e, assim como ele segue o astrorei, os cristãos buscam em Cristo o caminho, a verdade e a vida.



O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a Eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e sua presença no meio de nós.



O bolo em forma de “pomba da paz” significa a vinda do Espírito Santo. Diz a lenda que a tradição surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei lombardo Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.



Muitas igrejas possuem sinos que ficam suspensos em torres e tocam para anunciar as celebrações.

O sino é um símbolo da páscoa. No domingo de páscoa, tocando festivo, os sinos anunciam com alegria a celebração da ressurreição de cristo.



Os 40 dias que precedem a Semana Santa são dedicados à preparação para a celebração. Na tradição judaica, havia 40 dias de resguardo do corpo em relação aos excessos, para rememorar os 40 anos passados no deserto.



Na antiguidade os lutadores e guerreiros se untavam com óleos, pois acreditavam que essas substâncias lhes davam forças. Para nós cristãos, os óleos simbolizam o Espírito Santo, aquele que nos dá força e energia para vivermos o evangelho de Jesus Cristo.


Fontes:

[1] Baseado na Coleção Descobrindo a Páscoa, Edições Chocolate.
[2] A vitória da Páscoa, Georges Chevrot, Editora Quadrante, São Paulo, 2002
[3] Vida Eucarística, José Manuel Iglesias, Editora Quadrante, São Paulo, 2005




Comentários